Lideranças cooperativistas do país se reúnem no AmazonasComeçou na manhã de hoje, 12 de dezembro a reunião dos presidentes e superintendentes do Sistema OCB-Sescoop da região Norte com a direção nacional, comandada pelo presidente Márcio Lopes de Freitas, que veio a Manaus para ouvir as demandas dos cooperativistas da Amazônia. Conforme anunciou o presidente do sistema OCB-Sescoop-AM, Petrúcio Magalhães Junior, no auditório da entidade, "o futuro do cooperativismo na região Norte está aqui nessa sala", referindo-se ao local do encontro.
Em seu pronunciamento de boas vindas aos seus colegas cooperativistas, Petrúcio relatou que a direção atual da entidade tem uma série de propostas que começa pelo fortalecimento do sistema, visando estreitar a relação das entidades locais com a nacional. "É preciso o desprendimento de todos para levarmos as ações das entidades regionais aos cooperados, que devem ser o foco principal de todas as OCBs", afirmou Petrúcio.
O dirigente do Amazonas declarou que hoje as principais demandas das cooperativas da região Norte são por mais treinamento de qualificação de gestão e por acesso a créditos. Ele informou que a o Sistema OCB/Sescoop-AM tem feito um grande trabalho no sentido da profissionalização dos cooperados, especialmente aos dirigentes. Por outro lado, a entidade também tem entre suas prioridades a aprovação de uma lei estadual sobre cooperativismo.
De acordo com Petrúcio, a atual diretoria entende ser necessário fortalecer a Frencoop (Frente Parlamentar Cooperativista) em todos os níveis de poder, utilizando a estrutura que a frente já tem em Brasília. "Precisamos acompanhas, nas Casas Legislativas, a tramitação de projetos que vão beneficiar as cooperativas", explicou Petrúcio.
Conforme informou Petrucio, o Sistema OCB-Sescoop-AM tem lutado para integrar as ações das entidades representativas, manter vivo os princípios/valores/filosofia e ideologia do cooperativismo, combatendo as falsas associações. Para ele, é de fundamental importância apoiar o desenvolvimento das áreas jurídica/contábil, e de mercado e comunicação, que são estratégicas para o funcionamento das cooperativas.
Após o pronunciamento de Petrúcio, outros dirigentes de entidades também tomaram a palavra para revelar as demandas de suas regionais. Para Sansão Nogueira de Sena, presidente da Central das Cooperativas dos Piscicultores do Acre, as ações precisam chegar mais ao cooperado, principalmente na área de treinamento. Segundo ele, as cooperativas precisam ter o próprio banco para não depender dos políticos, ou então se organizam com recursos próprios.
De acordo com Ricardo Khouri, presidente do Sistema OCB-Sescoop-TO, o Banco da Amazônia não empresta dinheiro às cooperativas porque as entidades tem em seu estatuto a determinação de não terem fins lucrativos, e se não têm lucro não têm como pagar o empréstimo.
Já o presidente da Fecoop Norte (Federação das Cooperativas da Região Norte), José Merched Chaa, disse que os fundos foram politizados e os bancos criam problemas para liberar os recursos. "Os projetos são aprovados, estão regulares, mas ficam engavetados. É preciso fortalecer a Frencoop para que as cooperativas também possam receber recursos não retornáveis", defendeu o líder cooperativista.
Ao final, o presidente do Sistema OCB-Sescoop nacional, Márcio Lopes de Freitas, disse que as demandas das cooperativas de todo o Brasil serão ouvidas, nesses ciclos de reuniões que ele está tendo com as lideranças locais. Lopes afirmou que capacitação, orientação e melhoria precisam chegar aos cooperados e que o Sescoop é a ferramenta para chegar a esses resultados. Sobre a representação política da entidade, o presidente nacional declarou tratar-se de mais uma ferramenta a ser utilizada pelas cooperativas.
Para ele, não adianta ter um bom representante, e sim bons projetos, com fundamentos, para que os bancos analisem e, mesmo com critérios políticos, possam liberar os recursos. Conforme Lopes, os bancos analisam as cooperativas como se fossem empresas mercantis, quando deveriam entender que essas entidades não geram lucros para elas, mas sim aos cooperados, porém, são geradoras de resultados e por isso também precisam ter acesso a créditos.
Fonte: Sistema OCB/Sescoop-AM
Texto: José Polari/Coopcom – Cooperativa de Comunicação do Amazonas
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