quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Reunião debate a compra de sacarias de fibras naturais e o cancelamento do leilão de milho da CONAB


Os estoques das cooperativas de Juta e Malva no Amazonas estão com um total de 5 milhões de sacarias, número alto e alarmante para o setor. A falta de comercialização do produto pode afetar a próxima safra, o produtor rural e a economia. Outro fator que merece atenção é o cancelamento dos leilões de milho da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), ocorrido no final de outubro, mais que já prejudica os avicultores e pecuaristas do Amazonas.

Nesta terça- feira (04), em reunião com o governador do Estado, Omar Aziz, o presidente da CONAB, Rubens Santos, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, o Superintendente da CONAB no Amazonas, Thomaz Meirelles e o Presidente da OCB/AM, Petrúcio Magalhães, juntamente com demais representantes, apresentaram pleito de utilização dos sacos de fibras naturais (juta e malva) nos estoques públicos da CONAB em substituição aos sacos de polipropileno, proposta que inclusive já tem uma nota técnica favorável da CONAB e que será encaminhada ao Ministério da Agricultura, para a aquisição das sacarias oriundas de fibras naturais. Outro assunto pautado foi à falta de milho para os médios e grandes avicultores.

O presidente da Organização das Cooperativas do Brasil no Amazonas,(OCB-AM), Petrucio Magalhães Júnior, se mostrou otimista. “Nós tivemos uma reunião positiva principalmente com relação às fibras vegetais. Precisamos esvaziar o estoque, no momento é necessário nesse caso uma política do Governo Federal para CONAB adquirir a sacaria. O governador compreendeu e deixou claro o aspecto social desta atividade para o Estado, que envolve mais de 10 mil agricultores familiares em áreas de várzea. É uma das cadeias mais completas que nós temos, tendo em vista que fazemos desde a produção da fibra até a indústria no caso o produto acabado. Portanto além desses empregos no campo, temos os empregos das indústrias. Além do estoque da safra anterior, nós estamos agora no processo de colheita, certamente nós vamos ter dificuldade se esse estoque não for vendido”, avalia.

De acordo com o presidente da FAEA, Muni Lourenço, a nota técnica consiste na proposta da CONAB, comprar as sacarias de fibras naturais, dentro da política da Economia Verde, “Uma das questões é o modelo econômico baseado nos recursos naturais, proteção ambiental, e no desenvolvimento regional. Tecnicamente a CONAB está convencida que é oportuno a substituição dos sacos de polipropileno para sacarias de Juta e Malva, agora tivemos o imprescindível apoio político do Governador Omar Aziz”, afirmou.

Milho

O reajuste do preço do ovo, produto no qual o Manaus é autossuficiente, será devido a falta de milho para as avicultores. Atualmente possuímos um plantel de 3,4 milhões de aves em sua maioria de postura. O cancelamento dos leilões de milho em todo o país, já afeta os produtores rurais.

Para o presidente da CONAB, Rubens Santos, a questão do milho no Amazonas tem duas frentes, “Primeiro é o milho que é destinado ao pequeno produtor, essa semana chegou mais 3 mil toneladas do produto. Então o pequeno produtor não vai ser afetado. O pequeno produtor pode comprar até 3 toneladas. E agora o grande produtor que estava comprando o milho da Conab através de leilão público, o qual foi cancelado, uma suspensão que ocorreu não só no Amazonas mais em todo o país.”

“Essa reunião foi muito importante no sentido de traçar encaminhamentos inclusive de político, de apoiar e sensibilizar a casa civil e o Governo Federal da necessidade que se retome os leilões de milho, especificamente para atender o Amazonas, já que temos uma pequena produção de milho, e um segmento que depende do insumo para produzir ração”, afirmou Lourenço. 


Diárcara Ribeiro
Assessoria de Comunicação
Sistema FAEA-SENAR

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