terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Agricultores reclamam apoio para escoamento

Nó último dia 19 de janeiro, o Jornal do Commercio (voltado para área econômica) publicou matéria com o título "Agricultores reclamam apoio para escoamento"  trazendo depoimento da agricultora familiar Astérea de Jesus (55), do Careiro Castanho,  reivindicando apoio logístico, técnico e pouco investimento no setor rural. Maria do Rosário Fernandes, representante da Fetagri-AM para as políticas de mulheres e sociais, afirma encontrar dificuldade para conseguir apoio na construção de uma agroindústria, na elaboração de projetos e no acesso ao crédito. Outra produtora que afirma não ter o apoio necessário para a produção é Elena Soares (62), de Itacoatiara-AM, declarando enfrentar dificuldades em vender as frutas que cultiva, entre elas, graviola e acerola. A matéria traz, também, esclarecimentos da SEPROR, por intermédio da gerente de projetos, Sônia Alfaia, de que vem tentando atender os produtores rurais oferecendo barcos e outros transportes, comentou, ainda, que algumas prefeituras estão retirando o apoio aos produtores rurais o que vem aumento a demanda em direção ao Sistema Sepror. (Fonte: Jornal do Commercio)

Opinião do Blog: Com relação à dificuldade no "escoamento" é preciso entender em que circunstância ele ocorre. Se for "estrada/vicinal" o assunto é complexo e depende de prioridade do governo para liberar mais verbas para o setor primário. Agora, caso não envolva "estradas/vicinais", somente a questão "fluvial" recomendo conhecer o "Regatão Social" implementado, no passado, em Envira e fazer as adaptações para a realidade de cada município. Ainda com relação ao "escoamento" é preciso que os prefeitos conheçam e colaborem na execução os programas de compras governamentais, entre eles, o PAA (executado pela Conab, e  a partir deste ano pelo Sistema Sepror), PREME (executado pela ADS) e, mais recentemente, o PNAE (com verba federal do FNDE/Merenda Escolar, e executado obrigatoriamente - mínimo de de 30% - pelo Estado e Prefeituras). Com relação a esses programas tenho notado certo desconhecimento e desinteresse de alguns gestores, mas outubro está chegando e é hora de escolher nomes comprometidos com o setor agropecuário local. Com relação ao acesso do Pronaf, volto a falar sobre a extrema necessidade de um maior número de bancos oficiais no Amazonas (Banco do Brasil e Amazônia), caso contrário o dinheiro disponibilizado pelo governo federal não chegará ao bolso do agricultor familiar do Amazonas no volume que sonhamos e desejamos.


sábado, 28 de janeiro de 2012

IAC cria seringueiras mais produtivas

Por Bettina Barros | De São Paulo
A produção de borracha no Estado de São Paulo acaba de ganhar uma ajudinha extra. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), vinculado à Secretaria de Agricultura, anunciou nesta semana a criação de 15 novos clones de seringueiras com produtividade e rigor acima da média dos atuais.
 
Fonte: (Jornal Valor Econômico, dia 27/01/12)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Contratação de mulheres pode ser obrigatória em concessões florestais

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2580/11, do deputado Márcio Macêdo (PT-SE), que assegura a contratação e a manutenção no emprego de mulheres nas empresas que exploram concessões florestais. De acordo com a proposta, a companhia interessada em habilitar-se nas licitações de concessão florestal deverá manter em seus quadros pelo menos 5% de funcionários do sexo feminino em relação ao total de empregados.Esse dado deverá ser comprovado por meio de cópia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A não contratação de mulheres no percentual determinado poderá ainda ser razão para rescisão do contrato de concessão.O projeto acrescenta a medida à Lei de Gestão de Florestas Públicas (11.284/06).A concessão florestal é o direito que o Estado concede – mediante licitação – a uma empresa ou comunidade para manejar determinada área pública, usando produtos e serviços florestais de forma sustentável e em conformidade com o Plano de Manejo Florestal (PMF). A vigência do contrato é de até 40 anos.Interesse nacional - Márcio Macêdo ressalta que as concessões públicas são instrumentos para a realização de políticas de interesse de todo o País e, por esse motivo, a contratação de mulheres nos empreendimentos florestais deve ser estimulada.“As regiões florestais são geralmente áreas em que há poucas opções de emprego, sendo que muitas das famílias sofrem com o êxodo da população masculina. Nada mais justo do que gerar uma demanda para agregar a mão de obra feminina na exploração florestal como forma de garantir sustento e dignidade às famílias das regiões”, justifica.Tramitação - A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.(Fonte: Agência Câmara)
* Notícia também divulgada no site "jornalvetquimica"

Em Belo Horizonte, Biotecnologia Busca O Caminho do Lucro

Renato Cruz 
(Jornal o Estado de São Paulo)

Usada em vários produtos de nutrição clínica e esportiva, a proteína de soro de leite, um derivado do produto descartado, não é produzida no País. Tudo o que é consumido localmente é importado.

O Brasil descarta 4 bilhões de litros de soro de leite por ano. Usada em vários produtos de nutrição clínica e esportiva, a proteína de soro de leite, um derivado do produto descartado, não é produzida no País. Tudo o que é consumido localmente é importado.

Criada em 2006 por três pesquisadores e uma professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Edetec desenvolveu uma tecnologia para a fabricação dessa proteína, e ainda sem o sabor amargo que costuma caracterizar o produto importado. "Estamos negociando parceria com um laticínio", conta Wendel Afonso, um dos fundadores da Edetec.

A empresa conseguiu um investimento de R$ 1,5 milhão do Criatec, fundo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e busca um montante parecido de um laticínio, para colocar a fábrica para funcionar. Os sócios de Afonso são os pesquisadores Carlos Lopes Junior e Viviane Silva e a professora Marialice Silvestre.

* Matéria completa também no site da CNA.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Auditoria e Consultoria DELOITTE identifica as 20 regiões de maior potencial no País; agro está por trás de nove delas. (O AM não está na relação)

O mapa da mina

 (Luiz Silveira)

 


Um estudo da auditoria e consultoria Deloitte identificou as 20 microrregiões com maior potencial de desenvolvimento, e em nove delas o agro é o principal indutor de crescimento. Em comum, essas áreas estão no interior do País e são relacionadas à produção de commodities. “O agronegócio, o minério, o petróleo e a logística dessas commodities são os principais indutores dessas regiões de alto potencial”, afirma o supervisor da área de Pesquisa da Deloitte, Giovanni Cordeiro.
A empresa cruzou dados oficiais, como número de aberturas de empresa e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, para identificar as 20 microrregiões de maior potencial de desenvolvimento. Além das nove regiões ligadas diretamente ao agro, há cinco onde o crescimento é puxado pela extração de petróleo, três nas quais a mineração é o principal indutor de crescimento e três em que a logística de commodities é a atividade âncora.

