A REMA - Rede Maniva de
Agroecologia, o NEA – Núcleo de Estudos em Agroecologia e produção orgânica da
Universidade do Amazonas e parceiros, encerraram dia 28 de março, sábado, no
Auditório do Instituto Nacional de Meteorologia, no MAPA, o Curso de
Capacitação em Agricultura Orgânica que começou dia 23, no CTA - Centro de
Treinamento Agro floresta do MUSA – Museu vivo da Amazônia , localizado no
Projeto de Assentamento Água Branca, na Gleba Puraquequara, zona rural de
Manaus.
O curso teve como objetivo formar
multiplicadores, agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural e
agricultores, envolvendo temáticas fundamentais nos princípios, conhecimentos e
práticas relacionados a agroecologia e agricultura orgânica.
O encerramento foi em clima de
descontração, orquestrado pelos coordenadores Marcio Menezes e Katell Ugen. Ao
lado do Auditório funciona a Feira semanal da agricultura orgânica, onde o
grupo chegou primeiro para o café da manhã característico dessa forma de
agricultura,adequada aos tempos de readaptação a alimentação saudável.
Relato do ex-superintendente da Pesca e Aquicultura do Amazonas, Estevam Costa, enviado ao BLOG. Obrigado! |
O Professor Ennio Candotti,
Diretor do MUSA, que deu a senha de como estava se sentindo com a palavra
ENGASGADO. Comentou sobre a falta de respeito das autoridades governamentais
para com os agricultores, que constantemente têm prejuízos que não são
repostos, por descumprimento de tarefas intermediárias a que se comprometem, de
apoio em áreas como transporte, por exemplo, até os locais de comercialização,
as feiras. Depois afirmou aos educandos que não basta aprender a técnica. A
produção precisa chegar ao mercado. E os prejuízos dos agricultores continuam.
Continuou dizendo que o tempo da agricultura é longo e a falta de continuidade
no ambiente governamental só agrava as condições de trabalho e de vida dos
agricultores. É preciso garantir toda a cadeia de produção e incluir o trabalho
familiar nos custos de produção. Na forma como está sendo trabalhada, a
viabilidade agroecológica nos assentamentos está ameaçada. Comentou que os
professores da UEA precisam aprender a capinar. Concluiu dizendo que falta a
pressão dos sindicatos e cooperativas.
clique, abaixo, para ler o relato completo:
Estevam Ferreira apresentou
painel sobre o cooperativismo solidário, movimento representado nacionalmente
pelo sistema UNICAFES – União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar
e Economia Solidária. Criada em maio de 2005 está completando 10 ANOS de
existência. Sua interiorização no Amazonas aconteceu a partir de dezembro de
2013, com a realização do convênio 001/2013 – UNICAFES-SESCOOP, que
proporcionou a realização de 8 eventos de capacitação em 6 municípios:
Manacapuru (2) Careiro (2),Manaus,Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Carauari. É o resultado das ações e movimentações dos
agricultores familiares que resolveram encontrar representação própria no
cooperativismo brasileiro, identificado pela parcela da população menos
capitalizada, informada e politicamente mais frágil do campo e das cidades. Sindicalmente
está ligado ao sistema CONTAG-FETTAGRI-STTR.
O MDA – Ministério do
Desenvolvimento Agrário e o INCRA, nas áreas sobre seu domínio, dão o apoio e
suporte direto a nível do governo federal. A UNICAFES, a partir de janeiro de 2014, uniu-se
a UNISOL e CONCRAB e criaram a UNICOPAS, ampliando o leque de representação das
populações do campo e das cidades. As cooperativas associadas a UNICAFES
Nacional do Amazonas, após início onde ajudaram agricultores a acessar o
crédito rural e a mercados, estão fragilizadas em sua maioria, por questões de
natureza administrativas e gerenciais. O Amazonas está a caminho de instalação
do Escritório Estadual e para isso trabalha comissão formada no Seminário
Estadual, que aconteceu dias 20 e 21 de novembro de 2014, em Manaus, que contou
com a presença do Presidente da UNICAFES Nacional, o paranaense Ademir
Possamai.
Na Mesa Redonda que marcou o
encerramento falaram Arivan Reis, Delegado da SFDA,representantes da EMBRAPA,
MAPA e feito agradecimentos ao apoio da SEMPAB e IDAM.
Durante o encerramento aconteceu
o lançamento do livro plantas alimentícias não convencionais no
Brasil, de Valdely Ferreira Kinnup e Harry Lorenzi.
EFC / 29.03.2015
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