sábado, 31 de março de 2012

Evento discute aspectos empreendedores da produção pesqueira na região amazônica

Campus Presidente Figueiredo realiza a 1ª Semana de Recursos Pesqueiros, nos dias 10 a 13 de abril, com o tema Aspectos Empreendedores da Produção Pesqueira. O evento oferecerá uma visão clara da atividade pesqueira, com o intuito de divulgar a importância do peixe como principal fonte de alimento da população da região amazônica, além da prática da piscicultura e pesca artesanal como atividade geradora de emprego e renda.
Programação
Após a cerimônia de abertura da 1ª Semana de Recursos Pesqueiros, com início às 18h, haverá três palestras: O Programa Nacional de Políticas de Formação Humana em Pesca e Aquicultura, com professor Edmar Moraes, da Coordenação Nacional de Pesca, Aquicultura, Portos e Navegação da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC); Empreendedorismo em Pisciculturas, com o engenheiro de pesca Leonardo Suiji Maeda; e Licenciamento Ambiental para Piscicultura no Estado do Amazonas, com Raimunda Nonata Moreira Lopes, da Gerência de Controle e Pesca do Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam).
A programação do dia 11 começa, às 8h, com a palestra A Seguridade Social Aplicada aos Pescadores no Brasil. Em seguida, terão início os minicursos Higiene e Manipulação do Pescado, com a professora Cristiane Gama; e Elaboração de Projetos para Atividades de Piscicultura, com Márcio Cunha, engenheiro de pesca da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror). À noite, acontecerão as palestras Manejo e Desenvolvimento Sustentável de Lagos, com o professor Renato Soares, e Tecnologias Aplicadas à Higiene e Manipulação do Pescado, com a professora Cristiane Gama.
No dia seguinte (12), ocorrerão as mesas-redondas Aspectos Empreendedores da Produção Pesqueira em Presidente Figueiredo, com Domingos Sávio de Oliveira, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Rogério Souza de Jesus do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Raimunda Farias, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), e professor Paulo Rolim, do Campus Manaus Zona Leste; e por último, A Pesca Profissional e Recreativa no Lago de Balbina: Estado Atual e Perspectivas, com representantes da colônia de pescadores, comitê de pesca, pescadores profissionais e esportivos e professores do Ifam.
Na sexta-feira (13), serão finalizados os minicursos e realizada a cerimônia de encerramento do evento.

Fonte: IFAM/AM

sexta-feira, 30 de março de 2012

Conab/AM apresenta o Portal de Transparência Pública do PAA

Hoje (30), no auditório da Conab/AM, aconteceu a 2ª reunião do Grupo de Acompanhamento e Controle Social das Ações do PAA (GAPAA). O evento contou com a presença de diversas instituições governamentais e não governamentais, entre elas: Consea/AM, Incra, Sepror, Mesa Brasil SESC-AM, Idam, Conselho de Alimentação Escolar (CAE), Organização de Cooperativas do Brasil (OCB), ICMBio, SEIND, Associação Comunitária do Paraná do Careiro da Várzea/AM, entre outras.
Na oportunidade, o superintendente regional, Thomaz Silva, apresentou o site da Conab, com ênfase no Portal da Transparência Pública do PAA; comentou sobre o processo de definição de preços; os projetos em andamento em 2012; apresentou a equipe que trabalha com o PAA na regional e, também, detalhou a sistemática de pagamento que envolve o programa.
Ao final, foram distribuidos o folder do PAA, tabela de preços, planilha com os projetos em andamento, matérias divulgadas na imprensa local e a publicação "indicadores da agropecuária".

Assessoria de Imprensa/Conab - Alik Menezes

Ministro recebe homenagem da FAEA



Em visita a Manaus, ontem (29), O Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, foi homenageado pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA). Relator do texto-base do novo Código Florestal, na Câmara dos Deputados.

O presidente da FAEA, Muni Lourenço, discursou sobre os benefícios que o novo código oferece para a região amazônica, salientando que o mesmo tira da ilegalidade muitos produtores rurais, que não podem ser vistos de forma negativa. “O atual Código Florestal foi aprovado em 1965, e não condiz mais com a realidade. Quero agradecer o ministro Aldo Rebelo pela iniciativa do novo texto base, que mesmo não sendo da bancada ruralista está atento as necessidades da nação, não beneficiando apenas os grandes agricultores, mas todos eles, que estão produzindo comida”.

Lourenço, disse ainda que á 50 anos o Brasil era importador de alimento e hoje é um dos maiores produtores do mundo, abastecendo o mercado. Para ele o novo código ajuda a continuar produzindo alimentos com sustentabilidade.
Para o ministro Aldo Rebelo, é gratificante receber essa homenagem, falou ainda que o Código Florestal precisava passar por essa reforma.

Caramuri

A bola da Copa do Mundo de Futebol de 2014 poderá ter o nome de um fruto amazônico: Caramuri, que foi sugerido à Fifa e à Adidas (fabricante oficial de bolas para os mundiais), pelo amazonense Beto Mafra. O fruto só aparece de quatro em quatro anos.

Acessórios sugerindo o nome da bola como adesivo e chaveiro, foram entregues ao Ministro e convidados.
Participaram do jantar, a secretária de esportes, Alessandra Campelo, senadora Vanessa Grazziotin, secretario de produção rural, Eron Bezerra, Presidente dos Sindicatos Rurais e demais convidados.




Diárcara Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

I Encontro do Cooperativismo de Parintins

O Presidente do Sistema OCB/SESCOOP-AM,  Sr. Petrucio Magalhães Júnior, e o Colegiado do Curso de Administração do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da UFAM, comunicam a realização do I Encontro do Cooperativismo de Parintins, que será realizado nos dias 19 e 20 de abril de 2012, às 18:30hs às 21:00hs, no auditório da escola CETI Parintins, Rua Fausto Bulcão, 1286 – São Vicente de Paula – Parintins/AM.

Idam fortalece piscicultura no Alto Solimões‏

O governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas – Idam junto com o Projeto "Desenvolvimento Sustentável da Fronteira Amazônica do Brasil” promovido pelo Instituto Sindical pela Cooperação ao Desenvolvimento – ISCOS e a Prefeitura Municipal de Benjamin Constant, estão construindo, em três comunidades do município, seis tanques escavados para a criação de tambaqui. O objetivo é melhorar a qualidade de vida no meio rural. Os viveiros irão beneficiar 30 famílias de agricultores, a maioria indígena. A previsão é que os tanques sejam inaugurados na primeira quinzena do mês de abril. Os alevinos (filhotes) de tambaqui serão doados pela Associação de Piscicultores, que comanda a Estação de Piscicultura do município, onde são produzidos, mensalmente, 200 mil filhotes. 
A primeira despesca deve ocorrer daqui há um ano. A expectativa é capturar 24 toneladas de tambaqui, em cada viveiro. 70 por cento serão comercializados. O restante será distribuído entre os próprios comunitários.
Com essa atividade, o governo do Estado pretende reduzir a pesca predatória nos lagos e rios da região. Outra preocupação é referente à entressafra do peixe, que no Amazonas ocorre no período da cheia; e o defeso, quando a pesca de determinadas espécies ficam proibidas por conta da reprodução.
De acordo a gerente do Idam, Andrea Ribeiro, paralelo a construção dos viveiros, os piscicultores são orientados sobre as normas da Legislação Ambiental do Estado. “Nós queremos que eles fiquem, cada vez mais, cientes de que é necessário respeitar a natureza, evitando a destruição de áreas”, ressaltou, afirmando que a criação de peixes tem menos impacto.
Conforme a gerente, a criação de peixes em cativeiro (piscicultura) vem sendo considerada alternativa bastante viável para a geração de emprego e renda. O pescado, além de possuir importante fonte de proteína, atende aos anseios da população e gera divisas para os piscicultores e seus familiares.
Segundo o coordenador do projeto, Mauricio Veloso, ainda estão previstos para serem construídos mais 20 viveiros. Hoje, a produção de peixe, em Benjamin Constant, é de 180 mil toneladas.
Núbia Pereira
Assessora de Imprensa do Idam
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NOTA DE ESCLARECIMENTO DO IDAM CENTRAL