 As microrregiões preponderantemente agrícolas identificadas como de maior potencial estão em três áreas distintas. No noroeste do Rio Grande do Sul estão as microrregiões de Santiago, Cruz Alta, Não-Me-Toque e Cerro Largo. Segundo Cordeiro, essas regiões se destacam pelos investimentos em tecnologia associados à produção de grãos para a exportação. “A região tem empresas de máquinas agrícolas e de desenvolvimento de sementes, por exemplo”, cita ele.

No Mato Grosso, as regiões norte e sudeste têm grande potencial de crescimento por conta da chegada relativamente recente de infraestrutura associada à sua grande capacidade agrícola. As microrregiões de Arinos, Alto Teles Pires, Parecis e Primavera do Leste entraram para a lista das 20 Mais da Deloitte. Os principais municípios dessas regiões, como Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso e Primavera do Leste se desenvolveram muito nos últimos 15 anos, e ainda podem crescer mais, segundo a pesquisa.

Por fim, a microrregião de Quirinópolis, no sul de Goiás, é uma grande fronteira de expansão da cana-de-açúcar. Próxima de grandes polos produtores de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, Quirinópolis e os outros municípios da microrregião receberam novas usinas nos últimos anos, mostrando grande potencial de geração de negócios.
Logística
Além dessas nove microrregiões, o agro tem um importante papel no desempenho de outras três microrregiões identificadas pela Deloitte. Elas estão fortemente relacionadas à logística da produção agropecuária: Paranaguá (PR) e Itajaí (SC) são portos de escoamento das exportações do agro e Porto Franco (MA) será um entroncamento ferroviário com grande potencial agrícola.

O porto paranaense é o segundo maior exportador de grãos, atrás do porto de Santos, e é a principal porta de entrada dos fertilizantes importados para abastecer as lavouras brasileiras. Já a microrregião de Itajaí se beneficia da grande exportação de carnes, que faz do seu porto o líder nacional em exportação frigorificada.

Já a pouco conhecida região de Porto Franco (MA) está com a economia aquecida por ser o ponto de encontro das ferrovias Norte-Sul e Transnordestina, ambas em construção. É nesse ponto do sudoeste do Maranhão, com agricultura em franca expansão, que está sendo construído um grande pátio de manobras para interligar as duas ferrovias. “Há um grande potencial de crescimento agrícola nessa região entre Maranhão, Piauí e Tocantins, e grandes empresas do agro já estão na região de Porto Franco”, diz o supervisor da Deloitte.

A logística, aliás, é citada por ele como um dos grandes desafios para que o potencial de desenvolvimento dessas 20 regiões se concretize. “Esse crescimento pede mão de obra, infraestrutura urbana, estradas, ferrovias; o desafio é crescer de forma ordenada e sem impactar o meio ambiente”, pondera Cordeiro.
Oportunidades
O estudo também mostrou que a produção de commodities está interiorizando o desenvolvimento econômico, o que é positivo para a economia brasileira, segundo Cordeiro. “O bioma da Mata Atlântica concentra quase 70% do PIB e hoje há áreas quase inexploradas com grande potencial”, ressalta. “O Brasil fechou 2011 como a sétima ou sexta maior economia do mundo, então imagine quando esse crescimento atingir também o interior.”

Por isso, fica a dica: quem quer abrir um negócio próprio ou expandir sua atuação profissional pode apostar em uma das 20 microrregiões apontadas no estudo. “A vocação do Brasil está nas commodities e eu investiria meu dinheiro em serviços ligados a essas cadeias ou em parcerias com empresas que já atuam nesses segmentos”, afirma.
Fonte Original: Sou Agro
Fonte: site da CNA

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Será que já temos algo semelhante em algum município do AM????

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Tirei estas fotos no Rio de Janeiro, praia de Copacabana. Fiquei impressionado com a organização do estabelecimento e a qualidade dos produtos (PESCADOS) ofertados aos consumidores pelos pescadores da Colônia Z-13. Entendo que o potencial pesqueiro do nosso Estado tem todas as condições de apresentar algo semelhante ao mundo. Será que já temos algo semelhante em algum município do AMAZONAS???

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cooperativismo posto à prova

* Documento recebido do amigo Estevam, ex-superintendente do MPA/AM.

O lema TODOS POR UM E UM POR TODOS, está sendo colocado à prova no pessoal do Serviço de Extensão Rural oficial. Tem a ver com as conseqüências do processo de extinção da CEMEA - Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Servidores da EMATER Amazonas. Criada em 9 de setembro de 1988,  a Assembléia Geral Extraordinária de Extinção foi em 31 de março de 1997. Não resistiu à decisão do governo do estado de extinguir a empresa-mãe, bloqueando o acesso ao código de descontos dos empregados. Nada havia de anormal. Em seus 8 anos e 6 meses de funcionamento, atendeu plenamente os objetivos, tanto que devolveu, conforme determina a legislação, as cotas partes integralizadas. 
Aconteceu em época em que cooperativas de crédito eram criadas com apoio do extinto BNCC – Banco Nacional de Crédito Cooperativo. Não obstante, o Banco não dispunha de estrutura de apoio a capacitação gerencial e assistencial contábil, como existe atualmente nos Sistemas Nacionais de Cooperativas de Crédito, representados pelo BANCOOB e SICRED. 
Em momentos como este vale dizer o quê? O leite já foi derramado. O prejuízo está à vista. A conta tem prazo determinado para ser paga. Colegas que dedicaram seu tempo, energia e atenção para servir aos outros, sem nenhuma contrapartida financeira, estão tendo que se preparar para uma situação absolutamente inesperada e, até certo ponto, profundamente injusta.
Neste momento o lema essencial da cooperação e do cooperativismo está sendo posto à prova. Precisamos dividir com os colegas que continuaram tendo que atender ás exigências do Banco Central, um pouco do nosso tempo e das condições objetivas de apoio financeiro, considerando que, afinal, esta situação NÃO foi criada por qualquer tipo de desvio de comportamento. 
Em resumo, estamos diante de outro teste. Desta vez no campo do comportamento solidário, cooperativista, humanista. Esta não é uma questão que tenha a ver com o governo. É de natureza privada, pessoal.   
Tem mais.
A extinção da CEMEA não significou o fim da crença na sociedade cooperativa, como estratégia de sobrevivência da população, nem na força do sistema cooperativista. Apenas interrompeu o Projeto em gestação da ampliação do Projeto Cooperativista da CEMEA, que tenderia expandir-se no sentido horizontal e vertical, atingindo
inicialmente os servidores públicos de outros Órgãos do Estado, como já é realidade em outras regiões do país. 
O Sistema Nacional de Extensão Rural (ACAR`s primeiro e EMATER`s depois) foi a primeira escola de formação de grande número de profissionais em organização, legalização, funcionamento e até gestão direta de sociedades cooperativas, como aconteceu no Amazonas com as de juta/malva/guaraná da década de 1970. 
O Sistema Nacional oficial de Extensão Rural é da década de 1950. O de Crédito Rural é de 1962. Junto com as cooperativas, formaram o tripé responsável pelas mudanças acontecidas no ambiente rural brasileiro a partir dessa década, para o bem e para o mal. E não foi por acaso que em alguns estados, como no Amazonas, a Organização Estadual foi extinta. Além de ampliar a visão da população sobre a forma de funcionamento da sociedade, a cooperativa funciona como escola da vida, por lidar diretamente com questões de natureza econômica, que mexe não apenas com o bolso, como costumam dizer os reducionistas da questão social, mas também e principalmente, com as mentes, pernas, bocas e braços das pessoas. 
Neste momento é hora de ajudar os colegas. 
Depois retomaremos o Projeto iniciado em 1988, provavelmente através de versão mais moderna de expansão do cooperativismo de crédito. 
O ideal cooperativista não pode ser útil somente para os outros. Tem que nos ser útil também.  

