A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) garantiu dar continuidade à parceria firmada com a Embrapa Amazônia Ocidental, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - para pesquisas relacionadas a citricultura no Amazonas.
Diretora da Fapeam, Maria Olívia Simão, e Chefe de P&D da Embrapa, Celso Azevedo.
O anúncio foi feito pela diretora-presidente da Fapeam, Maria Olívia Simão, durante a abertura do seminário 'Potencial e Desafios para a Citricultura no Amazonas' promovido pela Embrapa – Amazônia Ocidental e realizado no auditório da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), no dia 19/10.
“Tudo que nós somos e temos de maneira diferenciada na área agronômica é de responsabilidade direta da Embrapa. Louvo e os parabenizo por constatar o esforço que essa instituição vem fazendo para o desenvolvimento da região e do Brasil”, disse Maria Olívia Simão.
O seminário fez parte da programação da 9ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Amazonas, realizada no período de 17 a 21 de outubro.
Projeto Citricultura
Na ocasião, a diretora-presidenta da FAPEAM também parabenizou os pesquisadores pela conclusão do projeto 'Desenvolvimento da Citricultura e Implantação do modelo de produção integrada no Estado do Amazonas', denominado de 'citrus', que contou com o apoio do Programa de Apoio à Consolidação das Instituições de Ensino e Pesquisa (Pró-Estado) e disse que a Fundação irá se debruçar sobre a nova proposta apresentada pela Embrapa.
“O Citros é um arranjo que envolve uma agência de fomento — FAPEAM —, a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), os técnicos e os produtores. Com isso, aproximamos as 'pontas' e ganhamos um tempo enorme na produção, escoamento e posterior venda desses produtos, dessa vez produzidos já utilizando um modelo de produção integrada”, ponderou Maria Olívia.
Ação integrada
O chefe-geral em exercício da Embrapa Amazônia Ocidental, Celso Paulo Azevedo, enalteceu a parceria entre a instituição, a Sepror e a FAPEAM e garantiu que o projeto não perderá a continuidade. “Estamos falando de uma mudança de comportamento no cultivo e produção de citros na Amazônia e sua importância para a economia local e brasileira. Não podemos deixar projetos como estes parados, vamos dar continuidade até como treinamento e auxilio técnico-científico aos produtores”, disse.
Ele agradeceu especialmente à parceira com a FAPEAM e disse que sem o aporte de recursos financeiros, as atividades de pesquisa ficariam prejudicadas.
“Quero agradecer especificamente à FAPEAM que nos ajudou financeiramente. Quando nós reforçamos o setor primário, estamos modificando economicamente a vida de milhares de pessoas. Fizemos isso introduzindo a economia verde, ações sustentáveis e inserindo no processo econômico novas culturas”, ponderou Azevedo.
Sobre o projeto
Segundo o coordenador do projeto, pesquisador Marcos Garcia (foto), o objetivo das pesquisas era proporcionar aos produtores conhecimentos a respeito das principais pragas, com a finalidade de aprimorar o manejo integrado. “Por meio das técnicas de produção integrada, há eficiência no controle de pragas, menores custos e a redução no uso de agrotóxicos”, destacou o pesquisador.
A ideia é que para 2013 as pesquisas sejam ampliadas para abranger a capacitação dos produtores com expansão das atividades para outros municípios.
“O projeto foi uma espécie de piloto e resolvemos concentrar as atividades em Rio Preto da Eva, município localizado a 57 quilômetros a noroeste de Manaus). A intenção é que, caso o próximo projeto seja aprovado, nos estendamos as atividades para Manacapuru, Iranduba e algum outro município próximo da capital”, adiantou Garcia.
Sobre o Pró-Estado
O Programa de Apoio à Consolidação das Instituições de Ensino e Pesquisa tem por objetivo incentivar a política de C&T e a criação de núcleos de pesquisa nas instituições estaduais do governo do Estado. O intuito é gerenciar e produzir conhecimentos com vistas ao melhoramento das políticas públicas e das ações do governo do Estado e consolidar o desenvolvimento da pesquisa científica, tecnológica e inovação nas instituições de pesquisa e/ou de ensino superior estaduais.
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