terça-feira, 11 de novembro de 2014

Programa Eco-Forte amplia agroecologia no AM


A Rede Maniva de Agroecologia (REMA), formada por agricultores e técnicos de diversas instituições, entre as quais o IPÊ,  conquistou mais um importante passo para promoção da produção orgânica no Estado do Amazonas. A Rede aprovou um projeto, por meio do edital do Programa Ecoforte, que teve como proponenete o Museu da Amazônia (MUSA), para ampliar as ações de capacitação de agricultores familiares, estruturação de unidades de referência em agroecologia nas áreas de agricultores, ampliação da Feira Orgânica de Manaus e implementação da certificação participativa.
Na terça-feira, 13, foi assinado um convênio entre a Fundação Banco do Brasil e o MUSA na sede do museu, no Jardim Botânico Adolpho Ducke. Além dos membros da REMA, estiveram presentes o Ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Diogo Sant’ Ana, o Presidente da Fundação Banco do Brasil, José Caetano Minchillo, o diretor do Inpa, Luiz Renato de França, o diretor da Conab,  João Marcelo Intini, representantes do Ifam e dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente.

O pesquisador Eric Marotta Brosler, que coordena o Centro de Treinamento Agroflorestal do MUSA, explicou que o aporte financeiro será coordenado pelo museu, e vai financiar atividades de capacitação, trocas de saberes e experiência, e ampliação do conhecimento sobre produção agrícola em bases sustentáveis. O projeto será executado em parceria com as instituições que fazem parte da Rede e abrange 04 núcleos de agricultores na região de Manaus e entorno: Rio Negro, Tarumã Mirim, Água Branca, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva.
Em todos os núcleos, serão implantadas unidades demonstrativas, por meio da implementação de infraestrutura e equipamentos para o aumento e intensificação da produção, auxiliando nas atividades de preparo da área, plantio, colheita, produção e manejo do adubo orgânico, transporte dos produtos, sementes e mudas, criação de animais de pequeno porte, captação e armazenamento de água pluvial, no intuito de promover inovação e aperfeiçoamento das estruturas e processos agroecológicos, buscando maior aproveitamento e integração dos recursos naturais e insumos disponíveis no local.
Membro da REMA desde sua fundação, o agricultor José Rodrigues comemora a boa fase do grupo. “Neste exato momento estamos divididos em três atividades. Isso só é possível porque crescemos, porque temos pessoas boas empenhadas em fazer a agricultura orgânica crescer. Essas pessoas trouxeram consigo as instituições que estão nos apoiando”.
O diretor geral do Museu da Amazônia, Ennio Candotti, informou que o convênio também será utilizado na difusão das hortaliças não convencionais e de alto valor nutritivo, como o ária, cubiu, cariru, espinafre amazônico, pupunha e taioba.
O Programa Ecoforte faz parte do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO), e seu primeiro edital prevê o investimento de R$ 25 milhões financiados pela Fundação Banco do Brasil, em parceria com o Fundo Amazônia e o Fundo Social do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em todo o Brasil 25 instituições foram aprovadas, sendo três delas na Região Norte.
A Rede Maniva de Agroecologia é um grupo constituído por agricultores, técnicos, membros de instituições públicas e privadas, estudantes e consumidores, comprometidos com as questões socioambientais, a soberania e a segurança alimentar e nutricional, organizados com o objetivo de promover a agroecologia e a produção orgânica na região amazônica.

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