terça-feira, 14 de outubro de 2014

Vazio Bancário prejudica o Interior do AM

Mais uma vez, o Jornal do Commercio/AM, em matéria da TANAIR, traz importantes reflexões sobre a atuação do BASA no Amazonas. Sempre defendi as ações do BANCO e a competência dos seus técnicos, contudo, tenho sistematicamente batido na tecla de que, com a atual estrutura, os avanços no setor primário continuarão sendo inexpressivos e bem abaixo da real necessidade do nosso produtor rural. Na entrevista concedida ao Jornal do Commercio, o atual gestor do BASA, no meu entendimento, ratifica o que venho dizendo ao afirmar que "O pessoal aqui, no Amazonas, não tem essa informação de que ......". Fala, também, que ""...eu cheguei a pouco tempo aqui, e vejo que é uma questão cultural mesmo de que os interesses do Banco está voltado apenas para o público do Polo Industrial de Manaus...". Discordo dessa afirmativa, não é problema cultural, nem tampouco que o interesse do Banco esteja voltado ao PIM. A verdade é que o PIM fica em Manaus, e aqui vcs tem agência. O produtor rural também quer acessar os recursos disponibilizados por meio do BASA, mas o BANCO não está presente em aproximadamente 50 municípios. Agora, com todas essas dificuldades de acesso, da baixa qualidade dos projetos e da necessidade de ampla divulgação das ações do banco, o folder distribuído pelo BASA inexplicavelmente registra que atende "100% do estado" com apenas 11 agências, sendo tres na capital. Ao afirmar que as ações estão concentradas no PIM, ratifica que ação itinerante não resolve. E não resolve mesmo, basta olhar os números do AM no PRONAF. Fico imaginando qual seria a reação de um produtor rural, pescador e extrativista dos 50 municípios SEM AGÊNCIA ao receber um folder do BASA com os dizeres "Aguardamos voce na agência!!"  Entendo que o setor primário local não pode continuar assistindo pacificamente que o vazio bancário existente no estado continue a prejudicar o homem do interior.



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