Sobre o caso envolvendo servidor da Unidade Local do IDAM de Maués, o órgão tem a dizer: 
1)      O IDAM instaurou sindicância no dia 29 de julho de 2011 para apurar os fatos. O procedimento será entregue no dia 20 de abril de 2012 à Secretaria de Administração do Estado - SEAD. Foi o que informou a assistente jurídica do IDAM, Jacinta Moreira, responsável pelo processo que investigou as irregularidades e gerou 17 volumes.
2)      O órgão realiza periodicamente supervisão nos projetos elaborados, a fim de monitorar o desenvolvimento do trabalho junto aos produtores rurais. De acordo com o presidente do IDAM, Edimar Vizzoli, as falhas nos projetos foram detectadas em março de 2011, a partir de uma dessas supervisões.
3)      No dia 1 de março de 2012, o IDAM realizou nova supervisão que será concluída em abril, a fim de verificar se as falhas que prejudicaram os agricultores foram sanadas. Caso o resultado seja negativo, o Banco da Amazônia será informado e o IDAM solicitará revisão e correção dos projetos para evitar maiores prejuízos para os produtores rurais.
4)      O gerente local do IDAM, Raimundo Mendes Leal, responsável técnico dos projetos, foi afastado do cargo no dia 01 de abril de 2011. A agrônoma terceirizada, Marilene Maciel da Costa, que também participou da criação dos projetos, foi desligada da função  na  mesma data.
A equipe de supervisão encontrou as falhas após analisar os mais de 500 projetos encaminhados ao Banco da Amazônia. “Enviamos uma comissão, formada por 12 técnicos do IDAM, para investigar as falhas. Eles permaneceram em Maués por mais de 30 dias e visitaram todos os produtores que possuíam seus nomes ligados aos projetos. Alguns, que de alguma forma foram lesados com falta de mudas, sementes e adubo, foram instruídos a procurar os fornecedores e denunciá-los aos órgãos compentes, caso não tivessem a totalidade do pedido realizado. Os demais receberam acompanhamento especial para que tivessem sucesso em suas práticas agrícolas”, afirmou Vizzoli.
 
Núbia Pereira
Assessora de Imprensa do Idam
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quarta-feira, 28 de março de 2012

Treinamento para mobilizadores no SENAR-AM



A regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural-AM iniciou na última segunda-feira (26), o treinamento para 15 alunos. O curso é para formar mobilizadores que vão atender produtores rurais das cidades do interior do Estado.

O objetivo do treinamento, que teve duração de três dias, é capacitar os Presidentes dos Sindicatos Rurais e convidados para que possam organizar e desenvolver ações dos treinamentos de Formação Profissional Rural (FPR) e das atividades de Promoção Social (PS).

Promovido pelo SENAR Administração Central, através do DEPS, a mobilização é a etapa em que é feita a divulgação dos cursos do SENAR para o público rural, composição das turmas e seleção dos recursos instrucionais a serem utilizados nos cursos.

As aulas têm conteúdos práticos e teóricos, como dinâmicas que estão sendo realizados na sede do SENAR-AM. Para a aluna, Jaqueline Carla Ferrasso, “ O curso superou as expectativas apesar do conteúdo ser extenso, as aulas são dinâmicas e interativas”, avaliou.

A professora, Janete Almeida, ressaltou as metas. “Vamos trabalhar o alinhamento do conhecimento e discussão dos procedimentos de mobilização que se trabalha dentro da Instituição com relação à FPR e PS”, disse.

De acordo com o presidente do SENAR-AM, Muni Lourenço, os cursos promovidos pelo SENAR-AM têm como objetivo, qualificar os líderes rurais e suas famílias, para que os mesmos tenham sucesso em suas atividades, com conhecimentos atualizados.

Motivação

No encerramento do treinamento, os participantes tiveram a chance de esclarecer dúvidas e conversar com os funcionários do Departamento de Arrecadação do SENAR-AM. O assessor de arrecadação, Fabiano Queiroz, explicou sobre metas, objetivos, como também sobre o processo.

Para o superintendente do SENAR-AM, Aécio Filho, “Arrecadação prevista na legislação vai possibilitar que o SENAR desenvolva os objetivos e metas na execução do ensino da Formação Profissional Rural e a Promoção Social dos trabalhadores no campo”, afirmou.

Diárcara Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

Associação dos Aquicultores de Benjamin Constant visita a Conab/AM

Beto, Carlos Flávio e Thomaz

O presidente da AABC, Carlos Flávio Ataíde de Oliveira, visitou a Conab/AM solicitando apoio para o funcionamento da fábrica de ração existente no município de Benjamin Constant. A ideia é comprar o milho em grãos do Programa de Vendas em Balcão, operado pela Conab. Recebeu orientação de como proceder o cadastramento individual dos criadores rurais e, em seguida, iniciar as compras. No momento, o Amazonas está sem estoque do produto, mas deve ser regularizado no final do mês de abril ou início de maio. A AABC também já participa do PAA (CRP-Doação) para compra e doação do tambaqui curumim.

Estado paga subvenção aos Juticultores

De acordo com informações recebidas do Sistema SEPROR a subvenção ao juticultor referente ao produzido na safra passada deve ser paga no próxima dia 04 de abril. Maiores informações podem ser obtidas na secretaria estadual de Produção Rural.

terça-feira, 27 de março de 2012

Prêmio estimula produção sustentável


 
Fomentar e destacar iniciativas desenvolvidas no âmbito das operações com defensivos agrícolas, na utilização, distribuição, comercialização e logística reversa. Esse é o objetivo do Prêmio Andef, promovido pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que conta com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) na sua divulgação e na avaliação dos projetos, para escolha dos vencedores. As inscrições estão abertas e vão até o dia 30 de abril.

A premiação também visa valorizar os profissionais responsáveis por ações de educação, responsabilidade social e ambiental, e de adoção de boas práticas agrícolas, sejam eles agentes multiplicadores, agricultores, trabalhadores rurais e suas famílias. O foco principal é a produção sustentável de alimentos saudáveis, acompanhada da melhoria de indicadores sociais e ambientais.

Cada vez mais reconhecido pela sociedade em geral por fomentar ações de responsabilidade socioambiental e por incentivar treinamentos e o aperfeiçoamento educacional do homem do campo, o Prêmio Andef está em sua 15ª edição.

