quinta-feira, 24 de julho de 2014

Desabafo de quem conhece o setor de fibras

Foto: Reunião ocorrida na sede da FAEA preparando o grande evento de FIBRAS, ano passado, no Centro Cultural Povos da Floresta. O Moacir esteve presente nessa reunião.

Recentemente, publicamos os números finais da safra de fibras no Amazonas.
O amigo, leitor deste BLOG, e grande conhecedor da cadeia produtiva de
fibras,  Moacir Cavalcante, diante do atual cenário, resolveu nos enviar o
comentário abaixo. Concordo, plenamente, com tudo que ele escreveu. Infelizmente,
o potencial do setor primário do AM é CONSENSO do executivo e legislativo, mas infelizmente
 NUNCA foi PRIORIDADE. Espero que mude em 2015 e que possamos, UNIDOS, aproximar
o setor rural dos novos ELEITOS em 5 de outubro. Da mesma forma como faz o setor industrial.
A esperança não pode, não deve e jamais vai morrer. O interior precisa e merece.
Comentário do Moacir Cavalcante,

"Este número final nos leva à triste constatação de que a cada ano a safra nacional de fibras está reduzindo, uma vez que no Pará também vem ocorrendo reduções anuais nos volumes de safra. O quadro fica mais grave quando analisamos que a safra de fibras no Amazonas depende de sementes produzidas no Pará. A falta de incentivo à produção de fibras no Pará e sua clara redução a cada ano reflete na produção de sementes e, por consequência, no fornecimento deste importante insumo para os produtores amazonenses.
O Amazonas precisa de 200 toneladas de sementes para produzir fibra suficiente para atender às indústrias locais., com sobra para formação de um estoque de passagem. Para 2014 estimamos uma safra de sementes no máximo de 100 toneladas no Pará.
Estimamos que o consumo nacional de fibras esteja em torno de 14.000 toneladas (capacidade instalada). Os dois estados produtores devem produzir em 2014 algo em torno de 5.000 toneladas. O restante é importado de Bangladesh direcionando a maior parte dos recursos das empresas para a economia e para os produtores daquele país. Alguns artigos manufaturados de juta também já entram no país, como fios e telas, significando que uma parte da indústria nacional está ficando inoperante significando menos uso de insumos e mão de obra.
A auto suficiência na produção de fibras depende de uma urgente mobilização pública e privada, conforme sugerido neste blog pelo Thomaz. O importante evento ocorrido em 2013 no Amazonas não resultou em ações efetivas e o resultado está claro nos números atuais.

Moacir Cavalcante da Silva - MCS COMÉRCIO DE JUTA E MALVA LTDA - Castanhal/PA"

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