domingo, 24 de junho de 2012

Peixe popular no COMPRA DIRETA do PAA reduziria o desperdício


Não vejo o menor sentido em responsabilizar a ex-ministra Ideli Salvatti na novela que envolve o funcionamento do Terminal Pesqueiro de Manaus, contudo,  os demais aspectos da matéria traz importantes reflexões. Além de estrutura pública para estocagem, o peixe popular necessita de instrumento público de apoio à comercialização mais adequado à nossa realidade. Penso que a inclusão dos "peixes brancos" no Compra Direta do PAA ajudaria a reduzir esse inaceitável desperdício de proteína animal de excelente qualidade. Atualmente, a cadeia produtiva do pescado já recebe o apoio do "Compra com Doação e do Formação de Estoque", contudo, o atual nível de organização dos grupos formais do Amazonas e, ainda, as exigências dos instrumentos impede uma ação mais rápida e eficiente nos piques de safra. Sei que o assunto já vem sendo analisado no âmbito do Governo Federal e certamente encontrará sensibilidade no MDS e no Grupo Gestor do PAA. Nos momento de safra, penso que seria possível pagar R$ 1,00 kg ao pescador, estocar em armazéns privados e, em seguida, de acordo com a decisão governamental, doar aos programas sociais ou vender na entressafra a um preço acessível ao consumidor. Além deste video, recomendo acessar o site da UOL Mais e digitar "falta de estrutura provoca desperdício de peixe na amazônia". O Programa "Peixe Popular" do Sistema Sepror já vem atuando positivamente para evitar situações desse tipo, mas, entendo, que o assunto mereça análise mais aprofundada e instrumentos específicos para beneficiar o pescador artesanal que, sem dúvida alguma, é o mais prejudicado. É bom lembrar que a ação da Sepror ocorre em Manaus e municípios próximos à capital. E nos municípios mais distantes? Entendo que o peixe no PAA/CDAF seria a solução mais rápida, eficiente e capaz de ajudar fornecedores (pescadores) e consumidores incluídos na extrema pobreza em toda a Região Norte.

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