Estevam Ferreira da Costa
Extensionista / cooperativista efc1955@gmail.com cel. 92.9102.6106
Manaus, 14/01/2012

Iteam ajuda a construir Unidade de Saúde em Itacoatiara

Exiba Entrega do título.JPG na apresentação de slidesO prefeito de Itacoatiara, Antônio Peixoto, cidade localizada a aproximadamente 300 quilômetros de Manaus, esteve na manhã desta quarta-feira, 18, na sede do Instituto de Terras do Amazonas – Iteam, onde recebeu das mãos do presidente da autarquia, Wagner Santana, um documento de uso da terra, que permitirá a construção de uma Unidade Básica de Saúde – USB, na área rural do município. “Estamos colocando em prática, uma determinação do Governador Omar Aziz, a ação integrada para destravar a ação governamental. Unidas, as secretarias de produção, saúde, políticas fundiárias, segurança entre outras, podem ser mais efetivas, principalmente no interior do Amazonas”, explicou Wagner Santana.
A área cedida pelo Governo do Estado fica na Gleba Guaranópolis, Comunidade Santa Rosa, no Rio Arari. Dados do Censo de 2010 do IBGE apontam para a presença de pelo menos 15 mil pessoas na região, divididas em cinco mil famílias e 56 comunidades. De acordo com Antônio Peixoto, essa necessidade, um posto de atendimento médico,  foi identificada há mais de 30 anos, mas só agora, com a ajuda do Iteam, a população poderá ter atendimentos sem precisar fazer grandes deslocamentos. “Só temos a agradecer essa ajuda do Governo do Estado por meio do Iteam. A ação integrada das secretarias é muito eficiente e dá qualidade de vida a quem precisa do poder público”, ressaltou Peixoto.
A visita do chefe do executivo itacoatiarense foi acompanhada pelo secretário municipal de Agricultura, Produção Rural, Abastecimento e Políticas Fundiárias de Itacoatiara, Joaquim Martins. A previsão para o início das obras é o mês de fevereiro, já que a licitação para a construção da USB já está em fase adiantada. A idéia é inaugurar a Unidade Básica de Saúde até o mês de junho.

Beruri: Projetos de malva são supervisionados pelo IDAM


A equipe técnica da Unidade Local |(Unloc) do IDAM de Beruri realizou no período de 09 a 17 deste mês, visitas de ater e supervisão aos beneficiados com o financiamento dos projetos da malva de 2011. O projetos foram concedidos pela Agência de Fomento do Amazonas/AFEAM, através do Programa Estadual de Incentivo a Produção da Fibra Vegetal. Os técnicos Maria Lindomar Mesquita e Maycol de Oliveira visitaram os 90 projetos em diversas comunidades para vistoria e elaboração dos laudos de acompanhamento e encaminhamento ao agente financeiro, no qual foi recomendando a liberação ou o cancelamento da última parcela mediante os trabalhos de campo, que ocorrerá ainda esse mês. Em relação à produção, segundo a Unloc de Beruri, alguns agricultores familiares já iniciaram o corte da Malva devido à subida das águas, por esse motivo, estima-se uma diminuição da produção dessa fibra em comparação ao ano de 2011, pois a cultura não atingiu o ponto ideal de corte, estando pequena e fina.  A estimativa da produção de malva para esse ano de 2012 será de 300 toneladas só das propriedades financiadas pela AFEAM.  A equipe do IDAM ressalta que mesmo com as perdas prevista pela inundação  das áreas mais baixas, Beruri terá uma produção satisfatória de fibra. O IDAM está realizando o cadastramento de todos os produtores da fibra, no qual, por meio destas informações será possível ter conhecimento do número total de produtores envolvidos na atividade, bem como o volume de produção de malva nesse município. 

Fonte: IDAM/Thayra Peters

Alvarães: IDAM implanta U.D de citros

O fortalecimento da agricultura familiar ganha força graças ao incentivo oferecido pelo governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas, em todos os municípios. Em Alvarães, por exemplo, uma nova alternativa vem sendo apresentada para a família do agricultor Gustavo Sevalho. Exímio criador de peixes e aves, a partir de fevereiro ele terá uma nova missão: plantar laranja. Será uma primeira experiência que promete dá certo. Para isso, o Idam entrou em ação e está implantando, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente – MMA uma Unidade Demonstrativa (U.D) de Citros, na margem esquerda da estrada Alvarães/Nogueira. O espaço de um hectare será todo administrado pelo agricultor e a expectativa é que os resultados apareçam em três anos.
De acordo com o gerente da Unidade Local do Idam, Adevaldo Santos, serão plantadas, inicialmente, 357 mudas de laranja-pêra. O objetivo da U.D é diversificar a cultura local e, consequentemente, aumentar a renda das famílias que vivem, em sua maioria, do plantio da mandioca.
A previsão é que a Unidade Demonstrativa seja implantada no dia 05 de fevereiro, logo após a adubação da área.

Fonte: IDAM

MAPA, Conab e Embrapa participam de feira na Alemanha

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, o secretário de Relações Internacionais, Célio Porto, e representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estarão em Berlim, na Alemanha, desta quarta, dia 18, até o próximo domingo, dia 22, para participar da Feira Internacional Anual para Agricultura - Semana Verde 2012. Assuntos como segurança alimentar, crescimento agrícola, sustentabilidade ambiental, além de encontros bilaterais com ministros da Agricultura de países europeus fazem parte da agenda de debates.

Paralelo à feira, será realizado o Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura, com o tema Segurança alimentar através de um crescimento sustentável – A utilização agrícola de recursos escassos. O fórum reunirá ministros da Agricultura de 47 países e da União Europeia. Serão discutidos assuntos relacionados à crescente preocupação em produzir alimentos para atender à demanda mundial e como isso pode ser feito de forma sustentável, sem prejudicar o meio ambiente. O documento final, elaborado a partir das discussões do fórum, será submetido a debates na Conferência Rio +20, que acontece no próximo mês de junho, no Rio de Janeiro.

