sábado, 22 de setembro de 2012

AM precisa de 35 mil toneladas de milho para atender os criadores rurais

Composição da MESA, ao fundo, SILVIO FARNESE/MAPA

Empresários e Criadores Rurais do Amazonas

Momento em que o presidente da FAEA apresentava suas reivindicações

SILVIO FARNESE, do MAPA, e,  SAKAMOTO, presidente
da Ass. Amazonense de Avicultura
 
 
Ontem, no auditório da AFEAM, a AAA (Associação Amazonense de Avicultura), em parceria com a SEFROR e SFA/AM, promoveu importante debate sobre o abastecimento de milho para o estado do Amazonas. O ministério da Agricultura foi representado pelo técnico Silvio Farnese, que demonstrou conhecimento, sensibilidade e muita atenção ao pleito dos avicultores e piscicultores do Amazonas. Ações desse tipo devem ser intensificadas por outros setores da agropecuária, pois estreita o relacionamento com os órgãos de comando, além de ser uma oportunidade ímpar para expor a realidade amazônica. Resumidamente, foram estes os pedidos dos criadores rurais do Amazonas:
 
a) Até o final deste ano, que sejam disponibilizadas, via leilões, aproximadamente 35 mil toneladas de milho para atender avicultores, suinocultores e piscicultores;
 
b) Continuar a avaliação de um PRÊMIO/BÔNUS diferenciado para o AMAZONAS em razão da complexidade logística que envolvem a região. No recente AVISO 341 e 342, o Nordeste teve R$ 0,20 kg como preço de abertura, e o Amazonas recebeu R$ 0,11 kg. Já houve um avanço, mas entendo que devemos ter um valor ainda mais dierenciado. Nesse aspecto, a FAEA vai articular a elaboração de documento fundamentando as razões de um bônus ainda mais diferenciado;
 
c) Imediata inclusão da atividade de PISCICULTURA no Programa de Vendas em Balcão e nos Leilões Públicos para atender os pequenos, médios e grandes criadores, bem como as indústrias de ração para PEIXE;
 
d) Elevar para até 27 toneladas o atendimento no Programa de Vendas em Balcão. Atualmente, o limite é de até 14 toneladas/mês;
 
e) Utilizando rede privada de armazenagem, credenciada no MAPA, criar polos de venda de milho do Programa de Vendas em Balcão nos municípios de Itacoatiara, Rio Preto da Eva e Manacapuru. Nesse caso, temos de contar com o interesse e a adequação de estrutura por parte da iniciativa privada para o recebimento, tratamento e venda do milho em grãos do estoque público. É evidente que o serviço será remunerado pelo Governo Federal com base em tabela de preço já existente. Entendo que é um caminho interessante a ser seguido, com benefícios ao criador rural, mas que deve ser bem avaliado por ambas as partes;
 
Ao final do evento, como cidadão amazonense, e percebendo a sensibilidade e a atenção do colega SILVIO FARNESE, disse que o Amazonas participa com apenas 0,03% da produção nacional de grãos; que por questões ambientais jamais alcançaremos produzir para atender a demanda interna; temos uma das cestas básicas mais caras do país; que a região Norte concentra um grande número de famílias em extrema pobreza; que preservamos para o mundo 98% das nossas florestas, PORTANTO, que nas decisões de Brasília estas verdades sejam consideradas e que nossas demandas sejam atendidas.
 
Contudo, essa dependência de produtos básicos de outros estados é muito preocupante, pois compromete a soberania e a segurança alimentar do amazonense. Em tempo de PAZ, fica fácil resolver, mas em CRISES e GUERRAS, a história é outra e o danos econômicos muitas vezes irreparáveis. Lembro bem que, em 2001/2002 (parece que foi por aí), o estoque público chegou a níveis baixíssimos e, sabem o que aconteceu? Nenhum estado produtor queria liberar milho para outro local, o que é normal, cada um defende seu lado. Vamos torcer para que o fato não se repita, caso contrário, e se ainda não tivermos uma produção interna sufificiente, será o fim!!
 
PARABÉNS a TODOS que participaram desse momento!!
 
 

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