quinta-feira, 30 de abril de 2015

80% da castanha de Lábrea é beneficiada em outro estado


Manejo do pirarucu é tema de reunião na SEPRORS


Precisamos convocar o Pará, Acre e Tocantins para a reunião do Crédito Rural

Esse assunto do PRONAF não pode mais ficar sendo discutido internamente, se, de fato, houver essa convocação da Comissão de Agricultura, seria de extrema importância convidar a presença de representantes do BASA, BB e CAIXA dos estados de Rondônia, Pará e Acre. Os números acima penso que justificam o convite. O Acre aplicou R$ 196 milhões em 2014. O Pará chegou a R$ 457 milhões, e Rondônia quase um bilhão. Tenho certeza que sairemos dessa reunião sabendo, exatamente, as razões do nosso fraco desempenho quantitativo e qualidade e, o melhor, consciente do que devemos fazer pra melhorar. Além dos agentes financeiros, também convidar a ATER desses três estados. 

Dermílson pede anistia para 2015, mas a de 2012 ainda está pendente

Parabenizo a atitude do amigo e deputado Dermilson Chagas, presidente da Comissão de Agricultura da ALEAM, em cobrar ações efetivas e urgentes aos produtores rurais do nosso Amazonas que estão perdendo a produção e certamente não terão como pagar as dívidas contraídas para plantar. Agora, quem já tem anos no setor sabe, exatamente, que essa história vem se repetindo sistematicamente e não visualizo qualquer planejamento para amenizar esse sofrimento. É o tempo todo apagando incêndio. Poderia falar outras coisas, mas resolvi novamente divulgar o ofício abaixo que demonstra, no meu entendimento, todo o descaso com esse público que, felizmente, ainda insiste em ficar no interior e produzir alimentos para a capital. Vi na matéria ao lado, publicada no portal de ÀCrítica, que voce pede anistia para os afetados na cheia deste ano, contudo, desde 28 de março de 2012 (ofício abaixo) os juticultores esperam a renegociação de suas dívidas. 
A Comissão de Agricultura precisa convocar, urgentemente, reunião com o Banco do Brasil, Banco da Amazônia e CAIXA pra tratar, exclusivamente, da aplicação do crédito rural e da inadimplência no Amazonas.
Os números da "aplicação" e da "inadimplência" devem ser apresentados aos membros da Comissão, bem como trazer propostas concretas de como atuar para reverter esse inaceitável quadro. Não adianta dizer que está aberto para renegociar, quando se sabe que na ponta não existe toda essa facilidade. Não por má vontade, mas por falta de estrutura desses agentes financeiros. Isso tem de ser dito abertamente, não adianta tapar o sol com a peneira, pois o grande prejudicado é quem planta, quem tá no campo. Não adianta o BASA dizer, em seu folder institucional, que atende 100% do Amazonas com apenas 9 agências no interior. É humanamente impossível atingir 100% do nosso estado com a atual estrutura, mas tá no folder.
Na última reunião da Sub Câmara Setorial de Fibras do Amazonas, os deputados Dermílson, Luiz Castro e Adjuto Afonso assumiram o compromisso de analisar a anistia a esses juticultores que, depois dessa enchente, perderam a produção que estava estocada no armazém da COOMAPEM em razão do incêndio. Esse assunto precisa andar o mais rápido possível.

"Dá vontade de chorar", diz produtora de Manacapuru (fotos)

Hoje, via whatsapp, recebi essas fotos de uma produtora de Manacapuru, da Comunidade Nossa Senhora de Nazaré, localizada no Costa do Paratari. A mensagem dizia "Thomaz, dá pra chorar". As fotos mostram, claramente, que a enchente vai comprometer toda essa produção causando graves prejuízos financeiros ao agricultor e desperdício de alimentos num estado com alto índice de famílias em extrema pobreza. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), idealizado na gestão do presidente Lula, tem contribuído, significativamente, para amenizar essa grave situação, tanto que, na próxima terça-feira, estará comprando diversas toneladas de produtos regionais no município de Manacapuru. Enquanto isso, o governo estadual só pensa e fala em piscicultura (reconheço que temos potencial), mas sequer discute o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ferramenta que viabiliza o acesso ao seguro rural, a implementação do Programa Garantia Safra e o aumento da estrutura e da remuneração do servidores do IDAM. Investir na estruturação do IDAM é o melhor e único caminho para o Amazonas sair dessa crise. 





