* Nosso estado precisa adotar o mesmo procedimento de Rondônia, pois o cacau também é um potencial econômico capaz de gerar, sustentalvelmente, emprego e renda no interior. Conheço e acompanho a luta dos meus colegas técnicos da CEPLAC/AM para alavancar a produção no Amazonas, mas eles são poucos, e contam com reduzido apoio dos municípios. Em breve, espero, o cacau extrativo estará incluído na PGPM da sociobiodiversidade. Será um grande avanço, que conta com o apoio e sensibilidade do governo federal.
A Comissão Executiva do Plano da Lavoura
Cacaueira-CEPLAC, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
através da Superintendência de Desenvolvimento da Região Cacaueira do Estado de
Rondônia-SUERO, esteve presente na manhã de terça-feira (7) na Assembléia
Legislativa de Rondônia para participar da audiência pública proposta pelo
deputado Ribamar Araújo (PT) para delineamento e análise fatorial que afetam a
consolidação da cacauicultura no polo cacaueiro Rondônia. Na abertura, o proponente da audiência,
deputado Ribamar Araújo (PT) enfatizou “ é o momento de dar voz às diversas
pessoas envolvidas, desde as autoridades até os colonos de se pronunciarem para
elaboração de um documento para o fortalecimento da cacauicultura estadual e
encaminhar ao governo federal para que a atividade seja consolidada no
estado”.
Em sua fala o superintendente da CEPLAC, Wilson
Destro (foto / direita), fez uma explanação que retrata fatorialmente as
limitações para a expansão e consistência da atividade cacaueira em Rondônia,
fazendo um relato sintético desde o período da década de 70, onde o crédito era
subsidiado para o plantio com o apoio do governo federal e o preço do cacau era
compensador. A decadência, em se tratando da expansão da lavoura, iniciou-se na
década de 80 com a circunstância crítica em controlar a vassoura-de-bruxa e a
privação de mão de obra. “ Hoje há comprovação da viabilidade econômica para o
cultivo do cacaueiro, o mercado está em expansão com o aumento de consumo e
exportação. A lavoura cacaueira contribui para a redução do impacto ecológico.
Plantar cacau é cultivar floresta. Rondônia hoje é o terceiro produtor,
representando 6,51 da produção do Brasil”, destacou.
Carlos Magno (foto), deputado federal (PP) e
integrante da Comissão de Agricultura na Câmara Federal, em sua fala, enfatizou
que teve oportunidade de discutir a questão CEPLAC, sobre consórcios
agroflorestais com cacau como alternativa para o reflorestamento, não só para
Rondônia mas em todo o Brasil onde o órgão atua. “A CEPLAC precisa dos estados
da Bahia, Pará, Rondônia e outros. Precisamos rediscuti-la como órgão federal,
porque precisa de recursos para desenvolver suas atividades de forma geral”.
Citou ainda que o cacau é um produto fácil de agregar valor, é muito consumido,
mas é uma área que está no esquecimento no Congresso. É necessário mais recursos
para o produtor. Este alerta precisa ser estendido em todas as eferas:
municipal, estadual e federal”, afirmou.
O debate em audiência retratou de forma
coerente o início, o passado e o presente da cacauicultura rondoniense. Muitas
foram as sugestões para a solidificação do agronegócio cacau. Para o deputado
Luis Cláudio (PTN) “ a tradição é um tema que precisa ser discutido. Os
assentamentos com agroindústria poderia dar certo porque vai agregar valor.
Minha sugestão é isentar o imposto para o cacau, transferindo o recurso para o
produtor rural que é quem está sendo mal remunerado. Precisam ser discutidas
propostas para realmente motivar os produtores. É preciso capacitálos, senão vai
ser difícil aumentar o índice de produção. Como presidente da Comissão de
Agricultura na Assembléia, me coloco à disposição”, ressaltou. Para o Secretário
de Agricultura, Anselmo de Jesus, torna-se necessário recuperar as matas
ciliares no estado porque sem água não tem como produzir e a cultura do cacau é
uma das alternativas para essa recuperação. Jorge Wesley Ferreira, representante
da Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA , ressaltou: “ temos
que focar na experiência da produção de massa de cacau de Buritis, para agregar
valores. Chegar essa experiência no mercado de produção para que possamos vender
essa massa de cacau em Gramado, no Rio Grande do Sul. É viável e pode se tornar
um sucesso e tem apoio do MDA.” O representante do Ministério da Agricultura em
Rondônia, Sebastião Ferreira de Farias, falou dos ganhos do cacau para o meio
ambiente e para a economia dos produtores. “investir em tecnologia, na
qualificação da produção, vai garantir aumento da produtividade e dos
ganhos”.
Participaram da audiência representantes de
associações, produtores rurais, representantes dos órgão do governo federal e
estadual, deputados federais e estaduais entre outros. Todos teceram
comentários favoráveis a consolidação e expansão da cacauicultura para o
fortalecimento da agricultura familiar no estado.
Para Wilson Destro, o debate, em todo o seu
desenvolvimento, mostrou a credibilidade técnica, social e política da CEPLAC no
estado. Todas as sugestões expostas na audiência, de uma forma ou de outra
expressada, estão inseridas no Plano de Gestão Estratégica desenvolvido pela
Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. “Este saldo, altamente
positivo, intensificará um maior compartilhamento entre os governos municipal,
estadual e federal em prol da cacauicultura, como também para uma iteração e
robustecimento relevante para o órgão, intensificando ainda mais, melhorias para
a família rural”, finalizou Destro.
Superintendência da Ceplac no estado de
Rondônia
Núcleo de Comunicação
Everaldo Soares Nascimento
Assessoria de
Comunicação da Ceplac quinta-feira, 09/08/2012
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