terça-feira, 25 de março de 2014

Estudo aponta que há 11 milhões de hectares ociosos na Amazônia


Canal Rural
Foto: Canal Rural
Integração entre pecuária e lavoura pode diminuir emissões de gases de efeito estufa
Um estudo realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp) e Embrapa mapeou as emissões de gases de efeito estufa na Amazônia e chegou a números impressionantes de área para a utilização na agricultura. São áreas que ainda podem ser aproveitadas de maneira sustentável, através da integração lavoura pecuária floresta (ILPF). Os pesquisadores também encontraram uma mudança no perfil de emissões nos últimos 10 anos.
Os resultados do estudo Mitigando Mudanças Climáticas no Setor Agrícola, produzido pelo mostram a mudança do principal emissor de gases de efeito estufa na região Norte do Brasil. Em 2005, a conversão de floresta para uso do solo respondia por 57% das emissões. Cinco anos depois, em 2010, com a redução do desmatamento e o avanço da agricultura sobre as áreas de lavoura, o quadro de emissões mudou e a produção agrícola passou a ser a principal emissora de gases de efeito estufa na região, respondendo por 32%, a maior fatia.


Os estudos começaram há três anos e envolveram a Unicamp e mais nove unidades da Embrapa espalhadas pelo país. O programa buscou alternativas para conciliar a produção agrícola com a sustentabilidade e chegou ao impressionante número de 11 milhões de hectares ociosos na região Norte, disponíveis para o aproveitamento pela agricultura. Segundo Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária e um dos coordenadores do estudo, se toda esta terra ociosa – composta principalmente por pastagens abandonadas – for recuperada, é possível aumentar o rebanho bovino da região em 15 milhões de cabeças.
Além disso, a adoção das outras financiadas pelo programa de Agricultura de Baixo Carbono do Ministério da Agricultura, como a integração lavoura-pecuária-floresta, é capaz de fornecer um ganho no estoque de carbono, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.

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