segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Plantio de cacau do Pará representa 25% da produção nacional

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Foto: Divulgação/Sxc
Setor quer dobrar a produção até 2019
Produtores de cacau do Pará comemoram o bom momento do setor e correm para dobrar a produção até 2019. Há 30 anos, o Estado produzia cerca de 5% do cacau no Brasil. Hoje, representa 25%, atrás apenas do Estado da Bahia.

O produtor e presidente da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu, Franciso Sakagucci, produz cacau há mais de 40 anos. Os mais de 15 mil produtores paraenses estão otimistas com o mercado este ano, que apresenta crescimento de consumo e de área plantada. Segundo ele, o otimismo engrossa o movimento do Estado, que tem a intenção de implantar mais dez mil hectares até o próximo ano, chegando a 138 mil hectares e dobrando a produção, em cerca de seis anos.

– O mercado mundial é crescente, o poder aquisitivo tem aumentado. O consumo do chocolate aumentou muito. Podemos investir sem medo – disse.
 
– Eles projetam que nos próximos dez anos o mundo estará demandando mais um milhão de toneladas de cacau. As nossas projeções são que nos próximos cinco anos, o mundo estará demandando mais 600 mil toneladas de cacau, por tanto isso é uma preocupação que existe para quem produz cacau. Existe mercado e existe demanda – disse o superintendente da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Jay Wallace Mota.
Para alcançar a meta, os produtores estão correndo para melhorar o rendimento das lavouras. O secretário Estadual de Agricultura do Pará, Hildegardo Nunes, destaca que o Estado já está à frente de outras regiões, com média de 1100 quilos por hectare, enquanto a média nacional gira em torno de 400 quilos por hectare.

– Temos crescido a uma taxa superior a 10% ao ano, tanto na área plantada, quanto na produção. Esperamos atingir, agora, em 2013, algo em torno de 90 mil toneladas de amêndoas. A meta de 2014 já é chegar em 100 mil toneladas, o que coloca o Pará como o segundo maior produtor. Quando atingirmos essa meta, vamos criar o ambiente adequado para a atração das indústrias – disse Nunes.

A recepção do produto no mercado é muito boa. O presidente da empresa Harold, Ernesto Neugebauer, explica que criou de uma linha exclusiva de chocolates, que leva o nome da região. Ele conta que a longo prazo, a perspectiva é criar novas opções.

– O cacau da Amazônia é muito suave, com baixo teor de acidez. Ele é ideal para fazer aquele chocolate 70%, que é o chocolate com alto teor de cacau, que é uma grande tendência de mercado – salienta o empresário.

CANAL RURAL

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