quarta-feira, 29 de abril de 2015

Pará 9 x 0 Amazonas

Até hoje, apesar das insistentes recomendações e dos estragos que a cheia vem causando na produção rural, nenhum município do Amazonas procurou o MDS para assinar o Termo de Adesão ao Programa de Aquisição de Alimentos. Enquanto isso, o Pará já tem 9 (nove) municípios comprando a produção rural diretamente de agricultores familiares. Sei que a Conab e a Sepror (que já operam o referido programa) vem se esforçando para atender toda a demanda, mas é uma missão impossível diante da dimensão continental do Amazonas. A entrada de alguns municípios para operar esse programa seria de fundamental importância para a geração de renda, amenizar o desperdício e alimentar várias famílias em vulnerabilidade social. E o maior absurdo é que o recurso financeiro é do Governo Federal, do MDS, com pequena contrapartida municipal, aliás, insignificante se levarmos em consideração os efeitos sociais e econômicas desse programa. Entretanto, o que assisto é a construção de mega projetos, longas reuniões e o dever de casa deixando de ser feito. Até quando nosso produtor rural será prioridade apenas nos discursos? Hoje, a capital do Amazonas detém 52% da população do estado. Antes da Zona Franca, Manaus respondia por apenas 25% da população. Diante desses descasos quem é que vai ficar no interior? Até hoje, depois de quase dois anos que a presidenta estendeu o benefício do Garantia Safra aos ribeirinhos o governo estadual não fez a adesão a esse estratégico programa. 

SENAR realiza curso de fruticultura em Tefé


Sistema OCB-AM participa de evento do ramo mineral no Pará


terça-feira, 28 de abril de 2015

300 Kit's SANGRIA entregues em Lábrea, mas a borracha passa por problemas

Apesar do apoio governamental (subvenção estadual e federal, e até municipal) a cadeia produtiva da borracha não vem apresentando os resultados esperados. É preciso reunir os principais atores e entender o que está ocorrendo. Afinal de contas, temos uma indústria instalada em Manaus que pode e quer comprar toda a produção, contudo, por falta de matéria prima local vem importando de outros estados. As cadeias de FIBRAS e BORRACHA precisam ser priorizadas pelo governo estadual, mas a bola da vez é a "PISCICULTURA", mesmo sem produzir milho e sem ter assistência técnica compatível com a necessidade. Atirar para todos os lados, sem ampliar o IDAM e sem ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO é a certeza de avanços pontuais e de não ter sequer uma cadeia produtiva funcionando de modo exemplar. É por isso que, antes da Zona Franca de Manaus, a população da capital era de 25%, hoje já tem algo em torno de 52% do estado. Quem vai ficar no interior?





Itacoatiara perde 50% da produção de melancia no transporte

As associações de Itacoatiara precisam conhecer os instrumentos de apoio
à comercialização chamados de PAA (operado pela CONAB e SEPROR) e PNAE
que certamente serão importantes estratégias para reduzir o desperdício e
gerar renda ao produtor. É baixíssima a participação de Itacoatiara nessas
ferramentas

Safra de fibras é uma vergonha ao Amazonas

Não sou contra toda a atenção que vem sendo dedicada ao setor de piscicultura, mas assistir passivamente a atual situação da cadeia produtiva de fibras naturais é inaceitável pra quem deseja interiorizar a economia. Enquanto o Brasil precisa de 20 mil toneladas de matéria prima, estamos patinando em mil toneladas. Não damos continuidade nas ações, prova disso é que a USINA de BORRACHA do Iranduba, recentemente inaugurada com apoio do governo, está fechada. A cadeia produtiva de juta e malva tem tudo pra funcionar redondinha. Tem subvenção estadual e indústrias instaladas na região que compram a produção, faltam pequenos ajustes e apoio do governador para alguns pontos.