Durante o fórum, painéis e debates sobre pesquisa e desenvolvimento serão apresentados por ministros da Agricultura de todo o mundo. Entre os temas apresentados estão os requisitos para gerar aumento na produção agrícola sustentável e as técnicas tradicionais e inovadoras para o uso eficiente da água e do solo. Também serão abordadas quais as estruturas necessárias para garantir que a produção agrícola consiga atender à demanda por alimentos, técnicas eficazes que podem ser utilizadas para aumentar cada vez mais a produção agrícola e onde os investimentos precisam ser fortalecidos para aumentar a produção.

Exemplo brasileiro

O ministro Mendes Ribeiro Filho apresentará, durante sua participação no Fórum, o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC). O plano ABC foi criado pelo governo federal para atender aos compromissos voluntários assumidos na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), de redução significativas das emissões de gases de efeito estufa geradas pela agropecuária.

O plano pretende evitar a emissão de 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2 nos próximos 10 anos. Um dos componentes do Plano ABC é uma linha de crédito exclusiva – o Programa ABC – que busca facilitar ao produtor rural a implantação de sistemas de produção que reduzam as emissões de Gases Efeito Estufa (GEE).

Fonte original: Ministério da Aagricultura

MDA estipula novos critérios para uso do Selo da Agricultura Familiar

A legislação que determina os critérios e os procedimentos sobre permissão, manutenção, cancelamento e uso do Selo de Identificação da participação da Agricultura Familiar (SIPAF) foi aperfeiçoada. As mudanças constam da Portaria nº 6, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), publicada nesta terça-feira (17), no Diário Oficial da União (DOU). Acesse aqui a portaria na íntegra.
O SIPAF identifica os produtos de origem majoritária da agricultura familiar, o que amplia a visibilidade de empresas e de empreendimentos que promovem a inclusão econômica e social dos agricultores familiares e geram mais empregos e renda no campo.
O diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor da SAF/MDA, Arnoldo de Campos, diz que as mudanças foram necessárias para desburocratizar a concessão do selo. “O foco é agregar mais valor ao produto da agricultura familiar, ampliar a capacidade de certificação, trazer mais parceiros para atuar com o MDA e, dessa forma, melhorar a oferta e a visibilidade dos produtos da agricultura familiar nos mercados”, destaca.
As principais mudanças ocorridas na portaria alteram a forma de concessão do selo, que poderá também ser feita por instituições públicas ou privadas parceiras do MDA. Antes, apenas a Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) do MDA tinha permissão para conceder o selo. "Essa medida vai possibilitar que o ministério firme parcerias. Estamos dialogando com os estados, como é o caso da Bahia, para que eles também possam conceder o selo", informa o diretor.
Outra novidade é que, partir de agora, o produto recebe o selo sempre que a matéria prima principal for proveniente da agricultura familiar. Ou seja, a matéria prima principal deixa de ser apenas a que apresenta o maior custo para a formulação do produto e passa a contemplar também aquela que o denomina.
O SIPAF
Criado em 2009 pelo MDA, o SIPAF tem como objetivo identificar a produção da agricultura familiar para a população brasileira, que usa em sua alimentação diária 70% de produtos desse segmento. Atualmente, 345 permissões foram concedidas para uso do selo em todo o Brasil, o que corresponde a 122 cooperativas e associações e 20 empresas que, juntas, representam mais de 74 mil agricultores familiares. Mais de três mil produtos têm o selo de identificação. “A meta é chegar até o final do governo com mais de dez mil permissões”, afirma Arnoldo de Campos.
O uso do SIPAF é de caráter voluntário e representa um sinal identificador de produtos, cujo objetivo é fortalecer a identidade social da agricultura familiar perante os consumidores, e informar e divulgar a presença significativa da agricultura familiar nos produtos.
Os interessados em obter o selo devem estar com a documentação regularizada: CNPJ, em caso de empreendimento, e CPF, em caso de pessoas físicas. Os que possuem Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) devem estar com a declaração dentro do prazo de validade.

Fonte: MDA

Centro de reabilitação de peixe-boi completa quatro anos de atividades

Neste mês de janeiro, o Centro de Reabilitação do Peixe-boi Amazônico, o Centrinho, completa quatro anos de atividades. O Centro de Reabilitação funciona em uma estrutura flutuante no lago Amanã, no município de Maraã (650 Km a oeste de Manaus) e abriga sete peixes-boi em reabilitação. O Centrinho é uma iniciativa do projeto Conservação de Vertebrados Aquáticos Amazônicos (Aquavert), desenvolvido pelo Instituto Mamirauá, com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental.

Desde janeiro de 2008, o Centrinho recebe filhotes órfãos de peixes-boi, apreendidos em municípios da região do Médio Solimões, no Amazonas, onde a caça para subsistência ainda é uma ameaça à espécie. A rotina de trabalho no Centro de Reabilitação é pesada. Logo cedo, os tratadores (moradores de comunidades da Reserva Amanã) preparam o leite que será dado aos animais e recolhem capim às margens do lago. Alguns filhotes chegam a mamar cinco vezes ao dia. Também diariamente é preciso trocar a água e limpar três tanques de 4500 litros, onde vivem quatro filhotes de peixe-boi. Uma vez por semana, os tratadores registram o peso dos animais, tarefa que exige muito esforço físico e muito cuidado para que os animais não se machuquem e para que não sofram muito estresse. A equipe do projeto se prepara para devolver à natureza o primeiro filhote resgatado, que inaugurou o Centrinho.

Com o patrocínio da Petrobras, o projeto Aquavert está ampliando as instalações do Centrinho. Está em fase de acabamento um novo curral, banhado pela água do lago Amaná, para onde serão transportados dois dos quatro filhotes que ainda vivem em tanques. “Esse curral vai permitir que os filhotes tenham mais espaço e profundidade para se locomover e se desenvolver. Eles também ficarão em contato com a água do próprio lago, corrente, e passarão a conviver com peixes, e até manter contato com peixes-boi nativos que venham visitá-los. Poderão também sentir a chuva, escutar os sons diretamente do lago”, diz a oceanógrafa Miriam Marmontel, coordenadora do projeto Aquavert.
Nos próximos meses será construído outro recinto, que funcionará como um estágio final no processo de reabilitação dos animais ao ambiente natural. O novo recinto será mais amplo que os currais e possibilitará aos animais um contato ainda mais próximo com as condições do ambiente em que será solto. Será posicionado em local com reduzido trânsito de embarcações, distante dos demais recintos que compõem o Centrinho.


O primeiro filhote resgatado será devolvido à natureza

Piti, o filhote que inaugurou o Centrinho, já está praticamente pronto para ser devolvido à natureza. Em maio de 2007, agentes ambientais apreenderam o filhote, que estava em poder de um caçador na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. O peixe-boi apresentava arranhões por todo o corpo e uma profunda ferida provocada por golpe de arpão. Separado à força da mãe, o quadro nutricional do pequeno peixe-boi também era crítico.

