Pela primeira vez
as entidades Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA) e o
Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB-AM) realizam
encontro com os candidatos a governador do Amazonas e entregam um documento
conjunto, no qual descrevem as principais demandas para o setor agropecuário
amazonense. O evento aconteceu nesta quarta-feira (13/08) no auditório do
Centro Universitário Luterano de Manaus (ULBRA) com a presença de centenas de
produtores rurais e cooperativistas vindo de vários municípios do
Amazonas.
O aumento para 3%
da participação do setor primário no orçamento do Governo do Estado; Realização
de gestões junto aos bancos oficiais para significativa ampliação da rede
bancária no interior; Concurso público para o Idam, e Regularização Fundiária,
são alguns dos temas pontuados no documento, “O que esperamos do próximo
governador”, entregue aos candidatos, que se comprometeram em priorizar as
demandas caso forem eleitos.
Durante o evento
ocorreu uma oração em homenagem ao candidato à presidência Eduardo Campos,
falecido em um trágico acidente aéreo no Estado de São Paulo. Participaram do
encontro, lideranças de cooperativas, presidentes de sindicatos de produtores
rurais, agricultores, pecuaristas, empresários, estudantes e representantes de
instituições ligadas ao setor primário.
Para o presidente
da Faea, Muni Lourenço, o evento foi muito produtivo, no qual os candidatos
tiveram a oportunidade de ouvirem os anseios da classe rural, as demandas
emergentes e as propostas. “Atualmente o setor primário representa 7% do Produto
Interno Bruto, mas com as propostas encaminhadas de fortalecimento,
crédito, tecnologia, logística entre outros, teremos sem dúvida esse porcentual
aumentado. Não se pode falar em desenvolvimento do setor sem sanar gargalos
antigos que emperram a agropecuária no Estado. O que esperamos é que os
compromissos assumidos neste encontro sejam honrados pelo próximo governante”,
explanou.
O presidente do
Sistema OCB-AM, Petrucio Magalhães Júnior, ressaltou que o cooperativismo não é
filantropia e já comprovou ser um excelente instrumento para promover o
desenvolvimento econômico com inclusão social no interior do Estado e, portanto,
torna-se fundamental que o poder público compreenda melhor o funcionamento das
cooperativas, consolidando ações efetivas para fortalecer este movimento. As
propostas apresentadas em conjunto expressam o pensamento das entidades que
juntas representam milhares de produtores rurais e cooperativas
amazonenses.
“Certamente
esse foi um momento histórico para nossas entidades e o documento entregue aos
candidatos traduz objetivamente o que esperamos do próximo governante do Estado
do Amazonas”, concluiu o presidente.
Piscicultura - O candidato José Melo
(PROS), da coligação "fazendo mais por nossa gente", foi primeiro a participar
do encontro. Ele destacou que o setor primário terá prioridade em seu governo.
“Eu, que sou ambientalista, mas sou um defensor do desenvolvimento do setor
primário, afirmo que em meu governo haverá dialogo e o setor rural será
prioridade; iremos investir em piscicultura com escavação de tanques;
subsidiar a ração investir na produção de alevinos. Também irei fazer concurso
público para que o Idam, Ipaam, Sepror e SDS aumentem o seu contingente técnico;
Vamos ainda investir milhões na recuperação das vicinais para que os produtores
tenham como escoar sua produção, além de apoiar a PEC do produtor rural",
planejou o candidato.
Além das propostas
apresentadas, José respondeu as perguntas feitas pelos produtores rurais e
destacou que será indispensável à parceria da Federação de Agricultura e do
Sistema OCB, ambas conhecedoras da realidade do setor.
Zona
Franca - “O modelo da Zona Franca de Manaus não teve a competência de
levar o desenvolvimento ao interior, e por esse motivo, precisamos retomar com
urgência o crescimento do setor primário do Amazonas”. A afirmação é do
candidato ao governo, deputado Marcelo Ramos (PSB), ao considerar o setor
primário no interior do Estado como a grande alternativa econômica para o
Amazonas.
