sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Armazenagem: cooperativas cobram certificação voluntária


Essa matéria do EM TEMPO é de 2001 (13 anos atrás) e demonstra, claramente, que a luta por armazéns no Amazonas já é antiga. Apesar dessa luta, perdemos três armazéns na capital. E é justamente essa capacidade estática que faz falta hoje e que impede do Programa de Venda de Milho ter maior regularidade. O estado precisa, urgentemente, construir três novos armazéns (Manaus, Manacapuru e Itacoatiara).  Servidores da Conab na foto: Cleto, Thomaz, Raimundo, Armando, Ferreira e Beto.
A comissão técnica do Sistema Nacional de Certificação de Armazéns do Ministério da Agricultura (Mapa) avaliou o avanço das certificações e o atual cenário da armazenagem no Brasil. As cooperativas querem que a certificação seja voluntária e não obrigatória, como está previsto em lei.
O déficit de armazenagem para a safra 2014/2015 é de 49 milhões de toneladas. Os armazéns estão sendo certificados pelo chamado escalonamento, que prevê certificação de 15% ao ano até 2018. Neste formato, já estão certificados 4,4 mil armazéns com total de 67,9 milhões de toneladas de capacidade estática. Isso representa mais da metade das unidades armazenadoras cadastradas como pessoa jurídica.

Na reunião, que acontece quatro vezes por ano, os representantes de cooperativas e empresas de armazenagem debatem todo sistema de certificação e buscam flexibilizar as exigências.
– O critério começa com CNPJ e depois eles pedem para mudar critério de capacidade estática. O mais viável vai ser analisado, de maneira que facilite para as empresas. Não é para atravancar, e sim ajudar para que elas tenham um sistema de melhor qualidade – esclarece Ricardo Pires Thomé, chefe do serviço de coordenação geral de Infraestrutura Rural e Logística da Produção.

Para fazer a certificação, o Mapa já cadastrou 19 empresas certificadoras, que cobram entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. Mas o mais difícil é investir nas adequações, principalmente nos armazéns mais antigos.
– Vão ter unidades mais antigas, que foram construídas sem aeração termometria. Naquela época, a produção era pequena, o giro era rápido, não precisava disso. Muitas não vão conseguir se adequar – diz o representante da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Paulo Junqueira.
As cooperativas pedem o fim da obrigatoriedade da certificação dos armazéns. O setor acredita que na forma de lei não é possível agregar valor no mercado. Esse pedido já foi encaminhando para o Ministério, mas o cronograma deve ser cumprido.
– Você teve uma melhoria de processo de instalação. Quem fez não vai perder e pode agora ganhar. Se não for obrigatório, se a gente conseguir convencer o governo, passar à adesão livre, isso vai dar valor a quem tem, como outras certificações muito mais exigentes, muito mais pesadas que agregam valor – relembra Junqueira.

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