sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Manejo Sustentável de jacarés ganha destaque em programa de rádio

FOTO EDUARDO CONDE RADIO CULTURA
Manejo sustentável de jacarés foi o tema abordado hoje, 30 de janeiro, no programa Bom Dia Amazônia da rádio Cultura. O entrevistado foi o biólogo Eduardo Conde de Moura do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM).
 O biólogo explicou que o jacaré não está mais na lista dos animais em extinção. Segundo ele, a proteção do animal resultou no crescimento da população, exemplo disso, é a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), onde apenas em um setor existem mais de 14 mil animais.
 A resolução CEMAAM nº. 008 de 23 de junho de 2011, permite que jacarés oriundos de Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Amazonas sejam manejados comercialmente por povos tradicionais. Esta ação favorável ao uso sustentável deste recurso natural permite que o governo do Amazonas por meio do IDAM canalize esforços para viabilizar a cadeia produtiva para o manejo de jacarés, inicialmente na RDS Mamirauá .
MANEJO SUSTENTÁVEL DE JACARÉS
De acordo com Eduardo Moura, o manejo sustentável comercial de jacarés analisa parâmetros biológicos como a distribuição, abundância e estrutura dos tamanhos das populações de jacarés. Além disso, é necessário identificar as áreas preferenciais que as fêmeas estão realizando nidificação (construção de ninhos). “Sendo assim, propõe-se o uso sustentável de uma parcela da população de jacarés em locais definidos como áreas de comercialização e outra parcela em áreas de proteção”, explicou Moura.
Os modelos seguidos para o manejo sustentável de jacarés são padronizados e consideram princípios ecológicos fundamentais para a região Amazônica, obedecendo à legislação vigente para o manejo extensivo.

Planejamento: Núcleo de secretários da Sepror traçam metas para o primeiro semestre

Traçar metas e planejar as ações da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) para o primeiro semestre de 2014. Este foi o objetivo da reunião realizada pelo núcleo de secretários executivos da Pasta realizada na terça-feira, 29.
Segundo chefe de comunicação da Sepror, Delcinei Oliveira, o Sistema realizou no final do ano passado uma reunião semelhante, mas que serviu como balanço das atividades propostas e executadas pela Secretaria no ano de 2013.
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“A primeira reunião serviu como balanço. Verificar o que tínhamos planejado e conseguido executar e aquilo que por algum motivo não tenha de fato sido executado”, destaca.
Segundo ele, a nova reunião contou com a participação de todos os secretários que compreendem as Secretarias Executivas de Política Agropecuária e Forestal (Seapaf), Adjunta de Administração e Finanças (Seaaf), Adjunta de Infraestrutura (Seainf) e Secretaria de Planejamento (Seap). “A discussão de ações e metas para o primeiro semestre serve de norte para nosso trabalho. A política da Sepror é baseada em cinco programas (aprimoramento legislativo, infraestrutura, expansão da agroindústria, expansão da produção e apoio sócio-cultural) e é a partir deles que traçamos as ações, projetos e metas da pasta para melhorar a vida de homens e mulheres do campo”, pontuou.
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Cotações nominais de suínos são recordes para janeiro

Marielise Ferreira
Foto: Marielise Ferreira / Ver Descrição
Preços estão elevados diante da oferta restrita de animais para abate

Os preços do suíno vivo e da carne suína alcançaram neste mês as maiores médias nominais para janeiro da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), iniciada em 2004, apesar de terem caído recentemente. Em termos reais (deflacionando-se pelo IPCA de dez/13), os valores médios de janeiro deste ano ficam abaixo apenas dos verificados no primeiro mês de 2005.

O que sustenta os preços em patamares elevados é o cenário de oferta restrita de animais para abate. Na média de janeiro de 2014 (até o dia 29), a carcaça comum suína é cotada a R$ 5,98 o quilo e a especial, a R$ 6,33/kg, respectivos aumentos de 2% e 4% em relação aos preços médios de igual intervalo do ano passado. Para o suíno vivo, a média mensal (até o dia 29 de janeiro), de R$ 4,18/kg, supera em 8% a de janeiro de 2013.

Produção

Preço pago ao produtor de leite recua em janeiro, mas é superior ao de 2013

Divulgação/SXC
Foto: Divulgação/SXC
Elevação do volume captado e a desvalorização do leite são comuns nessa época do ano

O preço do leite pago ao produtor recuou pelo terceiro mês consecutivo, pressionado pelo aumento na captação e pela demanda moderada desde o final de 2013 em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A elevação do volume captado e a desvalorização do leite são comuns nessa época do ano, período de safra e de menor consumo devido, principalmente, às férias escolares.


Em janeiro, o preço bruto nacional (média ponderada pelo volume captado em dezembro nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Bahia; valor com frete e impostos) foi de R$ 0,9951 por litro, redução de 4,46% ou de 4,6 centavos por litro em relação ao mês anterior.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

(Parintins-AM) BASTIDORES DA CIDADE E DA POLÍTICA

Fonte: Site oficial do tadeu de souza, dia 27.01.14



INCRA – Não deu o ar da graça em nenhuma das audiências realizadas para discussão da transferência da lixeira pública da sede do município para a comunidade de Vila Amazônia. Das duas uma: ou o órgão não tem interesse no assunto ou preferiu ignorar uma demanda das mais importantes para as famílias assentadas no local.

Obs: Conheço o trabalho e o esforço da Socorro, atual gestora do INCRA-AM, para fortalecer os assentamentos localizados no Amazonas. O poder político local precisa reivindicar uma melhor estrutura de pessoal para o órgão em nosso estado. Até hoje não consigo entender a razão do Pará ter três superintendências do INCRA e o Amazonas apenas UMA. Thomaz

Brasil fiscaliza agrotóxico só em 13 alimentos, enquanto EUA e Europa analisam 300.

É de se destacar o esforço dos envolvidos na realização da feira de orgânicos que acontece nas dependências do Ministério da Agricultura (AM). A matéria publicada no site do GLOBO, que ora divulgo neste espaço, deixa evidente a importância do assunto para a saúde humana. Precisamos dar mais atenção a este tema no Amazonas. 


RIO E BRASÍLIA - Num momento em que se disseminam os benefícios de uma alimentação saudável, com frutas, verduras e legumes, especialistas alertam para os riscos dessa opção. Isso porque, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, mas a fiscalização é falha. De 2002 a 2012, o mercado brasileiro de agrotóxicos cresceu 190%. O setor movimentou US$ 10,5 bilhões, em 2013, ano de ouro para a agropecuária, que teve supersafra e preços de commodities em alta. A análise dos alimentos que vão à mesa do consumidor, porém, é bem restrita. No último relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 2012, foram analisadas 3.293 amostras de apenas 13 alimentos - 5% do que é avaliado por EUA e Europa. Desses, o resultado de apenas sete foram publicados até agora.
Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), e na Europa, a European Food Safety Authority (EFSA), analisam cerca de 300 tipos de alimentos por ano, inclusive industrializados. No Brasil, produtos como carnes, leite, ovos e industrializados não são sequer pesquisados, apesar de especialistas alertarem que eles podem estar contaminados por agrotóxico.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/brasil-fiscaliza-agrotoxico-so-em-13-alimentos-enquanto-eua-europa-analisam-300-11446519#ixzz2rtdr8Vrj
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Brasil Orgânico e Sustentável recebe inscrições até 14 de fevereiro