Para este ano, o regulamento apresenta novidades, entre elas, a premiação de um tablet para cada profissional responsável pelos projetos vencedores. A categoria Cooperativismo contempla três áreas temáticas: Boas Práticas Agrícolas no Uso de Defensivos, Responsabilidade Social e Responsabilidade Ambiental. As cooperativas podem apresentar um projeto sobre cada tema.

Fonte: OCB

OCB-AM participa de oficina do Fundo Amazônia



A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), em parceria com o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM), realizam nesta segunda e terça-feira, uma oficina de apresentação e discussão da Chamada Pública para Projetos Sustentáveis, apoiado com recursos do Fundo Amazônia.


O encontro tem como principal objetivo selecionar propostas candidatas a obter apoio financeiro não reembolsável, para o desenvolvimento de atividades econômicas de uso sustentável da floresta e da biodiversidade.


Presidentes de cooperativas e diretores de associações ligadas a área da agropecuária, participam do evento, que acontece no auditório Beth Aziz, 4º. Andar, da Assembleia Legislativa, localizada na avenida Mario Ypiranga, 3950, Parque 10.


O presidente da OCB-AM Petrucio Magalhães Jr., fez a abertura do evento enfatizando o trabalho das cooperativas no Estado do Amazonas. “Reafirmo que as cooperativas são os maiores defensores do meio ambiente. Simplesmente por serem uma sociedade de pessoas da própria comunidade, que tem interesse em manter a sustentabilidade local, pois depende delas para sua sobrevivência”, disse Petrucio.


O representante do BNDS, Gil Borba, destacou a importância do projeto e explica o procedimento aos interessados que desejam participar do edital. “O Fundo Amazônia dá prioridade a projetos produtivos sustentáveis, com ênfase em investimentos na produção, capacitação e fortalecimento do associativismo local. Todas as entidades desde cooperativas, associações e ong’s que estiverem registradas no cartório competente de pessoa jurídica, no período de dois anos, podem participar. A documentação será avaliada por uma comissão do BNDS", frisou Gil Borba.

Fonte: OCB/AM

domingo, 25 de março de 2012

São Paulo faz campanha para retirar agrotóxicos proibidos do campo (E no Amazonas?)

SÃO PAULO - O Estado de São Paulo faz uma campanha para recolher toneladas de agrotóxicos que tiveram sua venda proibida há muito tempo, mas ainda permanecem estocadas nas propriedades rurais. Há 27 anos, o governo brasileiro vetou a fabricação, o comércio e o uso de uma série de defensivos químicos. Porém, muitos agricultores guardaram os produtos por não saber o que fazer com eles, já que não houve uma iniciativa de retirá-los do campo. A campanha iniciada em setembro do ano passado esclarece os agricultores sobre o perigo de contaminação destes estoques à própria saúde ao meio ambiente. Além disso, os técnicos que fazem as visitas ao campo realizam, ainda, um levantamento sobre a quantidade de produtos obsoletos que deverão ser retirados das propriedades. O prazo para o agricultor fazer cadastro e aderir à campanha termina na segunda-feira (26). O produtor que não declarar que possui estes produtos pode ser penalizado em futuras fiscalizações.
(Janice Kiss | Valor)

Opinião do Blog - Não só as embalagens, mas também o uso de agrotóxicos na produção regional deve merecer atenção do setor primário local. Será que está ocorrendo regularmente a medição no uso desses produtos nos alimentos aqui produzidos? Este é mais um assunto de extrema  importância.

Giro RURAL (o que foi notícia...)

PISCICULTORES DE ANORI RECEBEM ALEVINOS DE TAMBAQUI
32 piscicultores de Anori foram beneficiados com a distribuição de 45 mil alevinos de tambaqui que servirão para a subsistência dos criadores e, também, venda do excedente. A ação é do IDAM, em parceria com alunos de Aquicultura e Pesca do IFAM. 
ANORI RECEBE UNIDADE DEMONSTRATIVA DE CITROS
Com o objetivo de incrementar a produção de laranja em Anori, que já tem tradição na cultura, o IDAM instalou, na propriedade do agricultor Francisco de Assis, uma Unidade Demonstrativa de Citros. De acordo com o gerente local do Idam, Jean Frank Magalhães, além dessa ação, o município já desenvolve o Programa Meu Pé de Laranja que distribui muda de laranjas destinadas ao plantio de quintais.
CITRICULTORES DE PRESIDENTE FIGUEIREDO RECEBEM CAPACITAÇÃO
Curso de capacitação de Citrus (laranja, abacaxi e limão) aos agricultores familiares da região. O evento aconteceu na vicinal ZF6 e é coordenado por técnicos do Idam.

Governo Federal lança o PRONACAMPO
O programa tem o objetivo de formar professores, educar jovens e adultos e garantir práticas pedagógicas para reduzir as distorções no cenário educacional do campo brasileiro. O programa deve garantir a distribuição de material sobre a realidade rural para mais de 3 milhões de estudantes.
FAEA participou do I Encontro de Comunicação Socioambiental do Amazonas
Semana passada aconteceu, em Manaus, o I Encontro de Comunicação Socioambiental do Amazonas (I ECSA). Assuntos relacionados à Conferência RIO +20, a ser realizado entre os dias 20 e 22 de junho, na cidade do Rio de Janeiro, como a economia verde e sustentabilidade, foi debatido entre comunicólogos da área ambiental, cientistas, estudantes de jornalismo, secretários estaduais e sociedade civil.  Durante o painel intitulado, “A economia verde e a comunicação socioambiental no Amazonas”, o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas, Muni Lourenço, palestrou sobre as ações da FAEA, do setor agropecuário e produtivo. “Os produtores rurais e os pecuaristas entendem que é possível produzir na Amazônia sem causar danos ambientais. Atualmente a Federação desenvolve projetos e ações que comprovam isso, exemplo foi o acordo firmado em 2011 com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, em utilizar as áreas já abertas, sem necessidade de desmatar outras áreas, como também o Cadastro Ambiental Rural, e cursos promovidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, que capacitam o homem do campo, entre outros”, afirmou.

População rural define propostas para Assistência Técnica no Amazonas

Encerrou, na sexta passada, a 1ª Conferência Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural – Ater. Mais de 200 pessoas participaram da Conferência e elaboraram propostas de políticas públicas que serão apresentadas na Conferência Nacional que vai acontecer, em Brasília, entre os dias 23 e 26 de abril. O agricultor Eraldo Albuquerque, que participou do encontro, veio do município de Parintins na expectativa de ajudar na construção dessas propostas. “Nós precisamos melhorar a Ater no nosso Estado, por isso é necessário despertar os governantes para as diferenças que existem nas regiões”, disse ele, alertando que, somente após ouvindo os envolvidos no processo é possível estabelecer padrões capazes de atender a realidade de quem vive no campo.

Trinta mil filhotes de tambaqui são distribuídos em Manaquiri

O Governo do Estado do Amazonas, por intermédio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (IDAM), Secretária de Estado da Produção Rural (Sepror) e Secretária de Pesca e Aquicultura (SEPA), entregou para trinta piscicultores do município de Manaquiri (distante 60 Km de Manaus), 30 mil alevinos (filhotes) de tambaqui, produzidos no próprio município. Para ajudar no incremento da atividade no município, a Prefeitura elaborou um projeto para construção de mais dois tanques com uma capacidade para 100 mil pós-larvas para prática da alevinagem em Manaquiri. A intenção é atender a demanda crescente de alevinos que vem sendo registrada devido ao projeto “Piscicultura Familiar”.



quinta-feira, 22 de março de 2012

Entrevista na BAND



Hoje, atendendo o gentil convite do Edson Fernandes, participei, pela terceira vez, de entrevista com a Deputada Conceição Sampaio e com a Vereadora Socorro Sampaio. Na oportunidade, conversamos a respeito das ações que a Conab vem executando no Estado do Amazonas. O meu muito obrigado, extensivo toda equipe do programa, pois sem a maior socialização dos programas e ações do Governo Federal, neste estado continental, os avanços serão pontuais e com estatísticas que não são as pretendidas e desejadas.