CONSEA planeja eventos no Amazonas

Na última segunda, dia 27, na UEA/Djalma Batista, aconteceu mais uma reunião ordinária do CONSEAM/AM. Em pauta, além de esclarecimentos sobre o  NutriSUS, o planejamento para o II Encontro Temático de SAN de Povos e Comunidades Tradicionais e Movimento Negro e, também, para a realização da 5 Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional




Abertura dos trabalhos das Câmaras Setoriais

 Fonte: site da SEPLAN
O governo está propondo aos empresários novas parcerias para a construção de um  modelo de diversificação e expansão econômica do desenvolvimento orientado pelo viés da ciência e tecnologia, disse o secretário de estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Thomaz Nogueira, na abertura dos trabalhos das Câmaras Setoriais, um colegiado com representantes da indústria, comércio, agropecuário e serviços. Um passo seguro nessa direção, sugeriu, pode ser o redirecionamento de investimentos para projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) a partir de abatimentos do Imposto de Renda das empresas.  
“Vamos trabalhar para criar um ambiente de negócios favorável e competitivo”, assegurou Nogueira, ao apresentar aos representantes do setor produtivo o modelo de estruturação da Seplancti, criada a partir da extinta Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), absorvendo as atribuição de ciência e tecnologia, orçamento, mineração e recursos hídricos, em março deste ano, no bojo da reforma administrativa implementada pelo governador José Melo.
Na estruturação da nova Seplancti, detalhou o secretário, está claramente definida as bases para o fortalecimento do Polo Industrial de Manaus e a construção de um projeto efetivo de diversificação da economia a partir da exploração da imensa potencialidade de recursos.

Renilton representa a Câmara de Agronomia, Pesca e Florestal (CEAGRO) em Aracaju

O engenheiro de pesca, Renílton Solarth, está em Aracaju, representando a Câmara de Agronomia, Pesca e Florestal (CEAGRO/AM) na segunda reunião da Coordenadoria da Câmara Nacional Especializada de Agronomia, Pesca e Florestal. 



Clique, abaixo, para conhecer toda a PAUTA do encontro

segunda-feira, 27 de abril de 2015

BASA divulga relação dos municípios inadimplentes no PRONAF

Essas informações foram divulgadas durante a última reunião do CONEPA. Os municípios com o "gatilho de inadimplência" acima de 10% não podem contratar operações do PRONAF. O que estamos fazendo para reverter esse quadro? 

Acácia Neves esclarece a emissão da DAP V pelo INCRA

Caros,
Um assentado de Presidente Figueiredo nos relatou hoje que o gerente do Banco do Brasil desse município o informou que o Incra não pode emitir DAP V a seus assentados, somente DAP A e A/C. O assentado estava com sua DAP V em mãos, mesmo assim o gerente disse que a DAP havia sido emitida indevidamente.
Volto aqui a esclarecer que o Incra e somente o Incra pode emitir DAP individual (A, A/C, B e V) para seus beneficiários no estado do Amazonas. No caso de DAP Jurídica, o Incra somente a emitirá se todos os cooperados forem nossos beneficiários.  
Em anexo encaminho a PORTARIA MDA N° 21, DE 27 DE MARÇO DE 2014, que estabelece as condições e procedimentos gerais para a emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).
Assim, solicitamos qualquer manifestação de dúvidas quanto ao assunto para que, futuramente, nossos beneficiários sejam orientados devidamente.
Saudações,
Acácia Neves

FAEA apóia piscicultores a comercializarem o tambaqui curumim para o Distrito Industrial

A matéria fala na possibilidade de compras pelo  "Exército Brasileiro", contudo,
adianto que se essa negociação ocorrer por meio do instrumento chamado de
"Compra Institucional", que foi objeto das últimas reuniões no CMA, somente
o piscicultor com a DAP poderá vender sua produção até o limite de R$ 20 mil.