O peixe-boi Piti, que ganhou esse nome devido ao seu comportamento arredio, passou sete meses recebendo cuidados intensivos em um curral no lago Tefé que, devido ao trânsito intenso de embarcações, não era o local adequado ao tratamento. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, berçário natural da espécie, apresentava-se como o melhor local para a recuperação de Piti.

No coração do lago Amanã, no município de Maraã, uma estrutura flutuante foi montada para receber Piti. Em janeiro de 2008, quando o Instituto Mamirauá foi credenciado pelo Ibama como criatório conservacionista, Piti foi transferido para a Reserva. Era o início do Centro de Reabilitação de Peixe-Boi Amazônico de Base Comunitária, o “Centrinho”.

* Notícia recebida da Tatiane Costa Novo, via e-mail.

sábado, 14 de janeiro de 2012

ONU declara 2014 Ano Internacional da Agricultura Familiar

A agricultura familiar foi eleita tema do ano pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante reunião realizada em dezembro, a Assembléia Geral da ONU declarou 2014 o Ano Internacional da Agricultura Familiar. A declaração inédita para o setor é resultado do reconhecimento do papel fundamental que esse sistema agropecuário sustentável desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta.

“Com esta decisão, a ONU reconhece a importância estratégica da agricultura familiar para a inclusão produtiva e para a segurança alimentar em todo o mundo – num momento em que este organismo vem manifestando sua preocupação para com o crescimento populacional, a alta dos preços dos alimentos e o problema da fome em vários países”, analisa o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. (Fonte: site da CONTAG)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

SEMPA vistoria comunidades que produzem malva e juta

A Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempa) a partir da próxima semana fará vistoria técnica nas comunidades que produzem malva e juta. A equipe de técnicos da Sempa estará inicialmente nas comunidades do Mocambo, Costa da Águia e Valha-me Deus. Também uma equipe da Brasjuta, entidade que fornece sementes, acompanhará a Sempa em todas as viagens. De acordo com o secretário de produção, Lucivaldo Pereira, a visita técnica servirá também para discutir o preço e fornecimento da fibra. (Fonte:  O Jornal da Ilha)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Base de dados do crédito do Pronaf indisponível no site do MDA

Desde de julho do ano passado a "Base de dados do crédito do Pronaf" disponibilizada no site do MDA encontra-se indisponível. Entendo que estes números são de grande importância para avaliar a evolução do Amazonas no setor primário regional. Fica a lembrança aos amigos e colegas do MDA. A suspensão dos dados ocorreu em decorrência ao cumprimento da legislação eleitoral. 

Quase vinte produtos receberão bônus do PGPAF este mês

Este mês agricultores familiares que acessam o crédito do Pronaf para cultivo de 18 produtos receberão bônus no âmbito do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF). Os principais são arroz, feijão, leite, trigo e mandioca, localizados em 21 estados da federação. Ao todo são 42 produtos amparados pelo Programa, entre grãos, fibras, leite, cana-de-açúcar e hortifrutigranjeiros. Em 2010, estes produtos foram responsáveis por cerca de R$ 130 milhões em bônus aos financiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
    O PGPAF garante às famílias agricultoras que acessam o Pronaf Custeio ou o Pronaf Investimento, em caso de baixa de preços no mercado, um desconto no pagamento do financiamento, correspondente, em termos percentuais, à diferença entre o preço de mercado e o preço de garantia do produto. O objetivo é assegurar a remuneração dos custos de produção aos agricultores familiares financiados pelo Pronaf, garantindo a continuidade das atividades produtivas da agricultura familiar e incentivar a diversificação da produção.
   O Programa está amparado legalmente pelo Decreto n°5.996 de 12/2006 que instituiu o PGPAF, seu Comitê Gestor e estabeleceu as atribuições de cada órgão envolvido. Além disso, as Resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecem os Preços de Garantia a autorizam os bancos a concederem os bônus.
    A Conab, por meio da Superintendência de Informação do Agronegócio (Suinf) e da Superintendência de Gestão da oferta (Sugof) tem o papel de fornecer apoio técnico ao Comitê Gestor, responsabilizando-se pelo levantamento dos custos de produção e dos preços de mercado dos produtos da agricultura familiar enquadrados no PGPAF e informar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) o percentual de bônus a ser oferecido para cada cultura mensalmente.
    Seu Comitê Gestor é formado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Fazenda (MF), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão(MPOG), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Cabe ao comitê definir todos os aspectos relativos a normatização e execução do Programa. (Antônio Marcos da Costa, da Conab / Cynthia Araújo, estagiária).

Credenciamento para o PREME e PROMOVE 2012


O Sistema OCB/Sescoop-AM - Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas/Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Amazonas, alerta às cooperativas filiadas que o prazo de credenciamento de fornecedores, na Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), para o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme) e para o Programa de Regionalização do Mobiliário Escolar (Promove) vai até o dia 16 de janeiro (segunda-feira).

Os editais do Governo do Estado podem ser obtidos por meio do site www.ads.am.gov.br ou retirados pessoalmente na sede da instituição localizada na Avenida Getúlio Vargas 1.127, Centro, no horário das 8h às 17h. Mais informações no telefone 4009-8441 (Comissão Interna de Licitação – CIL/ADS).

O presidente da OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães, ressalta que um dos critérios para o credenciamento de cooperativas é o registro e certificação de regularidade junto a OCB/AM. Para tanto, as cooperativas que estiverem com o certificado vencido ou sem registro, devem procurar o departamento financeiro da entidade para atualizar ou regularizar a documentação.

(Maiores informações no site da OCB-AM)

Carne suína certificada

A abertura do mercado americano para a carne suína brasileira é importante para os produtores nacionais tanto pelos negócios que poderão desenvolver na América do Norte quanto pelas oportunidades que a decisão abre para a conquista de novos mercados, sobretudo os asiáticos. Oficializada com o reconhecimento pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de que os serviços brasileiros de inspeção da qualidade de produtos de origem animal são equivalentes aos americanos - cujos rigorosos critérios de avaliação são reconhecidos internacionalmente -, a autorização para a entrada da carne suína brasileira nos EUA pode transformar-se numa espécie de certificado mundial de qualidade. Por meio dele, o Brasil poderá ter acesso a mercados fechados para o produto nacional e que são grandes importadores, como o japonês e o sul-coreano. (Maiaores informações no site da CNA e do jornal O ESTADO DE SAO PAULO)

EUA suspendem importação de suco

O governo dos Estados Unidos suspendeu ontem as importações de suco de laranja do Brasil e outros países por conta da presença de um fungicida na bebida que é proibido no mercado americano. A suspensão foi decidida pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), segundo informações da agência de notícias Bloomberg.
O governo brasileiro foi pego de surpresa pela notícia, mas o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, prometeu que vai mostrar que a situação do suco exportado é regular. "O que os Estados Unidos dizem da laranja, os russos dizem da carne", argumentou. Ao embargarem a compra de carnes brasileiras em junho do ano passado, os russos alegaram que o produto brasileiro não apresentava todas as especificações necessárias para entrar naquele país. (Maiores informações no site da CNA e no O ESTADO DE SÃO PAULO)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

OCB/AM promove apoio técnico aos produtores rurais


O sistema Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas/Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Amazonas (OCB/Sescoop-AM) intensificou, neste início de ano, o atendimento e a prestação de apoio técnico e jurídico à cooperativas do ramo agropecuário que buscam o registro e a certificação junto à entidade (exigência documental), para a obtenção de linhas de financiamento e assinaturas de convênios para o fornecimento direto de produtos à programas dos governos Federal e Estadual, além de cursos de capacitação técnica.

