quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Projeto de agricultura de base ecológica é avaliado nos municípios do Estado

Por Paula Vieira,
Esq. à Dir.: Extensionista do IDAM/Central e Consultores da GIZ reunidos com agricultoras familiare de Manaus
Esq. à Dir.: Extensionista do IDAM/Central e Consultores da GIZ reunidos com agricultoras familiares de Manaus
Aconteceu na última segunda-feira (9), no auditório do Sistema Sepror, o I Encontro da Missão de Avaliação do Projeto de Cooperação “Desenvolvimento Local Sustentável do Estado do Amazonas (DLS/AM)”, realizado pelos consultores da Cooperação Técnica Alemã (GIZ) em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM). O período de avaliação se estenderá até o dia 24 de setembro.
O encontro teve como objetivo apresentar a metodologia de avaliação, a equipe avaliadora, levantar as expectativas do IDAM e demais participantes, no que diz respeito aos resultados esperados e discutir o planejamento do trabalho que envolverá quatro municípios.
De acordo com o extensionista rural do IDAM e articulador do Setor de Apoio a Agroecologia e Produção Orgânica do Amazonas (SEAPO/AM), Mário Ono, o projeto foi resultado da parceria entre o IDAM e a GIZ, desenvolvido no período de 2003 a 2008. “Passado cinco anos de seu término, a GIZ procederá essa avaliação para verificar os resultados e impactos do projeto, enquanto instrumento normalmente adotado pela Cooperação Técnica Alemã, após a vigência dos projetos”, explicou.
O projeto contemplava várias ações, dentre elas, a parceria pública privada com a Ambev, no município de Maués, com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) em Parintins e o apoio à Rede de Agricultores Tradicionais do Estado do Amazonas (Reata), cujo objetivo era apoiar as atividades dos agricultores familiares tradicionais para o desenvolvimento da agricultura de base ecológica, por meio de uma prática extensionista baseada em princípios agroecológicos.
Conforme Ono, a avaliação será feita por amostragem nos municípios de Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Parintins e Maués, onde os consultores da GIZ contarão com apoio das Unidades Locais do IDAM, principalmente, dos técnicos articuladores que atuaram na animação do processo e assessoria técnica aos agricultores da Reata, seja mobilizando os agricultores da comunidade que participaram do projeto ou acompanhando os consultores na aplicação da metodologia de avaliação em campo. Segundo ele, serão entrevistados tanto os agricultores da Reata como outros atores que tiveram envolvimento com o projeto.
Vale destacar, que além dos agricultores da Reata também participarão da avaliação outros agricultores “não Reata”, ou seja, agricultores da mesma comunidade que não participaram desse trabalho. “A ideia é entrevistar um grupo de comparação em número equivalente aos agricultores participantes do projeto, visando comparar o resultado das atividades desenvolvidas por agricultores que trabalham com agricultura de base ecológica e os demais que trabalham com a agricultura convencional”, frisou.
Para a agricultora e membro da Reata, Maria da Glória Araújo, 62, conhecer a agricultura de base ecológica foi importante para garantir a segurança alimentar de sua família e das demais pessoas a quem ela comercializa os produtos oriundos da agricultura. “Hoje eu tenho a plena consciência de que o agricultor pode produzir de forma sustentável e o que é melhor, contribuir para a conservação do meio ambiente” enfatizou.
O encerramento da metodologia acontecerá no próximo dia 24 de setembro, por ocasião do II Encontro, no auditório do Sistema Sepror. O objetivo será reunir todos os colaboradores entre autoridades, gestores, chefes, gerentes, técnicos, agricultores e demais instituições que estiveram envolvidos direta ou indiretamente na execução do projeto para apresentação e socialização dos resultados da Missão de Avaliação.

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