Nhamundá visita Conab/AM

José Roberto, João 27, Thomaz e Laureano

O secretário de produção de Nhamundá, conhecido como João 27, que também é presidente da COOPFAN, visitou a Conab/AM para discutir ações que envolvem a execução do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) naquele município. A Cooperativa já está com os recursos financeiros para a compra da produção familiar diretamente dos agricultores integrantes do projeto até o limite/ano de R$ 4,5 mil. O PAA é um programa do Governo Federal, operado com recursos do MDS e MDA.

Juticultor no prejuízo

Segundo informações recebidas de Manacapuru, o juticultor está recebendo R$ 1,70 kg (na propriedade) e R$ 1,90 kg (sede do município) pelo quilo da fibra produzida nesta safra. Na safra passada, os valores eram: R$ 2,00 kg (na propriedade) e R$ 2,20 (sede do município). Nessa conta, e nas duas safras, não está contabilizada a subvenção estadual de R$ 0,20 kg. Confirmados esses números, é fácil constatar que o juticultor sairá no prejuízo e desestimulado, o que não é bom pra toda a cadeia produtiva, pois todos perdem. Ainda analisando os atuais números, creio que não será necessário a Conab atuar comprando por meio da AGF (Aquisição do Governo Federal), uma vez que o preço pago na SEDE já está superior ao mínimo, que é de R$ 1,77 kg. É sabido, também, que a queda na produção atingirá níveis históricos em decorrência da enchente. Nesse aspecto, vem outra preocupação: Como os juticultores vão pagar o crédito recebido do Pronaf e  da Afeam? Entendo que o Banco do Brasil e técnicos da Afeam devam visitar as áreas atingidas pelas enchentes e constatar, in loco, os estragos causados na atual safra, a fim de encontrar uma solução para que os juticultores não fiquem inadimplentes. É do meu conhecimento que o Sistema Sepror vem unindo esforços junto ao Governo Federal para amenizar este quadro. Certamente contará com a sensibilidade do MAPA e do MDA, contudo, precisamos avançar no Seguro Rural, na inclusão ao Garantia Safra e, quem sabe, no Seguro Várzea. Outros aspectos da cadeia merecem atenção, são eles: utilização de satélite para levantamento de safra; utilização de sacaria biodegradável no estoque público de alimento e inclusão da juta no instrumento de formação de estoque da agricultura familiar/PAA

terça-feira, 20 de março de 2012

Exemplos do Brasil que não acontecem no Amazonas

Artigo publicado, hoje, no Jornal do Commercio

AGRONEGÓCIOS
Exemplos do Brasil que não acontecem no Amazonas

Nos últimos anos venho insistentemente, neste espaço, batendo na mesma tecla, e não vou desistir, principalmente agora que temos um governo mais sensível ao pleito do produtor rural familiar. Os três temas levantados são: Crédito Rural do Pronaf, Seguro Rural e Seguro Várzea. No crédito rural do Pronaf, estamos em penúltimo lugar no acesso aos bilhões disponibilizados anualmente pelo Governo Federal. Nesse caso, a principal causa é a inexistência de bancos oficiais na expressiva maioria dos municípios do Amazonas; no Seguro Rural, o agricultor do Amazonas não tem acesso em razão de não possuir cultura agrícola amparada pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático – Zarc. O Seguro Várzea, chamado no Nordeste de Programa Garantia Safra, ainda não contempla o produtor rural do Amazonas, cuja denominação, para a região Norte, defendo que seja Garantia Várzea ou Seguro Várzea. Não importo o nome, o que precisamos é do apoio financeiro em momentos de grandes secas e enchentes. Transcrevo, abaixo, notícias publicadas esta semana que demonstram a eficiência do Garantia Safra em outros estrados. Antes, porém, ressalto que o Programa Garantia Safra é do Governo Federal, mas conta, obrigatoriamente, com a contrapartida de estados e municípios.

Pernambuco, 100 mil beneficiados
O prazo para adesão ao Programa Garantia Safra para a região Agreste de Pernambuco encerra no dia 15 de março. Até o momento, a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária do Estado contabilizou a adesão de 100,83 mil agricultores para a safra 2011/2012, sendo 92,14 mil do Sertão e 8,69 mil do Agreste. O pagamento do seguro para a safra 2010/1011 totalizou R$ 14,6 milhões, beneficiando 22,87 mil agricultores de 20 municípios, conforme informações do órgão. Ainda segundo a Secretaria, as perdas de outros 12 municípios são analisadas e aguardam posição do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) para repasse na folha de pagamento 2010/2011.

Alagoas, 25 mil beneficiados
Os cerca de 25 mil agricultores familiares de Alagoas que se inscreveram no Garantia Safra para o ano agrícola 2011-2012 já podem obter o boleto para fazer o pagamento e garantir adesão ao programa. O boleto deve ser retirado nas Secretarias Municipais de Agricultura e pago até o dia 31 de março. O pagamento pode ser feito nas Casas Lotéricas e o valor é de R$ 6,80, equivalente a 1% do seguro que o produtor recebe, em caso de perda da plantação provocada por seca ou excesso de chuva. Os agricultores alagoanos que se inscreveram são oriundos de 35 municípios do Agreste, Bacia Leiteira, Médio e Alto Sertão, regiões cobertas pelo Garantia Safra. “Quem apenas se inscreveu e não fizer o pagamento do boleto, não garante a adesão. Assim, se for constatada perda de 50% ou mais da plantação, ele não recebe os R$ 680”, informou o coordenador do programa em Alagoas, José Antônio dos Santos. O Garantia Safra cobre as culturas de feijão, milho, algodão, arroz e mandioca. As inscrições no Estado para o ano agrícola 2011-2012 foram praticamente o dobro do período anterior. “O empenho da rede de assistência técnica e extensão rural (Ater) foi fundamental para que o Estado atingisse a meta de inscrições. Outro motivo foi o engajamento das prefeituras, que fizeram sua adesão, juntamente com o Governo do Estado, que também aderiu”, explicou o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Dantas. “O ideal é que, com o plantio, o agricultor possa colher. Mas, se houver perda superior a 50%, o seguro garante uma renda para a família”, completou o secretário Jorge Dantas.
Bahia (9 mil) Piauí (mil) e Rio Grande do Norte (94)
A Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário autorizou o pagamento dos benefícios relativos à safra 2010-2011 aos agricultores que aderiram ao Garantia-Safra em 18 municípios do Nordeste. A portaria foi publicada hoje (14) no Diário Oficial da União. Os pagamentos serão feitos a partir de hoje, nas mesmas datas definidas pelo calendário de pagamentos de benefícios sociais da Caixa Econômica Federal. O Garantia-Safra vai beneficiar 540 agricultores em Ouro Branco (AL) e 1.586 em Pão de Açúcar (AL). Na Bahia serão contemplados 13 municípios, em um total de 9.190 agricultores. No Piauí, 1.048 agricultores dos municípios de Caridade do Piauí e Itaueira receberão o benefício. No Rio Grande do Norte, será contemplada a cidade de Frutuoso Gomes, beneficiando 94 agricultores.