Nesta terça-feira, o presidente da OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães, recebeu quatro cooperativas dos municípios de Maués, Anori e Manacapuru para a entrega do certificado de regularidade e disponibilizar apoio jurídico, além de promover o contato entre presidentes de cooperativas, parlamentares estaduais da Frencoop, com a superintendência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Amazonas, e encaminhamentos ao Sebrae.

As novas associadas que receberam certificação foram a Cooperativa dos Produtores Rurais e Beneficiadores de Fruta Regionais de Anori (Coopfrutas) e a Cooperativa de Agricultores e Fruticultura do Município de Manacapuru (Coopfamma). Sociedades que estão constituindo a regularização documental para obtenção de financiamentos junto a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e firmar convênios com a Conab e a Agência de Desenvolvimento do Amazonas (ADS), para o fornecimento de produtos ao programa da merenda escolar (PREME).

O presidente da Coopfrutas, Cláudio Alves dos Santos, explicou que a cooperativa planeja a construção de uma indústria de beneficiamento do açaí (carro chefe da produção), e para isso partiu em busca de financiamento, no valor de R$ 3 milhões, junto a Afeam e Fundo de Promoção Social (FPS), do governo estadual, mas esbarrou na falta de documentação. “Por isso estamos solicitando o apoio da OCB para cumprir os critérios exigidos pelas instituições de fomento. O objetivo e exportar para os mercados asiático, norte-americano e europeu”, confia.

Já as veteranas, Cooperativa Agroindustrial de Maués (Coiama) e a Cooperativa Agropecuária de Maués (Aguaman), além de dos cursos de capacitação e de fontes de financiamentos, discutiram o apoio técnico para resgatar um convênio com a Conab no programa de Aquisição de Alimento (PAA), na modalidade compra direta com doação simultânea dos produtos. Programa do Governo Federal que compra o excedente da produção para evitar perdas, e destina à instituições publicas e filantrópicas como hospitais, presídios, associação de moradores e o prato cidadão. O presidente da Aguaman, Marcos Sicsu Cardoso, disse que no Amazonas, onde não há excesso de produção, mas sim falta de oferta, o programa é um estímulo ao produtor que passa a ter a garantia de mercado e preço justo.   

Por sua vez, o presidente da OCB/AM, Petrucio Magalhães, agendou uma reunião entre os presidentes das cooperativas, o deputado estadual Sidney Leite e o superintendente da Conab, no Amazonas, Thomás Meireles, para a discussão de caminhos a serem tomadas para o resgate do convênio que caducou por problemas administrativos das cooperativas de Maués. “Estamos confiantes que com a nova administração e regularização documental, as associadas terão êxito”, aposta Petrucio.

Incra discute com assentados negociação de dívidas do Pronaf

Os agricultores familiares inadimplentes que queiram renegociar a dívida têm prazo até o dia 28 de fevereiro de 2013 para solicitar ao agente financeiro a contratação do crédito. Para os adimplentes, o prazo vai até o dia 29 de fevereiro de 2012. Para acessar a nova linha, o agricultor familiar precisa apresentar a Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) dentro do prazo de validade.
Soluções como essa para acabar com a inadimplência e para criar formas de renegociação da dívida do Pronaf serão discutidas por técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Banco do Brasil e da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), em Mato Grosso do Sul, com representantes de movimentos sociais que lutam pela terra.
O grupo, que vai se reunir na segunda-feira (9), a partir das 9h, no auditório do Incra, espera que grande parte dos inadimplentes consiga renegociar suas dívidas de forma simplificada, uma vez que o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduziu a exigência de documentos a serem apresentados nos pedidos de refinanciamento.
Documentos, como laudo técnico para comprovar a incapacidade de pagamento, não será mais exigido. Em vez disso, o agricultor familiar inadimplente precisará apenas de entregar declaração do produtor: um termo de adesão de medidas. O CMN dispensou também a formalização de aditivo nas renegociações e autorizou a correção das parcelas em atraso pelos embargos cobrados em caso de normalidade das operações.
A pedido do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o CMN aprovou em novembro de 2011, o voto que institui uma linha de crédito para investimento, criada especialmente para recompor e renegociar dívidas de agricultores familiares em operações de crédito do Pronaf e do Proger Rural.
A nova linha de crédito vale para agricultores inadimplentes em operações de custeio e investimento - mesmo aquelas classificadas como “prejuízo” pelos agentes financeiros como “prejuízo”. O limite de crédito por agricultor é de R$ 30 mil, com prazo para pagamento de até 10 anos e taxa de juros de 2% ao ano. Ao contratar a operação, os agricultores deverão pagar, no mínimo, 3% do valor total da dívida. Agricultores adimplentes também podem acessar a linha de crédito caso queiram renegociar suas dívidas com prazos mais longos e prestações com valores mais baixos.

* Notícia recebida, por e-mail, do Jorge/BSC/COOTEMPA

Conab, MDS e MDA apóiam indígenas no Amazonas

A Superintendência Regional da Conab/Amazonas formalizou contrato no valor de R$ 299.988,00, no âmbito do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade de Formação de Estoque pela Agricultura Familiar, com indígenas do Consórcio dos Produtores Sateré Maué, dos municípios de Maués, Parintins e Barreirinha. Na última semana, foi liberada a primeira parcela para aquisição de 2.778 kg de guaraná em grãos, ao preço unitário de R$ 36,00/kg. O produto será beneficiado no município de Parintins, e já conta com negociação acertada com a Europa. A ação é executada com recursos dos MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário). Outra modalidade do PAA com ampla ação no Amazonas é o “Compra da Agricultura Familiar com Doação Simultânea” que, em 2011, investiu, com recursos do MDS, aproximadamente R$ 7 milhões no setor primário regional. A regional do Amazonas informa aos grupos formais (associações, cooperativas e colônias) que está aberta ao recebimento de novas propostas de apoio à comercialização de produtos regionais garantindo preços justos aos produtores, redução no desperdício e alimentos saudáveis ao público em situação de insegurança alimentar e nutricional.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Seguro Defeso – MANACAPURU/AM