As inscrições para participar dos Quiosques Brasil Orgânico e Sustentável, voltados para empreendimentos da agricultura familiar interessados em promover seus produtos durante a Copa do Mundo de 2014, foram prorrogadas até o dia 14 de fevereiro. No total, 60 organizações irão comercializar os produtos, entre os dias 11 e 27 de junho, em quiosques localizados em 10 cidades sedes do evento: Brasília, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Um dos objetivos da campanha Brasil Orgânico e Sustentável é incentivar a comercialização e o consumo de produtos orgânicos e da agricultura familiar antes, durante e após a Copa de 2014. Além de fomentar a agricultura familiar, promovendo inserção social dos pequenos produtores rurais, essa campanha pretende contribuir para o incremento do comércio de produtos orgânicos, com geração de emprego e renda para centenas de trabalhadores.
O projeto é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério do Esporte, em parceria com a Agência de Cooperação Alemã (GIZ), o Programa da Nações Unidades para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Associação Brasil Orgânico e Sustentável (Abrasos).
A Copa do Mundo é uma excelente oportunidade para incluirmos o tema da produção e do consumo de produtos orgânicos na agenda nacional de sustentabilidade, afirma o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos. Segundo ele, a principal estratégia é sensibilizar os consumidores e aumentar a demanda por produtos orgânicos e sustentáveis, cuja produção é baseada nos princípios de sustentabilidade, comércio justo e alimentação saudável.
A campanha pretende promover a abertura de novos mercados de comercialização, incentivar o consumo de alimentos saudáveis e deixar como legado uma cadeia produtiva mais estruturada, destaca Arnoldo.
Veja mais
Brasil Orgânico e Sustentável levará produtos orgânicos para Copa do Mundo
Edital e inscrições - Campanha Brasil Orgânico e Sustentável.
Fonte: Ascom/MDS

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Revista EXAME questiona modelo ZFM

De fato, é um absurdo ter um modelo com meio século de existência que não criou uma economia sustentável na região.  A matéria afirma que "Hoje, 52% dos amazonenses vivem em Manaus e arredores, ante 28% que viviam na cidade antes da criação da Zona Franca". Confirmado esses dados, ou seja, o esvaziamento do interior, é a prova concreta de que os programas rurais até aqui implantados em nada contribuíram com a interiorização do desenvolvimento servindo apenas para fins eleitoreiros. Lamentável!!!
Outubro de 2014 está perto, e o setor primário local deve, unido, cobrar com firmeza atitudes que possam concretamente melhorar a vida do homem do interior, sem demagogias e ações utópicas.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Sistema FAEA-SENAR celebra a inauguração do maior laticínio do Amazonas


  Data: 26/01/2014  
 
Sem dúvida uma excelente iniciativa que merece nosso reconhecimento e pode viabilizar dias melhores aos produtores da região. Contudo, é preciso avaliar o que vem ocorrendo com iniciativas semelhantes no passado (com outros produtos) que tem levado diversos grupos formais para a inadimplência impedindo de operar programas públicos. A "sustentabilidade" dessas iniciativas deve ser buscada intensivamente, contudo, infelizmente não é o que tenho observado. O assunto é do conhecimento do governo e do setor e não pode ser empurrado para depois das eleições de 2014. Recomendo a leitura da revista EXAME desta semana que fala sobre a ZFM.
         
Foi inaugurado na última sexta-feira (24/01) um laticínio na Vila do Novo Céu; autoridades do setor primário e cooperados celebraram essa conquista que vem sendo construída há vários anos. A fábrica é de propriedade da Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Autaz Mirim (COOPLAM), e vai beneficiar direta e indiretamente cerca de 250 famílias. 

De acordo com o presidente da cooperativa, Manoel Maia, o laticínio irá produzir queijos, bebidas láctea, manteiga, creme de leite e derivados. O leite recebido pela cooperativa será de bovinos e de bubalinos. “Este é um sonho que compartilho com todos os parceiros. Vamos oferecer ao mercado produtos com qualidade”. 

O investimento no laticínio está orçado em torno de 2 milhões 625 mil reais. O gerente de Mercado e Agronegócios do Banco do Brasil no Amazonas, Paulo Afonso Pena, destaca, “esse é um projeto antigo que o Banco vem sonhando junto com os produtores, e agora se torna realidade. Estamos auxiliando os produtores rurais na parte de financiamento e no DRS que é o desenvolvimento rural sustentável, principal ponto para esse empreendimento ter dado certo. Esse é um empreendimento fantástico, temos orgulho em participar”.

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço e pecuarista em Autazes, foram muitas as dificuldades superadas para que se chegasse à inauguração. A ideia segundo o dirigente é que, além de ter um laticínio para agregar valor ao produto, a produção da matéria prima tinha que melhorar. Na região foi implantado o Programa Balde Cheio.

“O Programa Balde Cheio, está mudando a realidade de dezenas de famílias desta região, que é a maior bacia leiteira do Amazonas. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural ‘SENAR’ em parceria com o SEBRAE, EMBRAPA e outros parceiros trouxeram tecnologias novas, manejo correto, a recuperação de áreas degradadas, e acima de tudo a auto-estima do produtor. Podemos dizer que o Balde Cheio já é uma realidade em Autazes, provando que é possível produzir e preservar”.

Lourenço também ressaltou que é preciso ter um olhar diferenciado para o setor primário. “Não podemos depender exclusivamente do Polo Industrial de Manaus, que há tempos vem sendo atacado. Esse laticínio em Autazes vai ser um divisor de água, fomentando a economia no interior”.

Da mesma opinião discursou o vice-presidente da FAEA, José Azevedo. “Que esse laticínio sirva de exemplo para os demais municípios. A riqueza do nosso Estado não está somente em Manaus, mas no interior também”.

O pecuarista Gilson Serrão, foi um dos cooperados que participaram da inauguração, muito emocionado disse que, “Essa é uma conquista muito grande. Fruto que vai ficar para os nossos filhos, estou muito feliz, quero agradecer a todos que deram apoio para que isso acontecesse”. Serrão participa do Programa Balde Cheio, através dele garante. “Foi muito bom para nós, hoje minha produção aumentou e meus custos diminuíram”, garantiu.

O presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães, afirmou que a COOPLAM vai se tornar uma das mais importantes cooperativas do Estado do Amazonas. “Uma das características desse grupo foi à persistência, em trilhar um caminho para buscar e concretizar com coragem, a realização deste laticínio. Esse momento vai mudar a história da comunidade e dessas famílias, contribuindo efetivamente para economia, porque dessa cooperativa certamente sairá mais de 20% de toda a produção de lácteos do Estado, é uma fábrica com capacidade de processar 50 mil litros de leite dia. O pecuarista vai se preocupar da porteira para dentro, porque da porteira para fora, ele poderá contar com um instrumento de muita importância que é a cooperativa para conseguir o mercado, a qualidade de seus produtos. Parabéns a todos que fazem parte dessa história”.

Acompanharam a inauguração o presidente do Sindicato Rural de Autazes, Lucivaldo Nery, presidente do Sindicato Rural de Careiro da Várzea, Ademar Marinho e do SINDISUL, Carlos Koch.



Diárcara Ribeiro
Assessora de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

sábado, 25 de janeiro de 2014

Cooplam inaugurou a maior fábrica de Laticínio do Estado do Amazonas

A Cooplam (Cooperativa dos Produtores de Leite na Região de Autazes) inaugurou nesta Sexta-feira, 24 de janeiro, na Comunidade Vila do Novo Céu, município de Autazes, a maior fábrica de laticínios do Amazonas. Ocupando dez mil metros quadrados de construção, usando tecnologia de última geração para gerar aproximadamente 250 empregos diretos e indiretos e com investimentos superior a dois milhões de reais, a fábrica tem capacidade de beneficiar 50 mil litros de leite diários e abastecer os mercados local e de Manaus.
Aproximadamente quinhentas pessoas, entre cooperados, agregados, cooperativista de todo o Estado, autoridade e parlamentares que defendem o cooperativismo no Amazonas estiveram presente ao evento e puderam ouvir o que disse o presidente da Coplam Manoel Maia em carta aberta, onde agradeceu a todos pela presença e citou o Banco do Brasil como instituição financiadora do projeto, o Sistema OCB/Sescoop-AM como agente de capacitação dos cooperados e representante da cooperativa e todos os parceiros que participaram da realização do projeto.

