domingo, 29 de março de 2015

Encerramento do CURSO EM AGRICULTURA ORGÂNICA (REMA/NEA)

A REMA - Rede Maniva de Agroecologia, o NEA – Núcleo de Estudos em Agroecologia e produção orgânica da Universidade do Amazonas e parceiros, encerraram dia 28 de março, sábado, no Auditório do Instituto Nacional de Meteorologia, no MAPA, o Curso de Capacitação em Agricultura Orgânica que começou dia 23, no CTA - Centro de Treinamento Agro floresta do MUSA – Museu vivo da Amazônia , localizado no Projeto de Assentamento Água Branca, na Gleba Puraquequara, zona rural de Manaus.
O curso teve como objetivo formar multiplicadores, agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural e agricultores, envolvendo temáticas fundamentais nos princípios, conhecimentos e práticas relacionados a agroecologia e agricultura orgânica.
O encerramento foi em clima de descontração, orquestrado pelos coordenadores Marcio Menezes e Katell Ugen. Ao lado do Auditório funciona a Feira semanal da agricultura orgânica, onde o grupo chegou primeiro para o café da manhã característico dessa forma de agricultura,adequada aos tempos de readaptação a alimentação saudável.
Relato do ex-superintendente da Pesca
e Aquicultura do Amazonas, Estevam
Costa, enviado ao BLOG. Obrigado!
O Professor Ennio Candotti, Diretor do MUSA, que deu a senha de como estava se sentindo com a palavra ENGASGADO. Comentou sobre a falta de respeito das autoridades governamentais para com os agricultores, que constantemente têm prejuízos que não são repostos, por descumprimento de tarefas intermediárias a que se comprometem, de apoio em áreas como transporte, por exemplo, até os locais de comercialização, as feiras. Depois afirmou aos educandos que não basta aprender a técnica. A produção precisa chegar ao mercado. E os prejuízos dos agricultores continuam. Continuou dizendo que o tempo da agricultura é longo e a falta de continuidade no ambiente governamental só agrava as condições de trabalho e de vida dos agricultores. É preciso garantir toda a cadeia de produção e incluir o trabalho familiar nos custos de produção. Na forma como está sendo trabalhada, a viabilidade agroecológica nos assentamentos está ameaçada. Comentou que os professores da UEA precisam aprender a capinar. Concluiu dizendo que falta a pressão dos sindicatos e cooperativas.

clique, abaixo, para ler o relato completo:


Estevam Ferreira apresentou painel sobre o cooperativismo solidário, movimento representado nacionalmente pelo sistema UNICAFES – União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Criada em maio de 2005 está completando 10 ANOS de existência. Sua interiorização no Amazonas aconteceu a partir de dezembro de 2013, com a realização do convênio 001/2013 – UNICAFES-SESCOOP, que proporcionou a realização de 8 eventos de capacitação em 6 municípios: Manacapuru (2) Careiro (2),Manaus,Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Carauari.  É o resultado das ações e movimentações dos agricultores familiares que resolveram encontrar representação própria no cooperativismo brasileiro, identificado pela parcela da população menos capitalizada, informada e politicamente mais frágil do campo e das cidades. Sindicalmente está ligado ao sistema CONTAG-FETTAGRI-STTR.


O MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário e o INCRA, nas áreas sobre seu domínio, dão o apoio e suporte direto a nível do governo federal.  A UNICAFES, a partir de janeiro de 2014, uniu-se a UNISOL e CONCRAB e criaram a UNICOPAS, ampliando o leque de representação das populações do campo e das cidades. As cooperativas associadas a UNICAFES Nacional do Amazonas, após início onde ajudaram agricultores a acessar o crédito rural e a mercados, estão fragilizadas em sua maioria, por questões de natureza administrativas e gerenciais. O Amazonas está a caminho de instalação do Escritório Estadual e para isso trabalha comissão formada no Seminário Estadual, que aconteceu dias 20 e 21 de novembro de 2014, em Manaus, que contou com a presença do Presidente da UNICAFES Nacional, o paranaense Ademir Possamai.
Na Mesa Redonda que marcou o encerramento falaram Arivan Reis, Delegado da SFDA,representantes da EMBRAPA, MAPA e feito agradecimentos ao apoio da SEMPAB e IDAM.
Durante o encerramento aconteceu o lançamento do livro plantas alimentícias não convencionais no Brasil, de Valdely Ferreira Kinnup e Harry Lorenzi.


EFC / 29.03.2015

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