* Notícia recebida no meu e-mail, enviada pelo Ronildo N Palmere, em 06.01.12

O Sindicato dos Pescadores no Estado do Amazonas – SINDPESCA-AM,  reunidos com seus associados (as), fizeram em 05/01/2012 às 09:00,  manifestação na Agência do Ministério do Trabalho e Emprego,  em Manacapuru-AM,  para reivindicarem sobre o atraso na emissão da primeira parcela do seguro-defeso 2011/2012,  onde foram constatadas deficiências estruturais por parte do MTE,  quanto as condições logísticas para o atendimento, a Agência funciona por incrível que pareça com modem 3G da VIVO (FOTO) usado para acesso aos dados do sistema do seguro desemprego – “defeso” e outros atendimentos, onde na digitação há queda constante do sistema. Declarado pelos manifestantes como um verdadeiro absurdo e descaso com o cidadão,  além da agência contar apenas com dois servidores para atender as demandas dos Municípios de Manacapuru, Anori, Beruri, Novo Airão, Anamã e Caapiranga – AM.
O Chefe da Agência Sr. Brandão, que apesar de estar de férias, compareceu junto aos manifestantes para prestar esclarecimentos quanto as mudanças no sistema central DATAMEC para DATAPREV,  o que também contribuiu no atraso dos procedimentos.
O SINDPESCA-AM, também verificou muitas pendências nos processos que dependem da RGP – (Carteira) que desde 2010 os (as) pescadores (as)  ainda não foram atendidos por parte do Ministério da Pesca e Aquicultura – MPA, com isto causando grande revolta.
Após a manifestação e as negociações,  os servidores do MTE garantiram digitar no sistema os processos aptos a receber  até dia 14/01/2012.

MPA mantém suspensão de emissão de carteiras de pescadores até março de 2012

O Ministério da Pesca e Aquicultura publicou no último dia 28 a Instrução Normativa Nº 12 de 2011 que altera o texto da IN nº 2, de 25 de janeiro. A nova IN prorroga até 31 de março de 2012 a medida que suspende a emissão de novas carteiras de pescador. Também permanece suspensa a concessão da Licença Inicial para Pescadores Profissionais na Pesca Artesanal. O objetivo é manter a suspensão até que seja finalizado o trabalho do grupo interministerial criado para aperfeiçoar o sistema.
A regra não se aplica a dois casos. O primeiro deles se dá quando o requerente tenha alcançado a maioridade durante o ano de 2011, ou venha a completá-la até março ano de 2012, independentemente de já possuir, ou não, Licença de Aprendiz de Pesca em vigor. O segundo caso é o dos portadores de Carteiras de Pescador Profissional emitidas pela Autoridade Marítima, SUDEPE, IBAMA ou MAPA que não tenham sido registrados no MPA. Os pescadores que se enquadrarem nesses dois perfis já estão aptos, desde 1º de janeiro, a requerer sua inscrição no Registro Geral da Pesca.

* Esta notícia eu recebi no meu e-mail enviada pelo Jorge/BSC/COOTEMPA

Livro aborda gênero, segurança alimentar e agroecologia. Autora, nasceu no Amazonas.

As experiências do Programa Meios de Vida Sustentáveis, as preocupações e reflexões de gênero, o cotidiano das organizações e comunidades onde o programa atua e outras questões são abordadas no livro "Gênero, Segurança Alimentar e Agroecologia no Semiárido Nordestino", de autoria da pesquisadora Telma Castello Branco.
 
A obra trabalha com conceitos relacionados à necessidade de empoderamento, maior participação e valorização do trabalho feminino, compartilhamento de poder por homens e mulheres, construção de parcerias de gênero, associação de conhecimentos e informações e negociação de interesses e necessidades entre homens e mulheres.
 
O livro foi produzido pelo Centro de Assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não-Governamentais Alternativas (Caatinga).
 
Telma Castello Branco nasceu no Amazonas, viveu no Rio de Janeiro, Pernambuco e Fortaleza, onde concluiu Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará.
 
Hoje é servidora do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e trabalha na Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan).
 
A autora possui outros livros, em coautoria, entre eles "Segurança Alimentar e Nutricional no Nordeste" (Editora Loyola, Rio de Janeiro, 2005) e "As viúvas da seca" (Editora Rebento, Recife, 1999).

Entrevista para a Rádio Alvorada de Parintins

Ontem, atendendo pedido do amigo Werner Gama,  falei pelas ondas da querida Rádio Alvorada (penso que o programa foi ao ar neste sábado) ao setor primário de Parintins. Comentei sobre a execução do Programa de Aquisição de Alimentos, nas modalidade de doação e formação de estoque, da PGPM da sociobiodiversidade (inclusão do cacau) e, também, do Programa de Vendas em Balcão, que comercializa milho aos pequenos criadores rurais. Perguntado sobre política/eleições, afirmei, que, como cidadão ligado ao setor agropecuário regional recomendava que os eleitores procurassem conhecer o que os futuros candidatos pensam desse setor. Hoje, o que observo, ainda é um olhar quase que exclusivo para o Pólo Industrial de Manaus (PIM), enquanto que o setor rural do Amazonas, SEM DESMATAR, pode gerar mais emprego do que o proporcionado pelo PIM. Reconheço, e não poderia ser diferente, os avanços do ZFV (Zona Franca Verde), mas ainda é pouco, o setor público voltado ao setor rural (das tres esferas de governo) precisa ganhar "musculatura" no Amazonas e o dinheiro do Pronaf precisa chegar ao bolso do produtor rural mas, para isso, precisamos ter bancos oficiais em todos os municípios. O presidente Lula, e agora a presidenta Dilma, tem dado grandes oportunidades para esse crescimento rural, mas não estamos sabendo aproveitar em sua totalidade. A escolha certa nas eleições municipais pode ser um grande passo. Valeu Werner pela oportunidade, fico sempre à disposição. Agradeço as mensagens enviadas desejando a recuperação da minha saúde. Estou bem!!! Até a próxima entrevista. Forte Abraço, extensivo seus pais e ouvintes do seu programa rural.

Colônia de pescadores e IFAM criam comitê

Está em fase de execução o projeto do Comitê Vocacional Tecnológico de Parintins (CVTP) criado pela Colônia de Pescadores Z-17 e o Instituto Federal do Amazonas (IFAM). De acordo com o presidente da Colônia, Marcos da Luz, o projeto é gerenciado pelo IFAM e a colônia é parceira. “Trabalhamos com a perspectiva de montar um laboratório para produção com base no pescado. Nesse laboratório será priorizada a produção do piracui (farinha de peixe) e Hambúrguer para a merenda escolar”, comentou. O projeto terá investimento do Ministério da Ciência e Tecnologia. O recuso destinado pelo Ministério será aplicado na infraestrutura do laboratório e para a aquisição de equipamentos. A Colônia e o IFAM entram com recursos humanos e matéria prima para implementar o projeto. “Objetivo inicial é melhorar a renda do pescador com agregação de valor do produto que vai ficar direcionado para o processo da regionalização da merenda Escolar”, concluiu Marcos da Luz.