Artigo: Ideologia cega

Data: 21/01/2014  
   
     
  Ideologia cega
Por Kátia Abreu
Os Tenharim são uma prova viva da ficção ideológica na qual vive a Funai

O desconhecimento e a má-fé não poderiam ser as características principais de uma pessoa que se apresenta como antropólogo e conhecedor da realidade brasileira. A ciência, como se sabe, caracteriza-se pela imparcialidade do cientista, pela universalidade de suas proposições e por uma conduta isenta, baseada na busca da verdade.

O artigo de Uirá Garcia – “O chão e a fúria” –, referindo-se a mim e à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade que presido, mostra tão somente a “fúria” de uma pessoa descomprometida com a verdade. Para ele, é como se a antropologia tivesse se tornado um mero instrumento de luta política, cujas lentes seriam constituídas pela ficção ideológica.

Comecemos pela situação de Humaitá, no Amazonas. Observemos, preliminarmente, que não há nenhum conflito fundiário em questão. Os indígenas não estão reclamando por mais terras, mas simplesmente por uma atitude da Funai que respeite os acordos por ela firmados com essa tribo. Na medida em que esse órgão estatal se caracteriza pela omissão e pela incompetência, os indígenas começaram a cobrar pedágios que remontam a 2006, chegando a R$ 115, das pessoas que utilizam a rodovia Transamazônica.

Um cacique Tenharim chegou a declarar que os habitantes da região não têm nada a ver com a situação deles, mas que decidiram cobrar ilegalmente pedágio para arrecadar recursos e chamar a atenção da própria Funai. Os não indígenas seriam meros bodes expiatórios!

O bispo da região declarou que a situação de tensão entre brasileiros índios e não índios começou com a cobrança dos pedágios, tendo uma relação harmoniosa se envenenado. O estopim foi o desaparecimento de três pessoas que, segundo testemunhas, foram vistas sendo conduzidas por indígenas para uma aldeia. Desde então, não há notícias deles. Nenhuma investigação séria foi feita pela Funai e por outros órgãos, provocando a reação que se transformou em uma espécie de rebelião.

Diga-se de passagem, os indígenas que chegaram a se sentir ameaçados foram protegidos pelo Exército. Este, sim, porta-se como instituição de Estado que é, e não como um sindicato, como se conduz a Funai.

Nos dias imediatamente posteriores à reação da população contra o sequestro dessas três pessoas, alguns jornalistas, seguindo a versão do responsável regional da Funai, veicularam a informação de que esse sequestro seria a reação de indígenas à morte de um cacique em condições misteriosas. Ora, não havia mistério algum. O cacique morreu em acidente de moto, algo publicamente reconhecido por seu filho e outros familiares. Na última sexta-feira, o funcionário foi exonerado, por absoluta irresponsabilidade.

Contudo, o estrago estava feito. A porta da violência havia sido aberta: imediatamente, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) veiculou a “informação”, emprestando-lhe credibilidade.

Note-se que os Tenharim são uma prova viva da ficção ideológica na qual vive a Funai. O cacique morreu em um acidente de moto, veículo que as famílias da aldeia têm na porta da frente. Todas as moradias possuem internet e muitos dos indígenas vivem e trabalham nas cidades da região.

Outro cacique declarou que os Tenharim quer melhores condições de vida e de educação para seus filhos, como todo cidadão brasileiro. Disse, ainda, que o modelo indigenista da Funai estava ultrapassado, não se adequando às suas expectativas de vida. Eles não vivem da ficção ideológica, segundo a qual os povos indígenas sobrevivem da caça e da pesca, reclusos em territórios apartados da civilização.

Quanto aos Awá-Guajá, cujas terras se encontram em um processo de desintrusão, conforme decisão judicial, defendemos o Estado de Direito. O que não aceitamos é a aplicação de dois pesos e duas medidas.

Por que a lei não deveria valer quando se trata de decisões judiciais de reintegração de posse de terras de brasileiros não índios, ocupadas por brasileiros índios? É o que ocorre em várias regiões, sobretudo no Mato Grosso do Sul, onde claramente a lei não é aplicada. É como se a aplicação da lei dependesse do arbítrio da Funai.

O argumento utilizado é risível: a lei não deve ser aplicada porque produz conflitos. Mas os conflitos foram produzidos pela invasão, com uso da violência. Mesmo assim, seria forçoso reconhecer que, em todos os processos de reintegração de posse, o mesmo “cuidado” deveria ser tomado.

Outro argumento é a falta de condições logísticas. Ora, ... Ninguém é tolo! Nas retiradas de brasileiros não índios de terra indígena, mobiliza-se todo um aparato da Funai, da Polícia Federal e da Força Nacional, que se muda durante meses para a região. Já na retirada de brasileiros índios de terras não indígenas, não há logística! Por que as mesmas forças não são mobilizadas?

Quanto às afirmações do antropólogo relativas aos “latifúndios” e à “monocultura”, seu “conhecimento” não encontra nenhum amparo na realidade. Nos quatro municípios que serão afetados pela desintrusão (São João do Caru, Centro do Guilherme, Zé Doca e Governador Nilton Bello), estão cadastrados 9.621 pequenos produtores no Programa Nacional de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Nesta pequena região do Maranhão existem mais “pronafianos” do que em todo o estado de São Paulo, prova irrefutável de que estamos tratando de um problema que afeta principalmente pequenos agricultores familiares. A maioria desses agricultores, aliás, complementa a sua renda com o Bolsa Família.

Eis a realidade que a ficção antropológica não consegue ver. A ideologia cega!


KÁTIA ABREU, 51, senadora (PMDB/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)

FAEA e SINDISUL se reúnem com a Superintendência do INCRA no Amazonas

Data: 23/01/2014  
   
     
 
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, juntamente com o presidente do Sindicato Rural do Sul do Amazonas (SINDISUL), Carlos Koch e a superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) no Amazonas, Maria do Socorro Feitosa, se reuniram nesta quarta-feira (23/01), para falarem sobre a proposta de criação do Projeto Agro-Extrativista (PAE) Aripuanã-Guariba .

Carlos Koch, em nome dos produtores rurais de Apuí explicou para a superintendente, que a área que se pretende alcançar o projeto afetará diretamente cerca de 80 famílias. "Esses produtores rurais que estão localizados neste espaço que fica na BR 230, já praticam a atividade rural desde a década de 70. Além disso, eles protegem as terras de grilagem e do desmatamento ilegal", disse ainda que, já ocorreu uma audiência pública no município de Apuí para debater o assunto mais nenhum acordo foi fechado.

O presidente da FAEA, Muni Lourenço, atendendo um pleito da classe pediu mais informações sobre o projeto e o andamento do mesmo. Durante a reunião explicou que os produtores rurais não concordam com a proposta de iniciar o projeto com 5 quilômetros a partir da Rodovia e que a proposta seria de 15 quilômetros.

A orientação da superintende do INCRA no Amazonas, Maria do Socorro Feitosa, foi que a instituição conversasse com os responsáveis pelo programa Terra Legal para que se realizasse a regularização fundiária.

