terça-feira, 14 de agosto de 2012

CEPLAC participa do debate em audiência pública da atividade cacaueira em Rondônia

* Nosso estado precisa adotar o mesmo procedimento de Rondônia, pois o cacau também é um potencial econômico capaz de gerar, sustentalvelmente, emprego e renda no interior. Conheço e acompanho a luta dos meus colegas técnicos da CEPLAC/AM para alavancar a produção no Amazonas, mas eles são poucos, e contam com reduzido apoio dos municípios. Em breve, espero, o cacau extrativo estará incluído na PGPM da sociobiodiversidade. Será um grande avanço, que conta com o apoio e sensibilidade do governo federal.
 
Eis a matéria:

A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira-CEPLAC, órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Superintendência de Desenvolvimento da Região Cacaueira do Estado de Rondônia-SUERO, esteve presente na manhã de terça-feira (7) na Assembléia Legislativa de Rondônia para participar da audiência pública proposta pelo deputado Ribamar Araújo (PT) para delineamento e análise fatorial que afetam a consolidação da cacauicultura no polo cacaueiro Rondônia. Na abertura, o proponente da audiência, deputado Ribamar Araújo (PT) enfatizou “ é o momento de dar voz às diversas pessoas envolvidas, desde as autoridades até os colonos de se pronunciarem para elaboração de um documento para o fortalecimento da cacauicultura estadual e encaminhar ao governo federal para que a atividade seja consolidada no estado”.
Em sua fala o superintendente da CEPLAC, Wilson Destro (foto / direita), fez uma explanação que retrata fatorialmente as limitações para a expansão e consistência da atividade cacaueira em Rondônia, fazendo um relato sintético desde o período da década de 70, onde o crédito era subsidiado para o plantio com o apoio do governo federal e o preço do cacau era compensador. A decadência, em se tratando da expansão da lavoura, iniciou-se na década de 80 com a circunstância crítica em controlar a vassoura-de-bruxa e a privação de mão de obra. “ Hoje há comprovação da viabilidade econômica para o cultivo do cacaueiro, o mercado está em expansão com o aumento de consumo e exportação. A lavoura cacaueira contribui para a redução do impacto ecológico. Plantar cacau é cultivar floresta. Rondônia hoje é o terceiro produtor, representando 6,51 da produção do Brasil”, destacou.
Carlos Magno (foto), deputado federal (PP) e integrante da Comissão de Agricultura na Câmara Federal, em sua fala, enfatizou que teve oportunidade de discutir a questão CEPLAC, sobre consórcios agroflorestais com cacau como alternativa para o reflorestamento, não só para Rondônia mas em todo o Brasil onde o órgão atua. “A CEPLAC precisa dos estados da Bahia, Pará, Rondônia e outros. Precisamos rediscuti-la como órgão federal, porque precisa de recursos para desenvolver suas atividades de forma geral”. Citou ainda que o cacau é um produto fácil de agregar valor, é muito consumido, mas é uma área que está no esquecimento no Congresso. É necessário mais recursos para o produtor. Este alerta precisa ser estendido em todas as eferas: municipal, estadual e federal”, afirmou.
O debate em audiência retratou de forma coerente o início, o passado e o presente da cacauicultura rondoniense. Muitas foram as sugestões para a solidificação do agronegócio cacau. Para o deputado Luis Cláudio (PTN) “ a tradição é um tema que precisa ser discutido. Os assentamentos com agroindústria poderia dar certo porque vai agregar valor. Minha sugestão é isentar o imposto para o cacau, transferindo o recurso para o produtor rural que é quem está sendo mal remunerado. Precisam ser discutidas propostas para realmente motivar os produtores. É preciso capacitálos, senão vai ser difícil aumentar o índice de produção. Como presidente da Comissão de Agricultura na Assembléia, me coloco à disposição”, ressaltou. Para o Secretário de Agricultura, Anselmo de Jesus, torna-se necessário recuperar as matas ciliares no estado porque sem água não tem como produzir e a cultura do cacau é uma das alternativas para essa recuperação. Jorge Wesley Ferreira, representante da Delegacia do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA , ressaltou: “ temos que focar na experiência da produção de massa de cacau de Buritis, para agregar valores. Chegar essa experiência no mercado de produção para que possamos vender essa massa de cacau em Gramado, no Rio Grande do Sul. É viável e pode se tornar um sucesso e tem apoio do MDA.” O representante do Ministério da Agricultura em Rondônia, Sebastião Ferreira de Farias, falou dos ganhos do cacau para o meio ambiente e para a economia dos produtores. “investir em tecnologia, na qualificação da produção, vai garantir aumento da produtividade e dos ganhos”.
Participaram da audiência representantes de associações, produtores rurais, representantes dos órgão do governo federal e estadual, deputados federais e estaduais entre outros. Todos teceram comentários favoráveis a consolidação e expansão da cacauicultura para o fortalecimento da agricultura familiar no estado.
Para Wilson Destro, o debate, em todo o seu desenvolvimento, mostrou a credibilidade técnica, social e política da CEPLAC no estado. Todas as sugestões expostas na audiência, de uma forma ou de outra expressada, estão inseridas no Plano de Gestão Estratégica desenvolvido pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. “Este saldo, altamente positivo, intensificará um maior compartilhamento entre os governos municipal, estadual e federal em prol da cacauicultura, como também para uma iteração e robustecimento relevante para o órgão, intensificando ainda mais, melhorias para a família rural”, finalizou Destro.
Superintendência da Ceplac no estado de Rondônia
Núcleo de Comunicação
Everaldo Soares Nascimento
Assessoria de Comunicação da Ceplac
quinta-feira, 09/08/2012

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