20.03.2012
Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com

Audiência pública debate proposta de novas reservas indígenas em Autazes



A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), participou de uma Audiência Pública realizada no auditório Senador João Bosco, da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), debatendo sobre a proposta de criação pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), de mais nove reservas indígenas em Autazes (a 113 quilômetros de Manaus). O município possui a maior bacia leiteira do Estado do Amazonas, são 40 mil litros de leite por dia.

Durante o debate o presidente da (FAEA), Muni Lourenço, afirmou que a produção do município será prejudicada, assim como as famílias que vivem no local. “Caso forem criadas as reservas indígenas, somente em Autazes cerca de 500 propriedades serão desapropriadas. Segundo dados do O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), além da produção de leite, o município produz culturas como cupuaçu, mandioca, maracujá entre outros, não podemos deixar que esses investimentos sejam perdidos”, afirmou.

O presidente, Muni Lourenço, avaliou ainda que existem investimentos públicos e privados sendo desenvolvidos, exemplo disso é uma agroindústria de laticínios, com capacidade para processamento de 50 mil litros de leite por dia. “Desejamos viver em harmonia com a comunidade indígena. Estamos defendendo os direitos dos produtores rurais, que movimentam a economia local”. Atualmente Autazes conta já conta com doze reservas.

De acordo com o advogado, Tarso Vieira, não há dúvidas sobre a proposta das demarcações de terras. “Essa nova reserva vai incluir Autazes, Borba, Manaquiri, Careiro Castanho e da Várzea”, demostrou com um mapa para os participantes.

A representante da Associação Comunitária Agrícola de Santa Maria, Gelciane Printes, veio de Autazes e demonstrou bastante preocupação. “Seremos prejudicados com a criação dessas reservas, são mais de 16 anos de luta para realização de projetos para a Associação, mas esse sonho pode ser prejudicado”, disse.

Vestidos com camisas amarelas, mais de 50 pessoas acompanharam a presidente do Movimento Nação Mestiça do Amazonas, Elda Castro de Sá, que ressaltou o clima que eles estão vivenciando. “É um clima tenso que estamos vivendo. Viemos lutar pelos nossos direitos, chagar a um consenso no que diz respeito às demarcações”.

O deputado estadual Marco Antônio Chico Preto, presidiu a Audiência e defendeu mais um debate para a proposta de criação das reservas. “Vamos propor mais uma reunião para que o debate seja mais aprofundado, é uma falta que a FUNAI não se faça presente aqui hoje”. Essa Audiência foi proposta pela FAEA e encaminhada pelo deputado Marco Antônio Chico Preto, à Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Assuntos Indígenas.

Participaram da solenidade, representantes do Ministério Público Federal (MPF), Conab, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Agencia de Desenvolvimento Sustentável (ADS), Câmara Municipal e Prefeitura de Autazes, OCB- SESCOP-AM, deputado Luís Castro, pecuaristas, produtores, empresários, entre outros.

Esta é a segunda Audiência realizada para debater o assunto. A primeira ocorreu no ano de 2010, em Autazes, contando com a presença de 800 pessoas.

Diárcara Ribeiro -
Assessoria Comunicação FAEA

sábado, 17 de março de 2012

Conab no Amazonas convoca extrativistas


A Companhia Nacional de Abastecimento no Amazonas (Conab-AM) que coordena a comercialização de produtos de origem extrativista no Estado analisou que os extrativismos de açaí, piaçaba e borracha, estão recebendo valores abaixo do preço mínimo fixo pelo Governo Federal.

Apesar dos esforços, inclusive em parceria com o estado, o superitendente regional da Cobab no Amazonas, Thomaz Antônio Perez da Silva, entende que a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) da sociobiodiversidade, poderia atingir um maior número de beneficiários no Estado.

O programa é de acordo com a lei nº 11.775, de 2008 que permitiu a modalidade de subvenção direta, que prevê ao extrativista o recebimento de um bônus caso efetue a venda de seu produto por preço inferior ao preço mínimo fixado pelo Governo Federal.

Exemplo: Se um extrativista vender a cada 1 kg de borracha por R$ 3,00, a Conab poderá complementar com a subvenção de R$ 0,50/kg (pois o preço mínimo do produto é de R$3,50/kg).

Mas para o extrativista receber o benefício é preciso que os produtos sejam vendidos com nota fiscal, juntamente com a Declaração de Apitidão ao Pronafi (DAF) e CPF regular. Para cooperativas e associações é necessária a apresentação da DAP jurídica, nota fiscal de compra, certidões negativas do INSS e FGTS e conta corrente em banco oficial em nome da cooperativa.

"O que queremos é ajudar esses extrativistas, e se o mercado pagar abaixo do valor estipulado, a Conab paga a diferença, multiplicada pelo que foi vendido, mas para isso é preciso que estejam de acordo com a documentação exigida”. Disse o superintendente Thomaz Perez.

Os interessados que quiserem tirar dúvidas, podem entrar em contato com a área operacional da CONAB no Amazonas, pelo telefone (92) 3182-2402.

Fonte: OCB-AM

No Brasil, só o agricultor do AM e AP sem direito ao Seguro Rural (publicado no Jornal do Commercio/AM)

AGRONEGÓCIOS
No Brasil, só o agricultor do AM e AP sem direito ao Seguro Rural

É só chegar a seca ou enchente para o setor primário local lembrar que o produtor rural amazonense, pequeno, médio ou grande, não tem direito ao seguro rural.  A história já vem se repetindo por longos anos sem, até o momento, ter recebido a merecida atenção dos atores envolvidos no assunto, até justificável, diante da estrutura dos órgãos públicos envolvidos no tema. Quando ocorrem essas adversidades, e após justa pressão dos produtores rurais, o remédio é sempre o mesmo: o Estado, por meio da Afeam, anistia os atingidos que receberam crédito e, o governo federal, em parceria com o estado, dispara algum mecanismo para amenizar a calamidade rural. Este ano, pelo que tenho lido e ouvido, o procedimento deve se repetir. Bem, nesse sentido, reconheço o esforço da Sepror (participei de reunião no auditório da secretaria) para resolver os estragos causados pela enchente deste ano, mas entendo que não podemos continuar agindo da mesma forma, uma vez que existem mecanismos públicos disponíveis aos agricultores familiares que tiveram acesso ao Proanaf e, também, para os que plantaram com seus próprios recursos. Reconheço, ainda, que o número de produtores amazonenses que acessam o crédito rural no Pronaf é, inaceitavelmente, um dos menores do país (a principal razão é a falta de banco oficial) e que somente esses poderiam ter acesso ao seguro rural, mas não tem, e vou explicar as razões. Antes, porém, e pensando em beneficiar os agricultores que não acessaram o crédito rural do Pronaf por inúmeros entraves, e que perderam a produção, volto a defender a implementação do seguro várzea, ou seja, algo similar ao garantia safra, operado pelo MDA, que já vem beneficiando o Nordeste e outras áreas, menos o Amazonas.