Diárcara Ribeiro
Assessora de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

Presidente da FAEA, Muni Lourenço, se reúne com procurador chefe do MPF e entrega abaixo assinado contra o pedágio ilegal na Transamazônica

Data: 23/01/2014  
   
     
 
Um documento com cinco mil assinaturas de moradores dos municípios de Apuí, Manicoré e Distrito de Santo Antônio do Matupi, no Sul do Amazonas, em apoio à retirada definitiva do pedágio cobrado pelos indígenas da etnia Tanharim, na Rodovia Federal Transamazônica (BR-230), foi entregue na sede do Ministério Público Federal (MPF), em Manaus, na tarde desta quarta-feira (22/01).

Após protocolar o abaixo–assinado, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, juntamente com o presidente do Sindicato Rural do Sul do Amazonas (SINDISUL), Carlos Koch, e o prefeito de Apuí, Adimilson Nogueira, se reuniram com o procurador-chefe do MPF, Júlio José Araújo Júnior. Na pauta a insegurança da população que aguarda respostas pelo desaparecimento de três pessoas e o fim da cobrança do pedágio.

Durante a reunião o presidente da FAEA, Muni Lourenço, disse que a cobrança ilegal de pedágio onera indevidamente os produtores rurais e a população que necessita passar pela local. A instituição defende a instalação de um posto da Polícia Rodoviária Federal na rodovia.

“As assinaturas que foram entregues são uma forma de manifestação contra a cobrança do pedágio, que está ao longo dos anos ocasionando constrangimentos e humilhações. A população do Sul do Amazonas está temerosa sem saber o que poderá acontecer se essa situação continuar. Acreditamos na justiça e esperamos que o abaixo-assinado colabore com o MPF”, disse Lourenço.

O sentimento de medo e insegurança por parte da população foi expressada pelo prefeito de Apuí, Adimilson Nogueira. “O que pedimos são respostas para que essa situação seja esclarecida o mais breve possível; e que o pedágio seja definitivamente cancelado. Hoje as pessoas têm medo de parar com a família na reserva. Acreditamos que, enquanto demorar a esclarecer esse assunto esse sentimento vai continuar, até mesmo pessoas que estavam pensando em investir na cidade recuaram o que prejudica a economia”, afirmou o prefeito.

O presidente do SINDISUL, Carlos Koch, pediu ao procurador durante a reunião que olhasse pela população do Sul do Amazonas. “Nós produtores rurais que ficamos dia a dia produzindo alimentos, só queremos trabalhar em paz. Estamos dizendo não, a retomada do pedágio ilegal. Quero deixar claro que não temos nada contra a comunidade indígena o que queremos é que a justiça seja feita”.

Para o procurador chefe do MPF, Júlio José Araújo Júnior, o Ministério é para toda a população; ressaltou que a reunião foi bastante produtiva e que o diálogo foi muito importante. Disse ainda aos participantes do encontro que a instituição não fecha os olhos para a população não indígena. Com relação ao pedágio foi sucinto ao informar que o MPF está acompanhando os desdobramentos.

Entenda o caso

Os conflitos em Humaitá, e no Distrito de Santo Antônio do Matupi, na BR 230, transformou a rotina dos moradores da região. O clima nos municípios é de insegurança a mais de um mês. 

Esta situação ocorre após o desaparecimento de três homens possivelmente dentro da Reserva Tenharim no dia 16 de dezembro de 2013. Moradores dos municípios culpam os índios pelo sumiço, dizendo que foi uma retaliação pela morte do cacique Ivan Tenharim. Os índios negam envolvimento com os desaparecimentos.

O Exército, policiais civis e militares, Policia Federal, já se encontram no local realizando as investigações e a segurança. Durante os protestos da população, as bases do pedágio foram destruídas e o pedágio não voltou a ser cobrado. Os índios alegam que a cobrança é uma forma de compensação.


Diárcara Ribeiro
Assessora de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

domingo, 19 de janeiro de 2014

Nova lei para o uso de agrotóxicos é aprovada no Acre

Lauro Alves
Foto: Lauro Alves
Um dos objetivos da lei é assegurar os cuidados com o meio ambiente


Uma nova legislação específica para o uso de agrotóxicos entra em vigor no Acre. A aprovação da lei estadual prevê a comercialização adequada dos produtos e a manipulação correta pelos proprietários rurais.

O objetivo do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) do Acre é garantir a qualidade dos alimentos que chegam à mesa do consumidor, bem como assegurar os cuidados com o meio ambiente, evitando a contaminação dos lençóis freáticos. Isso porque os produtores deverão armazenar os agrotóxicos em local adequado e fazer a tríplice lavagem depois de usá-los, além de inutilizar as embalagens para a devolução nos locais indicados na nota fiscal emitida pelo comerciante no ato da compra. 

– O que nós queremos é promover a construção junto ao produtor, de uma conscientização para que ele possa fazer o uso correto de agrotóxicos sem a necessidade de penalizá-lo quando houver o descumprimento da legislação – explicou o diretor em exercício do Idaf, Alex Elias Braga.

A lei também respalda juridicamente a instituição quanto à exigência de um técnico em todas as casas agropecuárias que fazem a revenda dos agrotóxicos. Dessa forma, o Idaf mantém o controle do cadastro de produtos comercializados no Estado e do registro de seus operadores.

A formulação da lei foi uma iniciativa da Câmara Técnica de Agrotóxicos (CTAA) e contou com a parceria do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Embrapa Acre, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Acre (Incra), Fundação Nacional do Índio (Funai), Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) e Ministério Público do Acre.



AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ACRE

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

IDAM divulga ações no programa Bom Dia Amazônia da rádio Cultura

Alfredo Pin
Tenho grande respeito pelos profissionais do IDAM e também tenho a firme convicção de que deveria ser o órgão público estadual mais bem estruturado do estado do Amazonas. O IDAM tem conhecimento, experiência e capacidade técnica para interiorizar nosso desenvolvimento gerando o tão sonhado emprego e renda fora da capital. Espero, sinceramente, que o setor primário do Amazonas, UNIDO, posso cobrar, com firmeza, do próximo governador, a estruturação adequada para o IDAM desenvolver suas importantes e estratégicas atividades. A soberania alimentar do Amazonas, e a segurança alimentar e nutricional do povo que aqui vive depende de um IDAM extremamente forte. Caso contrário, os avanços continuarão sendo pontuais e a dependência ao PIM/ZFM será eterna, o que é muito lamentável em decorrência do potencial sustentável que temos em nosso estado. Por intermédio do Alfredo, mando o meu agradecimento e reconhecimento a todo corpo funcional do IDAM. (Thomaz)
Alfredo Pinheiro (chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do IDAM)
Foto: Bruna Pinheiro
O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), agora tem participação ativa no Programa Bom Dia Amazônia da rádio Cultura. Todas as quintas-feiras um representante da Instituição é convidado para falar sobre os mais diversos assuntos da agricultura de base familiar. Iniciando o ano de 2014, o chefe do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural do IDAM, Alfredo Pinheiro, foi entrevistado e abordou o tema Agricultura de Várzea.
No Amazonas as principais atividades agropecuárias desenvolvidas em área de várzea estão voltadas para o cultivo de hortaliças (repolho, couve, alface e cebolinha), frutas (mamão, banana e maracujá), culturas industriais (mandioca, juta, malva e cacau), grãos (arroz, milho e feijão) e pastagens.
Segundo Pinheiro, trabalhar com a agricultura de várzea tem suas vantagens, pois o ecossistema permite menos gastos com insumos, preparo de áreas, facilidade em transportar a produção até o centro consumidor, além de diminuir o tempo de plantio e colheita. No entanto, segundo ele, as desvantagens também se tornam presentes, entre elas é possível destacar a incerteza de colheita, riscos de prejuízos, dificuldades de documentação para comprovar o domínio da terra como também dificuldades para acessar Crédito Rural mais expressivo.
Entre os municípios onde o ecossistema é predominante podemos destacar: Careiro, Manaquiri, Iranduba, Barreirinha, Parintins e Alto Solimões. As áreas exploradas com as culturas industriais, de grãos, hortaliças, fruticultura e pecuária somam em torno de 1.770.000 hectares, sendo que 30% estão localizadas em áreas de várzea.
Sustentabilidade – As atividades agropecuárias desenvolvidas em áreas de várzea faz com que os agricultores exerçam menos pressão nas áreas de mata em terras firmes, uma vez que além dos solos de várzeas possuírem melhor fertilidade, as enchentes repõe naturalmente alguns nutrientes, fazendo com que tais solos possam ser reaproveitados por anos e anos seguidos, mantendo níveis de produtividade econômicos. Já os solos de terra firme, na Amazônia, em geral possuem baixa fertilidade natural e esgotam-se com facilidade não permitindo plantios sucessivos na mesma área, caso não haja investimentos com correção de solos e reposição dos nutrientes, através de adubações química e orgânica.
O próprio preparo das áreas nas várzeas causam menos impacto ambiental pois não exigem grandes queimadas (vegetação de pequeno porte).
 Incentivo – Às políticas públicas existem para fortalecer ainda mais o setor primário no Amazonas e gerar melhores expectativas de vida para os agricultores familiares. Essas políticas também beneficiam os agricultores que trabalham em áreas de várzea.

O Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e programas de apoio a convivência com as cheias como o crédito subsidiado e fomento a produção, entre outros, são alguns dos incentivos para o setor.

Acesso a crédito para construção de armazéns esbarra na licença ambiental

Produção/Canal Rural
Foto: Produção/Canal Rural
Segundo produtor, custo para construção gira em torno de R$ 13 por saco
Dificuldade em obter o licenciamento ambiental. Esse tem sido o principal entrave para que os produtores rurais brasileiros consigam empréstimo para a construção de armazéns. Dos R$ 5 bilhões previstos para este ano safra, até agora, foram aprovados pouco mais de R$ 1,7 bilhão nesta linha de crédito.

Preço do ovo está 7% menor no início deste ano

Carlos Macedo
Foto: Carlos Macedo / Especial- Canal Rural
Festas e férias mudam os hábitos do consumidor e a demanda diminui em dezembro e janeiro
Os preços dos ovos estão menores neste início de ano. A redução de em média 7% é comum nesta época. O ano de 2013 foi de recuperação dos valores pagos ao produtor, mas a tendência é de preços um pouco menores em 2014.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Caixa se junta ao Pronaf para ofertar crédito a agricultura familiar

A entrada da CAIXA para operar o PRONAF é um grande avanço, mas no AM são poucas as agências da CAIXA no interior. Em síntese, o sofrimento do produtor para colocar  esse dinheiro no bolso vai continuar. Ninguém diz nada, ninguém fala nada. Parece que tá tudo bem com o Pronaf no Amazonas, mas não está! Até quando? Até quando?

A partir de julho, os empréstimos voltados para a agricultura familiar, também poderão ser acessados pela Caixa Econômica Federal, que vai se juntar às outras 19 instituições financeiras que já oferecem créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O volume de recursos disponíveis pelo banco através do Pronaf ainda está sendo definido.

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Há 18 anos, o Pronaf oferece créditos para os agricultores familiares, com juros que variam de 1% a 3,5% ao ano. Em 2014, a Caixa passará a ser o vigésimo agente bancário a ofertar créditos voltados para os pequenos produtores. 
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) acredita que a entrada da intuição irá facilitar o acesso ao crédito pelos agricultores familiares, já que além das agências bancárias há outras opções como as casas lotéricas.
– A Caixa, certamente, irá utilizar esses meios que têm para facilitar a interlocução entre o agricultor e agência da Caixa. A nossa aposta é que crescerá o número de agricultores que terão acesso de forma mais facilitada ao crédito para execução de sua de seu trabalho, de sua lavoura para continuar tendo condições de produzir com tranquilidade em sua propriedade rural – salienta o secretário de política da Contag, David Rodrigues.
O diretor de Financiamento de Proteção à Produção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), João Luz Guadagnin, diz que essa também é a visão do Ministério.
– A Caixa Econômica Federal deve ser um novo companheiro da agricultura familiar. Ela começará a fazer operações no Pronaf. Isso vai facilitar o acesso a crédito para um grupo pequeno, mas importante ainda de agricultores que não têm crédito – ressalta.
Como a inadimplência entre os agricultores é baixa, o professor da Universidade de Brasília, Luiz Vicente Gentil, não vê dificuldades para a adesão de mais agentes financeiros.
– Todo agente financeiro não tem muitas emoções. O agente financeiro só entrega dinheiro quando tem capacidade de pagamento de quem o toma. Só dá dinheiro para quem tem condição de pagar para quem tem zero dívida – esclarece.
Segundo dados do Banco Central, em 2012 foram acessados R$ 7,400 bilhões na modalidade custeio e R$ 8,900 bilhões em investimentos do Pronaf. De acordo com a Contag 1,600 milhões agricultores são beneficiados e para 2014, a ideia é antecipar o Plano Safra da Agricultura Familiar, que historicamente tem sido lançado no mês de junho.

Planejamento autoriza provimento de 150 cargos para órgãos federais

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão autorizou hoje, por meio das portarias publicadas no Diário Oficial da União, o provimento de 150 cargos no serviço público federal.
Conforme a Portaria 8, o preenchimento de 73 cargos para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da seguinte maneira: 19 analistas e 54 auxiliar institucional. Os candidatos foram aprovados no concurso que havia sido autorizado pela portaria MP n°60/2009.
O provimento dos 64 cargos para o quadro de pessoal do Comando da Marinha foi autorizada pela Portaria 10, todos para o mesmo cargo: professor da carreira de magistério superior. Eles foram aprovados no concurso público cuja autorização foi dada pela Portaria MP n°5/2013.

Os demais 13 cargos de Professor da Carreira de Magistério Superior foram autorizados pela Portaria 11, para o Comando da Aeronáutica. Esse concurso foi autorizado pela Portaria MP nº 358/12. O provimento dos cargos ocorrerá a partir deste mês de janeiro.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Prazo para Contribuição Sindical Rural pessoa jurídica termina dia 31

Divulgação
Foto: Divulgação / Divulgação
Até a data do vencimento, o pagamento pode ser feito em qualquer agência bancária


O prazo para os produtores rurais, pessoa jurídica, recolherem a Contribuição Sindical Rural, exercício 2014, encerra dia 31 de janeiro. A contribuição é um tributo obrigatório, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentada pelo Decreto nº 1.166/1971.
 
São considerados pessoa jurídica os produtores rurais que possuem imóvel rural ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como "empresários" ou "empregadores rurais". A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) envia a guia bancária ao produtor já preenchida com o valor da sua contribuição em 2014.


Até a data do vencimento, o pagamento pode ser feito em qualquer agência bancária. Caso o produtor não tenha recebido este documento, pode entrar em contato com o sindicato rural de sua região ou acessar o serviço de 2ª Via de Contribuição Sindical Rural do site da CNA.


