quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Os entraves do crédito rural no AM

Sei que estou sendo repetitivo, mas não vou desistir enquanto o assunto "crédito rural" não for encarado dentro da realidade da agricultura familiar do Amazonas. Já disse, e volto a repetir, o Banco da Amazônia presta relevantes serviços na região Norte, mas não pode continuar dando a entender ao Governo Federal que a atual estrutura atende "100 % do estado" com apenas "11 agências". É só ver o folder, abaixo, para constatar o que afirmo. E tem mais, das "11 agências" acredito que uma três estão na capital. O Banco do Amazônia, que presta relevantes serviços nos municípios onde possui agência, tem de dizer ao Governo Federal que ações itinerantes não estão resolvendo o problema do crédito rural por aqui. Posso estar enganado, e espero sinceramente que esteja, mas não vejo nas entrevistas concedidas à imprensa, nem nas reuniões e solenidades, a declaração de gestores do banco explicitando as enormes dificuldades para operar numa região continental. O folder, abaixo, não pode "afirmar" que atende "100% do estado", isso é brincar com a verdade e com nossos agricultores. Hoje, vejo o Jornal do Commercio, na matéria da Priscila Caldas, a ótima notícia da possibilidade legal da renegociação das dívidas do crédito rural. Contudo, na mesma matéria, vejo o Banco da Amazônia pedindo para o cliente "procurar a agência" para renegociar. Pergunto: Será que chegar essa informação no campo é tarefa fácil? E caso chegue, será que é tarefa fácil para o produtor chegar a uma dessas agências? É claro que não pois temos 62 municípios, e menos de 10 agências do BASA no interior. Finalizo, ratificando a importância do BASA e de suas ações, desejo, apenas, que diga ao Governo Federal que, com a atual estrutura, o Amazonas continuará ocupando os últimos lugares no acesso ao PRONAF e com enormes dificuldades para realizar as ações. Tenho quase certeza que, mais uma vez, o IDAM será chamado para essa parceria, pois é estratégico, tem competência e capilaridade. Só espero que, a partir de 2015, seja a continuidade, ou novo governador, que entendam de uma vez por todas que o nosso estado só terá, efetivamente, uma política agropecuária forte e sustentável se o IDAM for o órgão mais bem estruturado da esfera estadual, caso contrário, é bom ir pensando em mais 50 anos de Zona Franca. Confesso que não tenho percebido sensibilidade na ampliação do número de agências bancárias que operam o PRONAF no Amazonas. O crescimento tem sido muito tímido e reflete na inexpressiva produção agrícola local. Pelo jeito, a única forma de fazer chegar esse recurso financeiro do crédito rural no bolso do produtor rural será através da inovação utilizando satélite público.

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