Aroldo Bruce
www.ilhatupinambarana.com.br

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

AGRONEGÓCIOS - R$ 45 milhões ao extrativismo (publicada hoje no Jornal do Commercio)

AGRONEGÓCIOS
R$ 45 milhões ao extrativismo

No último dia 23 de dezembro foi assinada a Portaria Interministerial n. 494 estabelecendo parâmetros para a concessão de subvenção econômica, na forma de equalização de preços, beneficiando agricultores familiares extrativistas ou suas cooperativas ou suas associações. Essa importante ação do governo federal, iniciada no governo Lula, intensificada e ampliada na gestão da presidenta Dilma, está destinando R$ 45 milhões para amparar a comercialização de produtos extrativistas inseridos na PGPMBio (Política de Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade). O pagamento da subvenção é de responsabilidade da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab e será executada quando o preço de mercado estiver abaixo do preço mínimo fixado pelo governo federal. Os beneficiados devem ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf, apresentar a nota fiscal que registra a transação comercial e deverá estar adimplente junto ao Cadastro Informativo de Crédito não Quitados do Setor Público Federal – CADIN. Tenho defendido junto ao governo federal, inclusive contando com o apoio e sensibilidade dos técnicos que coordenam a PGPMBio, a inclusão do cacau e do pirarucu de áreas manejadas nessa importante política que tem melhorado significativamente a vida dos seringueiros do Amazonas, uma vez que a borracha (cernambi) já é um dos produtos amparados. Por falar em borracha, entendo que já é o momento de alterar o preço mínimo passando para R$ 4,50 kg. Divulgo, a seguir, alguns desses produtos regionais e os respectivos limites de subvenção.

Produtos Amparados
Preços Mínimos - R$/kg
Limites por AF extrativista
R$ 1,00
Açaí (fruto)
0,83
821,06
Borracha
3,50
1.800,00
Castanha do Brasil
1,05
1.540,00
Piaçava
1,07
1.140,00
Cacau
Em estudo
Em estudo
Pirarucu áreas manejadas
Em estudo
Em estudo

Graziano é empossado diretor geral da FAO

 

O ex-ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome e economista José Graziano, de 62 anos, assumiu neste domingo (1º) o cargo de diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Ele ficará no cargo até julho de 2015.
 
Graziano tem o desafio de convencer os líderes da comunidade internacional a assumir a erradicação da fome como meta política. Nos últimos cinco anos, Graziano atuou na FAO como seu representante na América Latina e no Caribe.
 
Em 26 de junho do ano passado, ele foi eleito o novo diretor-geral da FAO com 180 votos contra 92. Na disputa, estava o ex-ministro de Relações Exteriores da Espanha Miguel Ángel Moratinos.
 
Como diretor-geral da FAO, Graziano tem pela frente vários desafios, um deles é enfrentar a fome que atinge 1 bilhão de pessoas no mundo. O novo diretor terá ainda de lidar com a tendência de alta dos preços dos alimentos, na próxima década, no momento em que a situação se agrava na região denominada Chifre da África, que fica no Nordeste do continente africano.
 
Para erradicação da fome e da pobreza no mundo, Graziano defende parcerias por meio de programas que já produzem resultados positivos em diferentes países e que, para ele, devem ser usados como meios para atenuar tensões e conflitos.
 
Graziano foi titular do Ministério da Segurança Alimentar no início da gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e responsável pela implantação do Programa Fome Zero. Ele é formado em agronomia e com pós-doutorado em estudos latino-americanos pela Universidade da Califórnia e há pelo menos três décadas dedica-se aos estudos de questões relacionadas ao desenvolvimento rural e à luta contra a fome.
 
Fonte: com informações da Agência Brasil

Setor agrícola cresce mais no Amazonas, segundo FAEA

Estimativa da Federação da Agricultura do Estado aponta crescimento da produção acima dos 7,6% da média nacional,02/01/2012, Laís Motta, Redação do JC

O setor agropecuário do Amazonas fecha 2011 com um desempenho superior à média de crescimento nacional de 7,6%, segundo estimativas do presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas), Muni Lourenço. Aproximadamente 95% do setor agropecuário é representado pela agricultura familiar. Segundo o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), existem 61.843 estabelecimentos de agricultura familiar no Amazonas, 93% do total de estabelecimentos agropecuários do Estado.
Para o secretário da Produção Rural no Amazonas, Eron Bezerra, a agricultura familiar tem um peso importante na produção do Estado. “O setor primário é responsável por 8% do PIB do Estado e por 95% da produção. É evidente que tem um grande peso na produção agrícola no Amazonas”, disse o secretário.
Mandioca, farinha, castanha do Brasil, abacaxi, guaraná, fibras vegetais (juta e malva), borracha, açaí, citrus e leite são alguns dos produtos que tiveram destaque em 2011, segundo o presidente da Faea.
Grande parte desses produtos é comercializada e consumida no Amazonas. Alguns produtos como juta, malva e polpa de açaí estão sendo vendidos para outros Estados. “Importante dizer que dessa parte que está sendo comercializada pra fora, alguns produtos já estão saindo industrializados, o que é relevante porque são produtos que estão tendo agregação de valor”, afirma Muni. Ele lembra que juta e malva estão sendo exportadas na forma de sacaria.
Um dos produtores que se diz satisfeito com o crescimento da agricultura familiar no Estado é o presidente do Sindicato Rural de Manacapuru, Mário Jorge Bastos. O município produziu cerca de oito mil toneladas de fibra vegetal na safra deste ano.
A produção em Manacapuru envolve cerca de oito mil famílias, fora três importantes empresas que comercializam o produto para outros estados. A expectativa para 2012 é de expandir o negócio e chegar à produção de 10 mil toneladas.
Em nível nacional, o setor também obteve um crescimento razoável, movimentando aproximadamente R$ 1 bilhão para a compra de alimentos da agricultura familiar, segundo dados do MDA. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 que vai aumentar os recursos para o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e para o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) é considerado o grande avanço deste ano.

Amazonas terá R$ 100 Milhões

Para o Amazonas, o Plano destinará R$ 100 milhões para ações do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), sendo dividido entre operações de investimento e operações de custeio. O anúncio foi feito no fim de novembro, quando o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, lançou o Plano Safra 2011/2012 no Estado.
O MDA divulgou, na última semana, a intenção de ampliar a comercialização de produtos de cooperativas de agricultores familiares por supermercados. Já no início de 2012, o MDA vai lançar uma nova chamada pública para qualificar empreendimentos de pessoas jurídicas interessadas em participar da iniciativa.
O Amazonas também vai expandir a participação dos produtos nos supermercados de Manaus. Segundo Muni, a ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável) desenvolve trabalho de apoio à comercialização rural, aproximando os produtores rurais do comprador final, evitando que o produtor rural se submeta ao atravessador, que muitas vezes pratica um preço desvantajoso ao produtor. “Através da ADS tem sido facilitada a comercialização rural junto aos supermercados de Manaus, bem como junto às empresas de refeições coletivas que fornecem para indústrias do PIM”.

Redação JC