A falta de recolhimento sujeita o produtor ao pagamento de juros, multa e correção monetária, conforme previsto no Artigo 600 da CLT. As guias são emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

ICMBio publica edital com 271 vagas de nível médio e superior

Ainda não sei se é o caso deste concurso do ICMBio, pois ainda não li todo o edital, contudo, a própria notícia já diz que para o cargo de "Analista Ambiental" somente o Pará e Mato Grosso estão na relação. Somente para Brasília estão sendo ofertadas 124 vagas quando sabemos que os maiores gargalos são enfrentados nas PONTAS, nos ESTADOS, nas RESERVAS. A dimensão amazônica precisa ser privilegiada com uma maior números de VAGAS não só pelo ICMBio, mas por todos os órgãos da administração federal. Isso não vem acontecendo, e nossos políticos só tem olhos para a defesa do PIM/ZFM. Recomendo que o governador, vice e todos os parlamentares (vereadores, deputados estaduais, federais e senadores) procurem conhecer o que está acontecendo com a estrutura da DATAPREV no Amazonas. Pelo que sei um esvaziamento e transferência de atividades que passam a ser vinculadas ao PARÁ. É um retrocesso, que certamente trará prejuízos aos amazonenses.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, publicou hoje edital de abertura de concurso público destinado ao provimento de 271 vagas de nível médio e superior.
O concurso havia sido autorizado pelo Ministério do Planejamento em setembro de 2013, pelas Portarias nº 419 e nº 423.
Das vagas oferecidas, 221 exigem nível médio de escolaridade, distribuídas em diversas cidades pelo Brasil. No Distrito Federal, estão sendo ofertadas 124 vagas, com remuneração de R$ 2.887. 
Para as outras 50 vagas restantes é necessário ter nível superior. Todas são para os cargos de Analista Administrativo e Analista Ambiental, com remuneração inicial de R$ 6.478.
As lotações para o cargo de Analista Administrativo serão no Distrito Federal, já para Analista Ambiental nas cidades do Pará e do Mato Grosso. 
As inscrições ficarão abertas por 20 dias: de 23 de janeiro a 11 de fevereiro e deverão ser feitas pela internet no endereço www.cespe.unb.br. A taxa de inscrição é de R$ 100 (Analistas) e de R$ 70 (Técnicos). Do total de vagas, 16 são reservadas para pessoas com deficiência. 

Mais detalhes tais como atribuições dos cargos, conteúdo e data das provas, podem ser obtidos no Edital nº 1.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Produtores de cupuaçu beneficiados com valor pago por quilo da fruta


Neste fim de janeiro, a Cooperativa Agroindustrial de Produtores do Projeto Uatumã começa a processar 60 toneladas de polpa de cupuaçu, que já tem compradores certos: o governo federal e o governo do Estado.
Com o crescimento progressivo da produção, a cooperativa acredita que a safra deste ano poderá gerar cerca de R$ 3 milhões para os mais de 82 trabalhadores associados e outras 500 famílias não-associadas à cooperativa, que são beneficiadas com a compra da fruta pela CPU-Uatumã a fim de atender aos contratos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme).  
Segundo o presidente da cooperativa, Ozéias Martins da Silva, esta safra é que tem remunerado melhor os produtores, uma vez que tem pagado por quilo da fruta, entre R$ 8,00 e R$ 10,00.
“A média de preço pago por quilo costuma ser fixada entre R$ 3,00 e R$ 5,00, então começamos o ano de 2014 muito bem, porque o mercado está valorizando o produto, comprando toda a produção”, informou o presidente.
Silva revelou, ainda, que este é o quarto ano consecutivo em que os produtores têm tido maiores retornos de suas produções.
“Há três anos, a safra promoveu renda de R$ 1 milhão. Já no ano passado, foi de pouco mais de R$ 2 milhões e este ano, vislumbramos algo superior a R$ 3 milhões”, avaliou.
Mecanização - Produzido de forma semi-artesanal, a polpa de cupuaçu passará a ser manuseada pelos cooperadores e colaboradores de forma mais fabril a partir do mês de março, quando o maquinário, adquirido por meio de convênio com a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e a Secretaria de Produção Rural (Sepror) terá a instalação concluída.
São despolpadoras, misturador de polpa, empacotadora, entre outros equipamentos obtidos com recursos da ordem de pouco mais de R$ 1 milhão.
“Com a conclusão da instalação do nosso parque industrial, vamos providenciar o treinamento dos colaboradores e cooperados, a fim de estarmos mais preparados para atendermos à demanda da próxima safra, que começa no mês de dezembro”, informou Ozéias Martins da Silva.  

Projeto de Pecuária Integrada de Baixo Carbono aumenta produtividade na Amazônia

Canal Rural
Foto: Canal Rural
Projeto de Pecuária Integrada de Baixo Carbono aumenta produtividade


O Instituto Centro da Vida (ICV), entidade que atua na área de sustentabilidade ligada ao uso da terra e dos recursos naturais, fecha o ano de 2013 comemorando o sucesso do projeto Pecuária Integrada de Baixo Carbono, iniciado há um ano em Alta Floresta, no Estado de Mato Grosso. O projeto, que visa ampliar a produtividade da pecuária no bioma Amazônia ao mesmo tempo em que contribui para reduzir a abertura de novas áreas, selecionou dez propriedades em Alta Floresta que desenvolvem a atividade, sendo 2 na pecuária de leite e 8 na pecuária de corte. 

– A produtividade média na área intensificada (URT), ou seja, onde reformamos ou recuperamos, já apresenta resultado 5,75 vezes maior que a média do Estado – exemplificou o coordenador da Iniciativa Pecuária Integrada do ICV, Vando Telles de Oliveira.

Segundo o coordenador, o objetivo do projeto é implementar uma agenda de municípios sustentáveis em Alta Floresta, por meio de um programa de boas práticas agropecuárias, com ênfase em uma economia de baixa emissão de carbono, e servindo de referência para todos os elos da cadeia de carne bovina, desde o produtor até o varejo. Depois de 18 meses de projeto, o ICV se prepara para iniciar a segunda etapa do projeto, que contará também com a implementação do Núcleo de Assistência Técnica Integrada (NATI), voltado para a capacitação técnica na região norte de Mato Grosso. 

– Nesta formação o técnico, ou gestor, receberá cursos teóricos e práticos em nível de pós-graduação. Como parceiros do projeto, teremos a Embrapa Agrossilvipastoril, a instituição de ensino Rehagro e estamos dialogando com a Universidade da Flórida – disse Oliveira.

Um dos parceiros do projeto pecuária, o grupo JBS, contribuiu para a produção de uma carne de qualidade na Amazônia, atendendo critérios sociais, ambientais, econômicos e de rastreabilidade. Como contrapartida, o grupo garante a compra do gado bovino dos pecuaristas que integram o projeto. 

– O próximo passo é buscar uma parceria com o varejo para chegar ao consumidor final de forma transparente, permitindo identificar a origem do produto – adiantou Oliveira.

Em todas as propriedades, segundo Oliveira, o projeto leva o conhecimento sobre as melhores práticas para desenvolver a atividade de forma integrada, no intuito de fortalecer a gestão das propriedades. 

– Os gestores passam, assim, a olhar para a propriedade como um sistema equilibrado, preconizando adotar práticas que melhorem o uso do solo e dos recursos hídricos – explicou.

Os técnicos do ICV fazem um acompanhamento mensal das fazendas que integram o projeto e orientam os envolvidos nas ações para manter o controle de indicadores agronômicos, econômicos, zootécnicos e de balanço de carbono. 

– Isso se faz necessário para mostrar a viabilidade técnica e econômica da adoção das práticas recomendadas e o impacto das mesmas na redução das emissões – disse Oliveira.