Hoje, pela manhã (27), um grupo organizado de piscicultores, denominado de Grupo de Empresários de Piscicultura e Agroindústria de Pescados do Estado do Amazonas - GEPA, com membros oriundos de cinco municípios próximos de Manaus, entre eles, Iranduba, Manacapuru, Careiro Castanho, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, tiveram uma reunião de trabalho com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (FAEA) Muni Lourenço, no Auditório da Federação.


sábado, 25 de abril de 2015

Mutirão do "CAR" tem data alterada

Hoje, o blog recebeu whatsapp do colaborador da SEPRORS, Leonilson Magalhães, que faz parte do Grupo de Trabalho do "CAR",  informando a nova data do MUTIRÃO que será realizado no município de Rio Preto da Eva. De acordo com Leonilson, o evento foi adiado para o período de 18/05 à 22/05. Feita a correção. Obrigado!!!

sexta-feira, 24 de abril de 2015

SEMA anuncia mutirão do CAR em Rio Preto da Eva


Crédito Rural é tema de reunião no Manaquiri


MDA reúne com o secretário Sidney Leite. Será que o Garantia Safra entrou em pauta ?

Fico torcendo para que o Programa Garantia Safra, que é
operado pelo MDA, tenha sido pautado no referido encontro.
Sem a adesão do governo estadual, que não ocorre
desde 2013, nossos ribeirinhos, atingidos pelas cheias,
estão deixando de receber R$ 850,00. Não consigo
visualizar outra pauta mais importante do que ajudar
o caboclo do interior atingido pelas regulares
cheias. A presidente Dilma já estendeu o benefício ao AM,
mas ainda não fizemos o dever de casa.

Cooperativa dos veterinários recebe certificação do Sistema OCB-AM


Em reunião realizada na tarde desta quinta feira, 23 de abril na Casa do Cooperativismo, o presidente do Sistema OCB/Sescoop-AM, Petrucio Magalhães Júnior entregou ao presidente da Cooperativa de Trabalho de Médicos Veterinários do Estado do Amazonas (Unimev), Shirlley das Chagas Soares o Certificado Provisório de regularização da entidade. A cooperativa foi constituída em 2014 e conta atualmente com 21 sócios.
No momento da entrega do documento Petrucio Magalhães declarou que a partir da emissão do certificado a Unimev está pronta para atuar no mercado de trabalho, e ainda participar de licitações, dentro do que estabelece a legislação. O presidente colocou as assessorias de comunicação, contábil e jurídica do Sistema OCB/Sescoop-AM a disposição da cooperativa, além de oferecer aos cooperados curso de capacitação, e pedir suas participações em eventos cooperativistas.
“Agora precisamos nos unir cada dia mais, para nos fortalecermos como cooperativistas, e a cooperativa participar das ações realizada pelo Sistema OCB/Sescoop-AM. A presença dos cooperados será de extrema importância nas capacitações, e também nas atividades cooperativistas do Estado”, disse o presidente.
O presidente da Unimev declarou que depois da regularização da cooperativa começa um novo ciclo para categoria no Amazonas, onde buscarão a expansão do trabalho dos profissionais da medicina veterinária no Estado.
“Precisamos abrir frentes de trabalhos nas áreas públicas e privadas, mostrando a qualidade e a credibilidade dos profissionais com o objetivo de conquistar novos horizonte no mercado e proporcionar mais condições para o veterinário conquistar o seu espaço” finalizou o presidente.
Texto: Eliezer Favacho/Coopcom – Cooperativa de Comunicação do Amazonas
Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM 