Só Amazonas e Amapá estão fora
Se o leitor desta coluna tiver tempo e curiosidade de visitar o site do ministério da Agricultura (www.agricultura.gov.br) vai encontrar as seguintes siglas estaduais contempladas com o instrumento chamado “Zarc” (Zoneamento Agrícola de Risco Climático). São elas: AC, AL, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MT, MS, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RS, RO, RR, SC, SE, SP e TO. É só conferir e constatar a ausência do Amazonas e do Amapá, repito, é inaceitável e temos de virar essa página, pois sem o “Zarc” jamais nossos produtores rurais terão acesso ao seguro rural. Antes do “Zarc”, que é de responsabilidade do Governo Federal, o Amazonas precisa concluir o ZEE – Zoneamento Econômico Ecológico na escala recomendada pelas instituições afins ao “Zarc”, entre elas a Embrapa. Portanto, o Amazonas falta concluir o dever de casa e finalizar, urgentemente, com aprovação da ALEAM, o Zoneamento Econômico Ecológico. Como a competência do ZEE é da SDS, sugiro que a ADS assuma o papel de articuladora para, no menor tempo possível, todos os entraves burocráticos sejam ultrapassados e, que, os nossos agricultores, possam usufruir dos benefícios do “Zarc” que vão além do seguro rural.

O Que é “ZARC”
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático é um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. A técnica é de fácil entendimento e adoção pelos produtores rurais, agentes financeiros e demais usuários.
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático foi usado pela primeira vez na safra 1996 para a cultura do trigo. Recebe revisão anual e é publicado na forma de portarias, no Diário Oficial da União e no site do ministério. Atualmente, os estudos de zoneamentos agrícolas de risco climático já contemplam 40 culturas, sendo 15 de ciclo anual  e 24 permanentes. Para fazer jus ao Proagro, ao Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural, o produtor deve observar as recomendações desse pacote tecnológico.

Seguro/Garantia-Várzea (Norte) e Garantia-Safra (Nordeste)
Apresento, a seguir, alguns conceitos do Garantia-Safra extraídos do site do MDA. O Garantia-Safra (GS) é uma ação do Pronaf voltada para os agricultores e as agricultoras familiares localizados na região Nordeste do país, na área norte do Estado de Minas Gerais, Vale do Mucuri, Vale do Jequitinhonha e na área norte do Estado do Espírito Santo ― área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), majoritariamente Semiárida ― que sofrem perda de safra por motivo de seca ou excesso de chuvas. Para participar do Garantia-Safra, é necessário que, anualmente, estados, municípios e agricultores localizados na área de atuação da SUDENE façam adesão ao GS. Os agricultores que aderirem ao GS nos municípios em que forem detectadas perdas de, pelo menos, 50% da produção receberão a indenização prevista pelo Garantia-Safra diretamente do governo federal, em até seis parcelas mensais, por meio de cartões eletrônicos disponibilizados pela Caixa Econômica Federal. Todas essas adversidades também ocorrem no Amazonas, mas ainda não estamos incluídos. Sugiro ao estado que levante a demanda, pois certamente encontrará respaldo no Governo Federal, que, desde o presidente Lula, vem demonstrando uma maior sensibilidade com a agricultura familiar.

13.03.2012
Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com

Produtores de juta/malva da Amazônia podem contar com apoio da PGPM

A Conab colocou à disposição dos produtores de juta/malva da região Norte do Brasil, especialmente dos ribeirinhos do estado do Amazonas, os mecanismos da Aquisição do Governo Federal (AGF), para compra de 2 mil toneladas de fibra e, com isso, garantir a sustentação dos preços e apoio à comercialização do produto. O preço da fibra estabelecido pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para este ano é de R$ 1,77 a tonelada. Os interessados devem procurar a sede regional da Companhia em Manaus.

A medida do governo foi tomada, depois de constatados os efeitos negativos das enchentes dos rios da região nos primeiros meses do ano, que prejudicaram a produção ribeirinha. Com isto, boa parte dos produtores efetuou a colheita antecipada, como forma de reduzir as perdas que, segundo os analistas, podem chegar a 35% da produção. Mas a iniciativa corre o risco também de provocar menor renda ao produtor, devido a menor quantidade colhida.

Para a Superintendência de Gestão da Oferta (Sugof) da Conab, "a ação de enxugamento da oferta, com a compra das 2 mil toneladas, deve garantir a renda do juticultor, pois resultará em elevação de preços no mercado, reduzindo os efeitos negativos da enchente e da situação do mercado internacional".

            A indústria brasileira é grande importadora da fibra , porque a produção nacional não supre o consumo anual de mais de 18 mil toneladas. Em 2011, por exemplo, foram importadas cerca de 16,3 mil toneladas, principalmente de países como Bangladesh e Índia que fornecem, além da fibra, fios e sacaria utilizados pela indústria. (Raimundo Estevam/Conab, com a estagiária Cynthia Araújo)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Presidente Muni Lourenço toma posse no Conselho Fiscal do SENAR Nacional



Muni Lourenço

Ontem, terça-feira (13) de março, o presidente do Sistema FAEA/SENAR-AM, Muni Lourenço, foi eleito membro do Conselho Fiscal do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural -SENAR Nacional, e em seguida como Presidente. É a primeira vez que um representante do Estado do Amazonas ocupa esse cargo.

“Sinto-me honrado em participar do colegiado de estrema relevância para os trabalhos do SENAR. Minha expectativa é representar da melhor maneira a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) e o Estado do Amazonas, no aprimoramento das ações de formação profissional rural e social desenvolvidas pelo SENAR”, ressaltou o presidente Muni Lourenço.

A solenidade aconteceu em Brasília e contou com a presença na condição de Conselheiros, representantes do Ministério do Trabalho e Agricultura, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o Secretário Executivo do SENAR Nacional, Daniel Carrara, entre outras Instituições.


Diárcara Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA/SENAR-AM

Município de Carauari recebe capacitação no manejo do açaí



Agricultores e extrativistas residentes no município de Carauari e na comunidade de Bauama (zona rural), na calha do rio Juruá foram capacitados com o curso de boas práticas na colheita do açaí nos dias 20 e 23 de fevereiro. A realização foi patrocinada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-AM) que sentiu a necessidade de passar conhecimentos básicos e aprimoramento na cadeia do açaí.
O curso contou com aulas práticas e teóricas para 35 participantes que atuam no cultivo e na extração do fruto de açaí, além de uma visita dos participantes às dependências da agroindústria Açaí Tupã, instalada no município.
Com orientação profissional do tecnólogo em alimentos Raimundo Nonato Frazão, foram repassados os procedimentos adequados para a forma de coleta, armazenamento e transporte do alimento até a indústria.
Para o presidente do Sistema FAEA/SENAR, Muni Lourenço, o curso vem beneficiar as famílias que vivem da atividade na calha do Juruá. “A capacitação é primordial, para oferecer as famílias novas técnicas e assim elevar o padrão que o mercado exige como também o aproveitamento”, avaliou.
Práticas
No processo de coleta do cacho do açaí é necessário que o fruto esteja totalmente amadurecido elevando a pigmentação da antocianina substância que da a cor roxeada ao fruto; em seguida debulhá-lo em uma superfície coberta com lona plástica, recipientes limpos, caixas de madeiras ou peneiros de palha de juta, retirando toda sujeira e insetos que podem gerar doenças.
Para o seguimento no transporte, deve ser realizado em cestos, sacas ou peneiros bem fechados da maneira que não sejam empilhados evitando aquecimento da fruta que gere a perda de nutrientes.
O tecnólogo Frazão destaca a grande importância de ministrar esse curso e elevar o nome do município na comercialização do açaí com qualidade e padrão que a indústria nacional exige. "É indispensável que todos assimilem esse aprendizado para não haver perdas não só para indústria de polpas, mas principalmente para os produtores que almejam prosperar na venda de seus produtos", afirmou.
Em continuidade, o curso estendeu-se para comunidade rural do Bauama, onde é cultivado além do açaí outros produtos como abacaxi, mandioca e óleos de andiroba, muru-muru que fornecem o sustento a 21 famílias.


