segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Ainda não estamos fazendo o DEVER DE CASA (comentário)

Aproveito esse artigo da "CULTURA EXPORTADORA", publicado no Jornal do Commercio/AM,  para fazer dois breves comentários. O primeiro deles é concordar, integralmente, com a afirmativa dos bons serviços prestados pela FAEA ao setor primário do Amazonas, incluindo fortemente a defesa da agricultura familiar, e não somente a patronal. Outro comentário se refere ao desejo de "EXPORTAR" produtos regionais. É lógico que queremos e devemos buscar esse caminho, mas temos deveres de casa que não estamos fazendo com as culturas de fibras (malva e juta), borracha, guaraná, e outras que poderia citar. Absurdamente ainda estamos IMPORTANDO esses produtos para abastecer as indústrias instaladas na região. Até quando? No Amazonas, precisamos de um PLANO BEM ARTICULADO para sensibilizar a COMPENSA e a SEPLANCTI para dotar o Sistema SEPROR de recursos para tocar tudo que está inserido no PLANO SAFRA do AMAZONAS que foi anunciado publicamente pelo governador do estado no Centro de Convenções Vasco Vasquez.

Momento que foi lançado o PLANO SAFRA AMAZONAS (PSA). Repito, o PSA é bom, contempla cadeias produtivas que inaceitavelmente a SEPLANCT ignora, mas sem recursos e sem estrutura de pessoal, prioritariamente no IDAM, fica muito difícil avançar e honrar os compromissos assumidos nessa solenidade. Aliás, essa falta de total prioridade ao setor primário não é exclusividade do atual governo. Foi assim também com Omar/Melo e com Eduardo/Omar. Contudo, por uma questão de justiça, no governo Eduardo/Omar, que teve o Melo como assessor direto, pelo menos o setor primário foi estruturado, ganhou endereço e algumas pontuais ações de sucesso foram realizadas, mas nada com volume capaz de substituir o modelo econômico implantado no Polo Industrial de Manaus. Tenho feito cobranças (com propostas) ao governador Melo pois, no meu entendimento, é o amazonense com maior conhecimento da nossa realidade, principalmente do interior, e não fica legal deixar de realizar a Expoagro, atrasar/não pagar a subvenção aos juticultores e seringueiros, não aderir ao Garantia Safra (ele mesmo pediu ao ministro Pepe Vargas), concurso do IDAM, e por aí vai. Contudo, ainda defendo o argumento de que nós, atores do setor primário, ainda não estamos suficientemente unidos para fazer com que nossos parlamentares e a "Compensa" parem para nos OUVIR, PRIORIZAR e ATENDER! Jamais desistiremos, pois sabemos que é o único caminho para tornar o AM imune às futuras crises.
Não adianta culpar a crise, prova disso é que temos R$ 211 milhões (dados do próprio governo federal) circulando no Amazonas para comprar da agricultura familiar e pouco temos feito para que nosso produtor acesse esse NOVO MERCADO, também chamado de PAA/COMPRA INSTITUCIONAL. A presidenta Dilma obrigou, a partir de janeiro deste ano, que todo órgão federal compre, com recursos próprios, no mínimo 30%, diretamente da agricultura familiar. Então, cabe ao governo estadual correr atrás e sensibilizar os órgãos acima listados e, sem seguida, ou agora mesmo, também adotar a mesma atitude da esfera federal obrigando os órgãos estaduais a comprar da agricultura familiar. Fica a dica!

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