OBSERVATÓRIO ABC

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Carauari: IDAM capacita agricultores em boas práticas de manejo de açaí

Por Paula Vieira,
O Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), em parceria com o Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB) e Açaí Tupã realizou no período de (4) a (20) de janeiro, o curso de boas práticas de manejo de açaí. A atividade aconteceu nas comunidades Pólo de Gumo do Facão, Santo Antônio do Brito, Lago Serrado e São Raimundo, município de Carauari (a 788 quilômetros de Manaus).
O objetivo é empregar qualidade ao produto e garantir a manutenção da floresta por meio de técnicas adequadas no processo de coleta, debulha, armazenamento e transporte do açaí.
“Precisamos evitar o desperdício do produto provocado pelas práticas inadequadas”, disse o engenheiro florestal do IDAM/Central, Luiz Rocha Maciel, ressaltando, que toda produção de açaí extraído pelas famílias nessas comunidades irá abastecer a fábrica Açaí Tupã. A produção estimada para 2014 é de 250 toneladas de açaí.
Comunidade Gumo do Facão (29)
A atividade foi ministrada com apoio do engenheiro florestal José Ronnivon Andrade Ferreira, e a técnica florestal Antônia Lima de Souza, ambos da Unidade Local do IDAM em Carauari. Entre os assuntos abordados estão: características gerais do açaí nativo, importância econômica, diferença entre as duas espécies de açaizais, manejo e suas etapas (pré-coleta, coleta, pós-coleta e comercialização) como também Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e política pública de subvenção.
Ao todo foram capacitados 116 agricultores familiares de 28 comunidades diferentes.

Conab prevê produção de 196,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2013/2014

Tadeu Vilani
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Cultura de soja também apresentou o maior crescimento em área

O Brasil deverá produzir 196,67 milhões de toneladas de grãos na safra 2013/2014, já em fase de colheita em algumas áreas do país. O volume representa um aumento de 5,2% em relação à safra passada, que foi de 186,9 milhões de toneladas, informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu quarto levantamento de safra, divulgado nesta quinta, dia 9.

– Os preços estão reagindo uma forma positiva, mostrando que o nosso produtor, em médio prazo, poderá ter o estimulo de aumento da produção. Uma produção que poderá vir maior em 2015 – destaca o ministro da Agricultura, Antônio Andrade.


Soja

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Extrativistas terão R$ 120 milhões para subvenção nos próximos anos

A piaçava é um dos produtos amparados pela PGPM da sociobiodiversidade já com pagamentos efetuados a alguns extrativistas de Barcelos. Cacau (o mais novo integrante), castanha do Brasil, borracha e açaí estão entre os produtos constantes da lista.


    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai dispor, para os próximos três anos, de mais recursos para pagar a subvenção a extrativistas de produtos da sociobiodiversidade, aqueles extraídos das florestas. O grupo gestor da Política PGPM-Bio, formado pelos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Fazenda, Planejamento e a Conab, aprovou R$ 30 milhões para 2014, R$ 40 milhões para 2015 e R$ 50 milhões para o de 2016, totalizando R$ 120 milhões.
    Com isto, famílias que vivem da extração de produtos das matas da Amazônia, do Cerrado e de áreas do Nordeste, por exemplo, como as quebradeiras de coco, catadores de açaí, mangaba e outros receberão mais recursos para garantir suas rendas e manter o bioma natural.
    Outras pessoas poderão também se beneficiar do programa. Está prevista a participação de novos produtos, como bacuri, buriti, erva-mate, fava d'antas, licuri, macaúba, maracujá do mato, murici, murumuru, pinhão e pirarucu de manejo, encontradas nessas e outras regiões brasileiras. 
    Em 2013, foram pagos em subvenções mais de R$ 4,5 milhões a 9.508 famílias de extrativistas de muitos estados. A coleta chegou a 9.247 toneladas de produtos como açaí, babaçu, borracha natural, castanha-do-brasil, pequi e piaçava. Já de 2009, início do programa, até hoje, foram pagos R$ 15,1 milhões a 46.082 extrativistas e adquiridas 26.465 toneladas de produtos.  (Raimundo Estevam/Conab)

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"MALVA: Novos preços e Velhos problemas" - Artigo JC/THOMAZ

AGRONEGÓCIOS


MALVA
Novos preços e Velhos problemas

O Plano Safra 2013/2014 traz novos preços mínimos para as fibras de malva e juta. A fibra embonecada está valendo R$ 1,96 kg para operações de AGF (Aquisição do Governo Federal). A prensada tá valendo R$ 2,17 kg. Esses valores sinalizam ao mercado a possibilidade de intervenção do governo federal, por meio da Conab, caso os juticultores passem a receber preço inferior ao mínimo fixado por meio da PGPM (Política de Garantia de Preços Mínimos). Contudo, caso exista a necessidade de realizar a compra, via AGF, é indispensável a existência de armazéns privados credenciados junto ao Ministério da Agricultura para receber a produção, uma vez que os armazéns públicos do Amazonas já estão comprometidos com a estocagem de cestas básicas para as populações indígenas, quilombolas e ao atendimento de comunidades atingidas por adversidades climáticas, bem como para a estocagem de milho em grãos do Programa de “Vendas em Balcão” da Conab. Quem acompanha o assunto sabe que, na safra passada, não foi possível a compra da malva pela Conab em razão do Amazonas não possuir armazéns privados aptos para a estocagem.

O estado deve investir em armazéns

Nova safra está chegando e a situação é quase a mesma. Os armazéns públicos estão comprometidos; os privados ainda não estão aptos junto ao MAPA (mesmo sem a exigência da certificação) e o governo estadual, apesar dos alertas, não tem investido na construção de armazéns no interior, prioritariamente em Manacapuru e Itacoatiara para atender a cadeia produtiva de malva e juta, além de servir de polos para a venda de milho do estoque público para pequenos e médios criadores rurais. O estado precisa demonstrar que, de fato, tem interesse no aumento da produção de fibras para atender, no mínimo, a demanda nacional. No meu ponto de vista, o estado só tem demonstrado interesse na defesa do Polo Industrial de Manaus. A construção de dois armazéns no interior ou na capital é uma ação prioritária e urgente. No passado, o Governo Federal já fez sua parte investindo na construção de uma rede de armazéns da Cibrazem, entretanto, por absoluta falta de política local de incentivo ao setor primário do Amazonas toda essa rede ficou ociosa e foi desmontada. Agora é a vez de o estado fazer sua parte e sinalizar definitivamente que tem interesse em melhorar a vida do homem rural amazonense com ações concretas. Visitei recentemente Manacapuru colhendo informações de que a safra deve ser pequena e que o preço ofertado aos juticultores é o novo mínimo fixado pelo governo federal. Não tenho informações sobre a atual situação das indústrias compradoras dessas fibras, mas não deve ser boa em razão da concorrência de outros países.

Sacaria biodegradável

Em 2013, durante evento realizado no Centro Cultural dos Povos da Amazônia foi anunciada a compra de sacaria biodegradável para utilização no estoque público de milho do Programa de Vendas em Balcão em substituição à sacaria de polipropileno que comprovadamente causa dano ao meio ambiente. Entendo que foi uma medida extremamente acertada da diretoria da Conab, e que atende às atuais exigências de “compras sustentáveis” recomendadas pelo próprio governo, mas que infelizmente ainda não foi colocada em prática pelo Ministério da Agricultura. A parte técnica dessa conquista sustentável é impecável, fundamentada na legalidade e amplamente divulgada na imprensa nacional. Só não consigo entender a falta de cobrança de ambientalistas e dos governos da Região Norte, prioritariamente do Amazonas, para que essa medida seja colocada em prática o mais breve possível.

Satélite e Novos Mercados

Não poderia deixar de registrar a necessidade de que sejam feitos estudos para verificar a possibilidade de ser efetuado o levantamento de safra das fibras no Amazonas utilizando tecnologias já existentes (Geosafras) e os inúmeros satélites que estão rastreando esta região. Também não poderia deixar de recomendar a realização de estudo para saber se os atuais instrumentos de apoio à comercialização da agricultura familiar não estão fazendo com que os juticultores passem a trabalhar com outras culturas certamente de melhor remuneração e com menos sacrifício. Estou falando do PAA, PNAE, COMPRAS INSTITUICIONAIS e PREME. Este último operado pelo Estado/ADS e que vem movimentando milhões para a compra de alimentos exclusivamente para a merenda escolar do estado e do município. O PREME paga pela produção de determinados produtos regionais valores superiores aos pagos para cultivar a fibra. É natural que o agricultor procure o melhor preço com menor esforço. É avaliar, posso estar errado! Até a próxima!