Liliane Pantoja
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA/SENAR

Cartilha de cooperativismo estimula os jovens

 
Como parte das celebrações do Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro Mendes Ribeiro Filho fez o lançamento da cartilha “Coopergênero, Cooperativismo e Igualdade de Gênero” durante a Expodireto Cotrijal 2012.

A publicação trabalha de forma lúdica questões relativas à equidade de gênero respaldada na doutrina cooperativista e é voltada a adolescentes e pré-adolescentes.

A cerimônia foi no estande do Mapa, na Expodireto Cotrijal. O material será distribuído às cooperativas e instituições de ensino. A primeira tiragem tem 10 mil exemplares.

A solenidade contou com a presença da diretora substituta do Denacoop (Departamento de Cooperativismo e Associativismo) Vera Lucia de Oliveira Daller, do presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS Vergilio Perius, do deputado federal Alceu Moreira e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Alexandre Postal. (Imprensa Ocergs).

Fonte: OCB

Bônus do PGPAF saem para 15 produtos agrícolas (Mais um tema que o AM precisa avançar)

Este mês, agricultores familiares que têm direito ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) de alguns estados receberão bônus para o cultivo de 15 produtos, no âmbito do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familar (PGPAF).

A informação é da Superintendência de Gestão da Oferta (Sugof) da Conab  Os produtos que receberão bônus são açaí, alho, arroz longo fino em casca, babaçu (amêndoa), borracha natural (extrativista) cará (inhame), leite, pequi, piaçava, sisal, tomate, trigo,triticale (cereal), umbu e uva.

Entre os estados que receberão bônus, estão Espírito Santo, Bahia e Sergipe. Com o programa, o agricultor tem um desconto no pagamento de custeio e investimentos, que corresponde à diferença entre o preço de mercado e o de garantia do produto.

A área técnica da Conab, a Gerência de Alimentos Básicos, é que apura  o preço de mercado no mês e compara com o preço de garantia, e a estatal, por fim, define, mensalmente, o bônus do PGPAF, que é divulgado, então, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). (Assessoria de Imprensa)

terça-feira, 13 de março de 2012

Conab compra 56 toneladas de produtos de agricultores familiares do Amazonas

 


A regional da Conab no Amazonas fechou a compra, este mês, de  56 toneladas de produtos de agricultores familiares dos municípios de Iranduba, Presidente Figueiredo, Nova Olinda do Norte e Parintins. São produtos hortigranjeiros como abacaxi, mamão, coco, mandioca, alface, pepino, abóbora, além de pescados, que foram doados a instituições dos municípios que atendem pessoas carentes. Receberam as doações unidades de saúde, associação de moradores, unidades prisionais, escolas e programas sociais no âmbito das prefeituras. O valor total da compra foi de R$ 82,5 mil, que serão destinados aos agricultores familiares. O mecanismo utilizado na operação é o de Compra da Agricultura Familiar com Doação Simultânea (CPR - Doações), do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que tem como um de seus objetivos,  garantir  preço justo aos produtores familiares, evitando desperdícios de alimentos, fortalecendo os grupos formais, reforçando os circuitos locais e regionais de abastecimento. O objetivo maior do PAA, na verdade,  é o desenvolvimento da agricultura familiar. Ele é operacionalizado pela Conab, utilizando recursos oriundos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Em Manaus fica a sede da regional da Conab que recebe pedidos de comunidades, agricultores familiares, pescadores artesanais, associações, cooperativas, colônias e outras instituições que queiram ingressar no programa. A Superintendência fica localizada na Avenida Ministro Mário Andreazza, nº 2.196 - Distrito Industrial.
Contatos: (92) 3182-2404, e-mail: am.sureg@conab.gov.br

segunda-feira, 12 de março de 2012

TONANTINS vai acessar o PAA da Conab

Luiz Maia, Emanuel Farias e José Maria

Na última semana, o engenheiro de pesca, José Maria B Damasceno, e o secretário municipal de Produçao de Tonantins, Luiz Maia Góes, estiveram visitando a superintendência regional da Conab/AM com a intenção de colher maiores informações sobre os instrumentos de apoio à comercialização que integram o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Acompanhado do técnico da Conab responsável pelo projeto, Emanuel Farias, manifestaram o interesse na doação de peixes populares, do pirarucu de área manejada e, também, na formação de estoque do próprio pirarucu para negociação no momento da entressafra. Será a primeira ação do PAA no município de Tonantins. As demais prefeituras também podem procurar a superintendência regional, contudo, a Conab informa que os convênios só podem ser formalizados com grupos formais legalizados (associações, cooperativas e colônias). Maiores esclarecimentos podem ser obtidos nos telefones 3182.2402 e 3182.2410 ou no e-mail am.sureg@conab.gov.br


domingo, 11 de março de 2012

Confira as principais alterações no texto aprovado pelo Senado

Pela importância do tema e conteúdo da notícia, transcrevo, abaixo, material enviado pelo amigo e competente técnico do Sistema Sepror, Airton Schneider. Obrigado!
 
O relator do projeto de novo Código Florestal (PL 1876/99), deputado Paulo Piau (PMDB-MG), apresentou na tarde dessa quarta-feira (7) os 28 pontos do substitutivo do Senado que serão alterados em sua proposta.

Dentre as alterações promovidas vale destacar, por exemplo, o retorno do dispositivo da Câmara que prevê proteção integral das veredas. A Casa revisora determinou que, nesses locais, a área de preservação permanente (APP) teria “largura mínima de 50 metros, delimitada a partir do espaço brejoso e encharcado”.

No Senado, o texto também ganhou dispositivo que permite ao Executivo estabelecer metas de recuperação ou conservação da vegetação nativa superiores às previstas na lei para as chamada bacias hidrográficas críticas. Para Piau, o texto era muito vago e “deixaria espaço para avaliações muito subjetivas”. Por isso, suprimiu o trecho.

Agricultura de vazante

O texto de Piau também recupera a redação da Câmara que permite o plantio de culturas temporárias e sazonais na faixa de terra exposta no período de vazante dos rios ou lagos em todas as propriedades. No Senado, essa permissão foi limitada à pequena propriedade ou posse rural. De qualquer forma, o uso dessa faixa de terra não poderá implicar retirada de vegetação nativa.

Paulo Piau também suprimiu da proposta a previsão expressa de que “não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além dos previstos nesta lei”, incluída pela Casa revisora.

