terça-feira, 26 de abril de 2016

PISCICULTURA: Potencial difícil de se tornar REALIDADE. Qual a razão?

Hoje, na Assembleia Legislativa, em comemoração ao DIA DA AQUICULTURA, o secretário executivo de Pesca e Aquicultura do Amazonas, Geraldo Bernardino, voltou a ratificar o potencial amazônica para a piscicultura, pesca extrativa e manejo, assim como voltou a falar que o custo da ração equivale a 70% da atividade. Mais uma vez destacou as vantagens dos criadores localizados em regiões que produzem MILHO e SOJA, diferente do Amazonas que não tem SOJA, e a produção de MILHO é insignificante. Também disse que a piscicultura só é viável com RECURSO, TECNOLOGIA e ASSISTÊNCIA TÉCNICA. Geraldo tem razão em tudo que disse, mas não podemos negar que esses "entraves" são velhos conhecidos do setor. Sempre tenho dito que os governos (os últimos três) não estão sabendo aproveitar o conhecimento técnico do Geraldão (como ele é chamado na intimidade) para tornar esse "potencial" em realidade.  Geraldão é técnico, e não mágico. É impossível obter avanços expressivos com o tamanho do corpo técnico de sua secretaria. Aliás, PESCA e AQUICULTURA deveria ser uma SECRETARIA DE ESTADO. O deputado estadual Belarmino Lins, que presidia a solenidade, usou a expressão "INCONFORMISMO" ao mencionar a importação de pescado de Rondônia. Sei que as demandas do setor de pesca extrativa, piscicultura e manejo são inúmeras, mas relembro as seguintes:

a) Que o Terminal Pesqueiro de Manaus funcione e que tenha estrutura mínima para obter o SIM, SIE e SIF para usar no beneficiamento de pescado voltado às COMPRAS PÚBLICAS;

b) Que o PISCICULTOR possa comprar MILHO do estoque público do Governo Federal (leilões e Vendas em Balcão). A norma foi recentemente alterada e a PISCICULTURA continua excluída. A culpa é da estado que não defende a ideia com uma proposta formal e fundamentada, dos grupos formais que estão desarticulados e da bancada federal que nem conhece nem se interessa pelo setor primário do Amazonas;

c) Que o Sistema SEPROR atenda o pleito formal da FAEA e tente identificar áreas no estado para reduzir a nossa dependência na importação de MILHO. Semana passada, o estado de Santa Catarina criou um programa para incentivar o cultivo de milho no estado;

d) Parar de fazer evento para identificar POTENCIALIDADES e DESAFIOS, o que falta é transformar as PALAVRAS em AÇÃO. O que mais tem no CONEPA (Conselho Estadual de Pesca e Aquicultura) são ATAS registrando TODOS os problemas da PESCA e AQUICULTURA no Amazonas;

e) Que o FRIGORIFICO DA BETÂNIA, que é do IDAM, independente pra quem esteja cedido, possa beneficiar o pescado adquirido pelo PREME, PAA, PNAE e COMPRA INSTITUCIONAL sem custo ao pescador/criado e manejador que tenha a DAP; 

O encontro de hoje foi idealizado pelo Deputado Estadual Dermilson Chagas que, em seu pronunciamento, defendeu a criação de uma FUNDAÇÃO voltada ao setor primário do Amazonas. Confesso que não tenho opinião formada sobre o que avançaríamos com a criação de uma "FUNDAÇÃO", nem detalhes da ideia do deputado, mas é bom avaliar. Lembro, apenas, que em Envira, nas gestões do Luiz Castro e Romulo, tivemos a FUNDEPROR com resultados positivos. 

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