FIEAM, FECOMÉRCIO, FAEA, ACA e CIEAM unidas em defesa da cadeia de JUTA e MALVA


Um grande exemplo que deveria ser seguido pelo GOVERNADOR, DEPUTADOS ESTADUAIS, DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES DA REPÚBLICA. As entidades de classe encaminharam pleito à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, defendendo a utilização no estoque público de sacarias de fibras de juta e malva, decisão já aprovada pela Diretoria da Conab/Brasília, em 2013. Atualmente, o milho do Programa Vendas em Balcão é acondicionado em sacaria de plástico comprovadamente prejudicial ao meio ambiente.


quinta-feira, 23 de abril de 2015

BASA apresenta lista dos municípios inadimplentes no PRONAF


Hoje, na reunião do CONEPA, o
BASA apresentou a relação dos
municípios do Amazonas que não
podem fazer PRONAF em razão do
"gatilho de Inadimplência" estar
superior a 10%. A lista é grande, e o
Cohen, do BASA, disse que a inadimplência
é "muito alta".

Castanha avança no mercado Chinês - Jornal do Commercio

Outra grande matéria do Jornal do Commercio  que envolve o extrativismo amazonense. Quem assina é minha amiga Tanair Maria.

FAEA pede mais informações sobre a criação de unidades de conservação no Estado


O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço Silva, acompanhado de lideranças políticas e do setor produtivo, especialmente do município de Apuí, debateu mais uma vez a proposta de criação de unidades de conservação no Amazonas, em área superior a três milhões de hectares, durante audiência com o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Ricardo Vizentin. No curto prazo, explicou o presidente da FAEA, a reivindicação é pelo adiamento da audiência pública para tratar do assunto, marcada para o próximo dia 28. O fato, disse ele, é que os produtores rurais não receberam antes informações suficientes sobre a questão e a concretização da medida provocará graves transtornos sociais e problemas econômicos numa área já ocupada por produtores rurais.

Meio século plantando juta e malva em Manacapuru

Excelente essa matéria da Priscilla.
Petrônio Marinho Toga: Ele foi um dos fundadores da Coomapem e hoje conta um pouco da sua história de luta colhendo fibras
Por PRISCILLA TORRES
Redação Portal Coopnews