Na opinião do
candidato, as alternativas e recursos são reais, entretanto, alguns fatores
devem ser considerados prioritariamente pelo próximo governo. “Precisamos
primeiramente capacitar nossos produtores rurais, viabilizando um novo modelo de
educação rural, firmando parcerias com a Faea e o sistema OCB, para que os
planos de aula considerem a vocação de cada localidade, formando os filhos dos
agricultores futuros técnicos em seus próprios municípios”, disse
Ramos.
Segundo Marcelo
Ramos, outra prioridade de seu governo no setor será permitir que o produtor
rural tenha maiores condições no escoamento de sua produção. “Nós criaremos o
Plano Diretor de Vicinais, buscaremos a sinalização de nossas hidrovias e
construiremos portos modernos e não arranjos de portos, como infelizmente,
encontramos em nossos municípios”, concluiu o candidato, ressaltando que a
interação entre todos os agentes do setor primário, a saber, o governo federal,
estadual, municipais, iniciativa privada e produtores, são fundamentais para o
avanço da produção rural no Amazonas.
Aumento do
Orçamento - O deputado estadual e candidato a governo, Marco Antônio
Chico Preto (PMN), esteve presente ao debate acompanhado de seu vice, Gustavo
Braz. O ponto principal de sua apresentação foi focado na Proposta de Emenda à
Constituição do Amazonas, (PEC n° 18/2011) a qual defende a fixação de um piso
mínimo para investimentos no setor primário. A PEC já tramita na Assembleia
Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM).
Chico Preto
destacou que, o setor primário é vital para a economia do Estado e precisa de
atenção e fortalecimento de suas bases, como o Idam, Sepror, SDS e o Iteam.
“Iremos executar ações para uma produção de outro nível. Não podemos aceitar o
recurso que atualmente esta sendo disponibilizado para o setor. Se for eleito
farei concurso público para todas as secretarias ligadas ao setor e elas
trabalharão integradas”.
Para o candidato é
necessário também investir em tecnologia e olhar para o homem do campo. Chico
Preto destacou a Lei sobre a regionalização do mobiliário escolar já em
funcionamento, como um bom exemplo que vem ajudando centenas de
pessoas.
Investimento - O evento foi
encerrado pelo candidato da coligação “Renovação e Experiência”, do senador
Eduardo Braga, que afirmou: “Estamos assumindo o compromisso com a Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) e o Sistema OCB-AM, de que,
caso nós ganhemos as eleições, as propostas da FAEA e OCB-AM farão parte do
nosso programa de governo”. “Vamos fomentar polos de desenvolvimento, explorando
as potencialidades da juta, farinha, entre outros, além de construir moradia
digna aos nossos produtores amazonenses”, disse. A ampliação da estrutura do
Idam, oferecendo concursos públicos e ampliando as parcerias, também foi
destaque da apresentação do candidato.
Sobre o orçamento
do governo para o setor primário, Eduardo Braga afirmou que a meta do seu
governo é 2,5%. “Existe inclusive um fundo de aval, na Afeam (Agência de Fomento
do Estado do Amazonas), disponível só para o setor, que criei quando fui
governador e, até hoje, não disponibilizaram para os produtores”.
Entre outros
destaques de sua fala, Braga enfatizou que irá concluir em todo o Estado o
Macrozoneamento Ecológico e Econômico do Estado, visando mapear as áreas
produtivas para cada atividade e investir nestas cadeias produtivas. “Desta
forma iremos investir no agronegócio nas regiões onde existam potencialidades
comprovada e citou varias regiões com potencial para agropecuária, como Novo
Remanso, Apuí, Autazes, Matupi, Manacapuru, entre outras”, afirmou.
Texto: Eliezer Favacho/Coopcom -
Cooperativa de Comunicação do Amazonas, Diarcara Ribeiro, Rosário Silva e
Marcelo de Paula/Assessoria de comunicação da Faea
Fontes: Sistema
OCB/Sescoop-AM e Faea
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