quinta-feira, 19 de julho de 2018

PGPMBio e COMPRAS PÚBLICAS não podem ficar fora da SEMANA DOS ORGÂNICOS

O tema da SEMANA NACIONAL dos alimentos orgânicos é "PRODUÇÃO ORGÂNICA e SOCIOBIODIVERSIDADE", portanto, no meu entendimento, os valores que estão sendo pagos aos extrativistas do Amazonas não podem ficar fora do debate. Abaixo, com dados do site da Conab, mostro, mais uma vez, que os extrativistas da ANDIROBA, AÇAÍ, CACAU, BORRACHA, PIAÇAVA e BURITI estão recebendo valor abaixo do preço mínimo da PGPMBio. Em síntese, hoje, já sabemos que o quadro abaixo, mostrado de forma bem explicativa pela CONAB é inaceitável, e não pode continuar. Já temos uma política para reverter essa situação desde 2009 (vai fazer 10 anos) e com recursos sobrando para amenizar o bolso do extrativista caso ele venha a receber a diferença, a subvenção federal. Então, esse tema renda, via PGPMBio, não pode ficar fora do debate, pois é preciso ampla discussão para avançarmos em todos os sentidos. É bom lembrar que essa produção é ORGÂNICA e da SOCIOBIODIVERSIDADE, palavras inseridas no TEMA da SEMANA. Nesse assunto, é imprescindível a presença da CONAB, SEMA, CNS, FETAGRI, UNICAFES e SEPROR (todas as vinculadas, inclusive a SEPA por causa do pirarucu de manejo que também tá com preço abaixo do custo de produção)  Outro assunto, que também tem ligação com a renda, e não pode ficar de fora da semana, são as COMPRAS PÚBLICAS (PAA, PNAE, PREME) que precisam de ajustes no PREÇO e na MAIOR COMPRA (quantidade) desses produtos. Esse deveria ser o maior foco da semana, ou seja, os que já produzem orgânicos e trabalham com produtos da sociobiodiversidade e NÃO recebem preço justo no momento de vender. Isso pode causar o desestímulo e fazer com que busquem outros caminhos para produzir que podem não ser tão sustentáveis. Insisto nessa direção, sem desmerecer as demais, pois também são importantes, em razão do Amazonas ter 49,2 % na pobreza e ter o pior índice FIRJAM de Desenvolvimento Municipal. Além disso, por ter ouvido o IDAM dizer que, no Amazonas, a maioria dos produtores não usam agrotóxicos por não ter acesso nem dinheiro. Vejam, abaixo, os valores que nossos extrativistas estão recebendo HOJE, e sem parceria e esforço coletivo, a Conab, por questões estruturais, não consegue ampliar a abrangência da PGPMBio. Além disso, tem a questão documental que reforça a necessidade dessa parceria com prefeituras, estado e ONGs.
Por fim, lutamos tanto por uma política e recursos orçamentários/financeiros, mas já temos e não percebo atenção concentrada dos municípios, estado e ONGs em apoiar essa política federal. Quem sofre? O extrativista que preservou a floresta em pé, mas vive em precárias condições de vida.







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