Cultivo de crustáceos
Ponto muito criticado pelos cientistas, a autorização de novos empreendimentos em carcinicultura (cultivo de crustáceos) em apicuns e salgados foi suprimida pelo relator. Sua versão permite apenas a continuidade das atividades iniciadas até 22 de julho de 2008.

Tanto o substitutivo da Câmara quanto o do Senado preveem que a supressão de vegetação nativa dependerá do cadastramento do imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR), e de prévia autorização do órgão estadual competente do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). No entanto, quando houver espécie ameaçada de extinção no local, o texto da Casa revisora previa autorização do órgão ambiental federal, parte que foi suprimida por Piau.

O projeto do Senado ainda determinava o repasse de pelo menos 30% dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água à manutenção, recuperação ou recomposição das APPs da bacia hidrográfica. Essa obrigatoriedade foi retirada pelo relator na Câmara

Amazonas sem Milho (artigo publicado no Jornal do Commercio/AM)

O governo federal autorizou a venda dos estoques públicos de milho, com concessão da subvenção econômica, por meio de leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) e, também, por meio da venda direta, denominada Venda Balcão. Em ambos os casos, a operacionalização se dará pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As autorizações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU), na sexta-feira, 02 de março, com o aval dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento. As medidas são uma forma de o governo abastecer o mercado com carência do produto e atender ao setor que enfrenta dificuldade devido à quebra da safra por conta das oscilações climáticas. Para os leilões de VEP, a Portaria nº 143 autoriza a comercialização de até 500 mil (t) e beneficiará os estados do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Espírito Santo (ES), Rio de Janeiro (RJ), além das regiões Norte e Nordeste e norte de Minas Gerais (MG). Já no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e nos estados das regiões Norte e Nordeste, além do norte de Minas Gerais, são avicultores, suinocultores, ovinocultores, caprinocultores, bovinocultores de leite; cooperativas de criadores de aves, suínos, ovinos, caprinos e bovinos de leite e indústrias de ração para avicultura, suinocultura, ovinocultura e caprinocultura. Na Venda Balcão, a Portaria Interministerial Nº 144 autoriza a liberação de até 200 mil toneladas de milho para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em razão da estiagem. Os beneficiados com a medida são avicultores, suinocultores e bovinocultores de leite; além das cooperativas detentoras de Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Agricultura Familiar Jurídica (DAP Jurídica). O produto será vendido a R$ 21,00 a saca de 60 kg. O Mapa informa, em comum acordo com os ministérios da Fazenda e do Planejamento, que a quantidade poderá ser ampliada, à medida que houver necessidade.

Amazonas sem estoque público de milho em grãos
A notícia acima, divulgada no site da agricultura (Mapa), certamente irá também beneficiar os criadores rurais do Amazonas que não estão comprando da Conab/AM em decorrência da inexistência de estoque em Manaus. Portanto, por meio do VEP (Valor de Escoamento de Produto) e do PROVB (Programa de Vendas em Balcão), tanto os médios e grandes criadores do estado que acessam através dos leilões, bem como os pequenos criadores credenciados no PROVB deverão ser beneficiados com a decisão do ministério da Agricultura. Segundo informações, as remoções devem ser iniciadas em abril próximo. O Sistema FAEA/SENAR tem adotado ações junto à Conab/AM no sentido de equacionar a falta de milho no Estado. Entendo que a inaceitável venda, no passado, de três armazéns da ex-Cibrazem localizados no Distrito Industrial reduziu a capacidade estática da Conab/AM e certamente é uma das causas do desabastecimento local. No passado, a Conab/AM contava com 5 (cinco) armazéns. Hoje, somente 2 (dois) estão funcionando, e são insuficientes para atender a demanda dos programas operacionalizados no Amazonas. Ampliar a capacidade estática no Amazonas ou credenciar empresas privadas locais de armazenagem no ministério da Agricultura podem ser alternativas para evitar futuros desabastecimento.

Milho de outros estados. E a produção no AM?
É bom ressaltar que, nos dois casos (leilões e Provb), o milho negociado pelo governo é produzido em outros estados. Lembro, também, que o governo só está atuando porque tem milho em estoque. E quando não tiver? Como acontece com a safra do grão “soja”, vamos imaginar que o milho produzido no Brasil siga o mesmo caminho de mercado (sem intervenção do governo), como ficarão nossos pequenos criadores rurais? O que falta para o Amazonas produzir esse grão? Temos área, várzea e gente querendo trabalhar. Sem o ZEE (Zoneamento Econômico Ecológico), sem o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático), sem bancos oficiais no interior para o crédito rural chegar ao bolso do produtor rural em quantidade e qualidade e, ainda, com a atual estrutura dos órgãos públicos do setor primário (das três esferas) continuaremos caminhando lentamente e alcançando avanços pontuais. Peço, humildemente, que as autoridades locais acreditem no potencial das nossas riquezas naturais, pois elas são capazes de gerar mais empregos do que o Pólo Industrial de Manaus. Estamos num mundo que caminha para a escassez de alimentos e temos a obrigação de reverter esse quadro. Finalizo, lembrando, com muita saudade da frase do meu inesquecível amigo, Eurípedes Ferreira Lins, “é por aí o caminho”.

06.03.2012
Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com

sexta-feira, 9 de março de 2012

Cooperativa dos Garimpeiros recebe certificado da OCB-AM

 
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras do Amazonas (OCB-AM), Petrucio Magalhães Jr., entregou nesta sexta-feira (09), o certificado provisório ao presidente da Cooperativa dos Garimpeiros do Amazonas (COOGAM), Geomário Leitão de Sena, que representa a primeira cooperativa a ser registrada na OCB/AM, do ramo mineral, com 28 cooperados, e cerca de 30 colaboradores.

A Mineração é um termo que abrange os processos, atividades e indústrias, com o objetivo de extrair substâncias minerais a partir de depósitos ou massas minerais. Como atividade industrial, a mineração é indispensável para a manutenção do nível de vida e avanço das sociedades modernas em que vivemos.

Pensando na imagem negativa que o garimpo transmite aos olhos da sociedade em geral, devido aos profundos impactos que ele vem causando ao meio ambiente, o presidente da COOGAM Geomário Leitão, destacou em reunião que a cooperativa investiu 900 mil reais, na compra de 35 equipamentos tecnológicos, que irão ajudar na total eliminação do mercúrio e que deverão ser utilizados, a partir do dia 20 deste mês de março.

“A cooperativa faz essa trabalho de garimpo, mas também pensa no meio ambiente, e foi por isso que investimos em equipamentos que irão ajudar na eliminação do mercúrio e ajudar a preservar o meio ambiente. Também serão implantados nas áreas de garimpo, banheiros ecológicos com capacidade para cinco pessoas, que terão um período de seis meses para manutenção”. Disse o presidente Geomário.   

O presidente da OCB?AM, Petrucio Magalhães Jr. parabenizou as iniciativas da cooperativa em investir em novas tecnologias e, se colocou a disposição para desenvolver trabalhos voltados a qualificação dos cooperados. “Reconhecemos a potencial econômico e social do cooperativismo do ramo mineral no Amazonas e, precisamos trabalhar em parceria para desmistificar a eventual imagem negativa que a sociedade possa ter em relação aos garimpeiros e áreas de garimpo.  Acho que a COOGAM pode contribuir bastante para um novo cenário da atividade mineral o estado, destacou o presidente Petrucio Jr. 

Fonte: OCB-AM