07.01.2014 .
Thomaz Antonio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: thomaz.meirelles@hotmail.com


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A soberania alimentar é o futuro do setor agropecuário

TATIANA SCHOR 03-01-14
Tatiana Schor, secretária de Planejamento da SEPROR (Entrevista)
Ela é graduada em economia, mestre em geografia, doutora em ciência ambiental e também pós-doutora pela City Universidade of New York. Há quase um ano na Secretaria de Produção Rural (Sepror), Tatiana Schor, ocupa o cargo de secretária Executiva Adjunta de Planejamento (Seap). A frente da Seap tem o desafio de traçar novas metas para a Sepror de modo a atender melhor o homem e a mulher do campo. Este ano, dará inicio ao processo de gestão de qualidade para que a Secretaria obtenha a ISO 9001.
Na avaliação de Tatiana Schor, quanto ao futuro, se espera alcançar a soberania alimentar, “no sentido de respeito às tradições alimentares e as decisões sobre o que plantar, como e para quem”. Confira algumas das ações que vem sendo desenvolvidas pela secretária e a expectativa para 2014.

Governo federal deve incluir carne suína em programa de preço mínimo até fevereiro

Marielise Ferreira / Especial ZH
Nos últimos dez anos, tenho defendido a inclusão do jaraqui na PGPM. Hoje, com muita luta e contando com a sensibilidade do governo federal conseguimos incluir o PEIXE no PAA/Compra Direta. Ação que possibilitou a compra de 170 toneladas de pescado em Manacapuru. Entretanto, a inclusão na PGPM abre a possibilidade de apoio de instrumentos de comercialização diferenciados. Também o tambaqui curumim poderia ser inserido na PGPM tradicional. Não é a toa que o SUL vem lutando para incluir a carne suína na PGPM. Eles sabem que o apoio da PGPM é fundamental em determinados momentos de mercado. 

Foto: Marielise Ferreira / Especial ZH
No final de 2013, a presidente vetou projeto e desagradou o setor

A carne suína deve ser inserida no Projeto de Lei (PL) 7416/10, do Senado, que inclui a comercialização do produto na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), até o mês de fevereiro. É o que afirma o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.

O governo federal está discutindo a forma de armazenagem do produto, para finalizar a proposta que será votada no Ministério da Fazenda.

No final de 2013, a presidente Dilma Rousseff vetou o projeto. A decisão da presidente contrariou a bancada ruralista e todo o setor produtivo, já que a inclusão era dada como certa também pela cadeia de suínos. A inclusão da carne suína na PGPM foi uma das principais demandas da ABCS em 2013 junto ao governo.


CANAL RURAL

Ramo Agropecuário é responsável por 7% do PIB do Amazonas

O setor agropecuário é responsável por 7% do Produto Interno Bruto (PIB) da economia amazonense e também por gerar quase o dobro do número de vagas de empregos existentes no Polo Industrial de Manaus. Os dados são da cartilha publicada pelo Sistema OCB-Sescoop/AM em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), intitulada “Nova Abordagem aos Dados Estatísticos da Agropecuária no Amazonas” e que mostra quanto o setor vem se desenvolvendo e amadurecendo. 
Em 2013, algumas cooperativas do ramo viveram momentos distintos. Alguns, apenas de ganhos, de negócios concretizados e boas notícias, outros, de experiências que ajudaram a fortalecer e a amadurecer o grupo, desde o seu gestor até os cooperados e funcionários.  

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Produtores e moradores participam de cerimonia religiosa e pedem Paz no Campo e pela vida dos desaparecidos no Sul do Amazonas


  Data: 05/01/2014  
   
     
 
Paz inquieta– Cerca de mil pessoas se reuniram neste domingo (05/01) na praça de alimentação do município de Apuí (a 455 quilômetros da capital, Manaus) em um culto ecumênico para orar pelas três pessoas desaparecidas na BR 230 rodovia Transamazônica e para pedir paz no campo.

O ato foi realizado pelo Sindicato Rural do Sul do Amazonas (SINDISUL) juntamente com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

“Nós, atendemos a uma solicitação dos organizadores do culto e viemos falar pela paz; mas uma paz que também deixassem inquietas as pessoas para clamar por justiça. Uma paz que inquieta as pessoas, mas que não possa ocorrer incitação ao ódio, e também com as mesmas palavras do nosso bispo que busque a reconciliação e que não seja de fato a justiça esquecida”, disse o padre Raimundo Magalhães, Pároco de Apuí. Além do Padre Magalhães o evento contou com a participação de pastores de Apuí e Santo Antônio do Matupi (km 180).

Moradores de Apuí e Santo Antônio do Matupi estiveram presentes no culto; antes da celebração autoridades locais participaram de uma mesa e relembraram o desaparecimento a mais de 16 dias de Luciano Freire, Aldeney Salvador e Stef Pinheiro, e os possíveis desfechos para o caso. 

Dona Irisnéia Santos Azevedo, esposa de um dos desaparecidos não pode comparecer ao evento, mas falou por telefone para toda a população presente. Ela descreveu as dificuldades que vem passando desde o desaparecimento de Stef Pinheiro e agradeceu o apoio de todos.

Para o presidente da FAEA, Muni Lourenço, a realização do culto foi um ato para pedir justiça e pela paz no campo. Ressaltando que a instituição defende o direito à vida no campo e que é contra a violência. O dirigente também defende que um posto da Polícia Rodoviária Federal na Transamazônica.

Assinaturas

Coordenado pela equipe do SINDSUL, foi realizado a coleta de assinaturas para um abaixo assinado; no qual os moradores do Sul do Amazonas pedem a extinção da cobrança de pedágio na Rodovia Transamazônica, no trecho da Reserva Indígena Tenharim. A cobrança do pedágio foi alvo dos protestos de moradores de Apuí, Matupi e Humaitá e está entre as principais reivindicações.

O presidente do SINDISUL, Carlos Koch, disse estar preocupado com a situação e esclareceu a motivação para o ato. “Nós produtores rurais estamos demonstrando com esse movimento pacífico que nós somos humanos e que temos nossos direitos, entre eles o direito a vida e o direito de ir e vir.”

Eliaquim Cordeiro Duarte, pastor da Igreja Assembléia de Deus de Matupi, afirmou, “nós viemos de Matupi numa caravana de 45 pessoas em causa justa somar com os moradores de Apuí. Então nós estamos reunidos pra clamar a Deus em prol dessas famílias, dessas pessoas desaparecidas buscando a paz acima de tudo e também o fim do pedágio”.

Presidente do Conselho de Cidadãos do Distrito Santo Antonio do Matupi, José Roberto de Carvalho, participou e pediu que as autoridades que cessem as inimizades, as rivalidades de classe e a discriminação contra os produtores rurais. “Nós somos um país com capacidade de produzir alimentos para o mundo inteiro e por que está acontecendo isso. Hoje eu acho que nós somos tratados pior do que um animal”.

O prefeito de Apuí, Adimilson Nogueira, também está preocupado com os últimos acontecimentos na Rodovia. Segundo ele alguns investidores assim como trabalhadores rurais tem manifestado desejo de abandonar o município.


Reportagem: Ivanir Valentim
Fotos: Emerson Pedro.
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