Pisando a passos lentos, porém firmes, encharcados na lama, misturadas às fibras de juta e malva, queimadas no grande incêndio de julho de 2013, caminha Petrônio Marinho Toga, 79 anos, dos quais 51 mais de meio século trabalhando no plantio de fibras vegetais no interior do Amazonas. Petrônio conta que ainda garoto veio de Janauacá com seus pais em busca de mudança de vida, e em Manacapuru conheceu o trabalho da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem).
Sócio desde sua fundação, Petrônio relembra que ainda nem existia sede própria quando ele e o pai começaram a participar das reuniões da cooperativa. Aos 18 anos começou a trabalhar na colheita de fibras e de lá em diante passou a sustentar esposa, filhos netos e bisnetos. Em julho de 2013 ocorreu um incêndio no galpão da cooperativa, que destruiu cerca de 700 toneladas de fibras prontas para a comercialização.
Petrônio continua o seu relato lembrando que neste ano a cooperativa teve um enorme prejuízo e seus cooperados foram forçados a dar uma pausa na produção, pois a quantidade de fibras pronta para venda não pôde ser entregue aos clientes, e a cooperativa teve que recorrer a empréstimos á instituições financeiras para tentar recuperar o prejuízo, e mesmo assim ainda não foi suficiente para sanar todas as dívidas, tendo que colocar a sede própria à venda.
Andando no terreno, agora tomado pelo mato e a lama, Petrônio sobe em uma ‘montanha’ de fibras queimadas e úmidas da chuva, olha à distância e depara com a solidão e avalia o prejuízo, mas mesmo assim, diante da situação que enfrenta, parece não perder o bom humor e a esperança que acompanha o ‘velho’ juteiro, que transformou a fibra na sua história de vida.
Acompanhado por uma equipe de jornalistas que foi documentar o abandono da propriedade da cooperativa, Petrônio tenta ‘escalar as montanhas’ de fibras queimadas, um dos jornalistas pergunta se precisa de ajuda, ele de forma singela sorri e responde que está acostumado a lidar com isso todos os dias. Alguns passos à frente ele encontra um plantio de malva no meio do matagal, e cheio de vontade, arranca a árvore e mostra aos jornalistas que ainda tem vigor para colher a fibra, ensinando a equipe um pouco mais sobre seu honrado trabalho. Ele mostra aos jornalistas no meio das sucatas que restaram do galpão da cooperativa todo o processo da colheita, armazenamento, prensa e comercialização do produto, e declara: “Se o governo nos ajudar, reconhecendo o valor do ‘juteiro’, investindo na fibra, brevemente estarei de volta ao meu trabalho”.
Emocionado, Petrônio olha para a imensidão dos fardos de juta queimados, e mesmo com toda a adversidade sorri, confiante em uma breve e segura mudança para a cooperativa. Ele agradece a equipe de jornalistas por ouvirem a sua história e poder compartilhá-la para o mundo.  
“A juta e a malva são o ouro branco do Amazonas que insiste em chegar ao fim. Passei a vida inteira plantando juta, assim sustentei a minha família, criei meus filhos e netos e até hoje vivo nessa luta sem arrependimento. Sinto orgulho do meu trabalho, e apesar das dificuldades que enfrentamos, ainda tenho esperança de permanecer no plantio da fibra para continuar alimentando a minha família”, argumenta o produtor.
Política de subvenção – A política de subvenção de malva e juta completou dez anos. O Governo do Estado ao longo desses anos tem apoiado e incentivado a produção no Amazonas. Além de pagar a subvenção, os produtores recebem apoio técnico, logística para o escoamento da produção e acesso ao crédito através da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e dos bancos oficiais.
Fibra no Brasil – O Brasil consome aproximadamente 20 mil toneladas de fibra de malva e juta por ano. O Amazonas é o maior produtor do País, com 12 mil toneladas anualmente. O restante é importado do sul da Ásia, mais precisamente de Bangladesh. As fibras de malva e juta são utilizadas na confecção de sacarias para armazenamento de grãos, como café, arroz, feijão e milho.

XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE PESCA


Cheia e Fruticultura foi tema de entrevista na SEPRORS


Nova diretoria da AAM toma posse e lança o prêmio "Prefeito Empreendedor"

Fonte: Correio da Amazônia
O vice-governador Henrique Oliveira participou, hoje, quinta-feira (23), da cerimônia de posse na nova diretoria da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), no auditório do Hotel Da Vinci. Durante o evento, também, foi lançada a 9ª edição do prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. Durante o discurso, Henrique Oliveira reconheceu a situação difícil dos municípios na questão de orçamento e afirmou que o Governo do Estado está disposto a ajudar nas melhorias necessárias. “Nós sabemos que o interior é uma realidade bem diferente da capital. Então, é importante que a inovação faça parte do cotidiano desses prefeitos que hoje administram praticamente com orçamento apenas para pagar o funcionalismo público. Nós sabemos das dificuldades, mas sabemos também que com credibilidade, inovação e criatividade podemos vencer as dificuldades. O Governo do Estado está de portas abertas para ajudar as prefeituras no que for possível”, afirmou. A nova diretoria da Associação Amazonense dos Municípios (AAM) que tomou posse, nesta manhã, para o biênio 2015/2017, é formada pelo presidente reeleito Iran Lima, prefeito de Boca do Acre; pelo vice-presidente João Campelo, prefeito de Itamarati; pelos secretários Tabira Ferreira (Juruá), Francisco dos Santos (Crauari); e tesoureiros Lúcio Flávio do Rosário (Manicoré), Sansuray Pereira Xavier (Anori).