segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Comentário de leitor do BLOG THOMAZ RURAL

(Estevam Costa, ex-presidente da OCB/AM e ex-superintendente
da Pesca no Amazonas
) Tenho sempre dito ao Estevam que
existe espaço para quem quer trabalhar com seriedade e competência
na agricultura familiar do Amazonas. Reconheço que a UNICAFES,
desde que em mãos comprometidas com o agricultor familiar e 
livre de ligações partidárias, tem espaço em nosso Estado. Contudo,
é fato que, hoje, o Sistema OCB/SESCOOP, diferente do que
pode ocorrer em outros estados, no Amazonas é 100% agricultura
familiar. O apoio da OCB/AM ao produtor familiar, inclusive
já chegando até Guajará, tem sido fundamental. Vamos em
frente, nosso AM está muito atrasado em se tratando de
setor primário. Agradeço sua leitura diária ao BLOG e seus
posicionamentos.

O PR é o estado onde está mais avançado o movimento da UNICAFES. Dos 150 delegados do IV Congresso Nacional que aconteceu em maio passado, na CONTAG, em Brasília, cerca de 90 eram associados de cooperativas de lá...
 
Sou um dos dois técnicos que esteve em Curitiba em novembro de 1973 para o curso de Gerentes na primeira escola de formação de profissionais que deram o suporte às cooperativas que estavam se fortalecendo no início da década de 1970. Chamava-se ASSOCEP - Associação de Orientação às Cooperativas do Estado do Paraná. Foi lá que os primeiros extensionistas da então EMATER-AM estudaram nos anos de 1973-74. No ano seguinte, em 1974, foram mais 8 técnicos. 
 
Eram outros tempos. O Serviço de Extensão Rural, com todo apoio do governo federal - mesmo em regime de ditaduta - não mediu esforços para formar equipes de técnicos para o trabalho de assistência ás atividades - meio das cooperativas - contabilidade, administração até assessoria jurídica - o grande gargalo até hoje. Foi assim que surgiu a força das cooperativas de juta/malva daquela década.
 
O sistema OCB estava com toda força. Foi criado com a Lei 5.764/71. Nem dava para perceber claramente o desnível de estágio do processo associativista-cooperativista entre a realidade de lá em relação ao de cá. Depois do Brasil ficar de cabeça prá baixo após o boom da soja e do milho com o processo de ocupação das áreas e o deslocamento das populações rurais para as cidades, este conhecimento é oportuno e necessário para que os participantes consigam melhorar a visão das coisas.
 
A estratégia de capacitação está correta. O Objetivo-fim também. Mas o fortalecimento das cooperativas da agricultura familiar através da UNICAFES ocupa um VÁCUO gigantesco, relacionado com as populações que não têm capital, conhecimento nem articulação política...só idéias, mãos e sabedoria.

Estevam Costa

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