segunda-feira, 3 de junho de 2013

Municípios atingidos pela cheia no Amazonas pedem crédito especial

      
A Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) solicitou do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) uma linha especial de crédito para atender agricultores, comerciantes, prestadores de serviços e setores da indústria prejudicados pelas cheias no Norte do país. Os recursos, segundo o Secretário da pasta, Eron Bezerra, serão destinados aos municípios que decretaram situação de emergência.
Em 2012, em uma iniciativa pioneira, o Secretário de Produção Rural, Eron Bezerra, conseguiu do Ministério da Integração Nacional (MIN), por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), um aporte financeiro de R$350 milhões para a região Norte, dos quais R$200 milhões foram destinados ao Amazonas. Os recursos, segundo o Secretário, foram utilizados para amenizar as perdas no setor primário e recuperar o potencial produtivo do Estado.
Eron explica que a linha de crédito especial conquistada em 2012, era destinada apenas aos agricultores do Nordeste que sofrem com a seca. “A linha de crédito sempre existiu, mas era destinada apenas aos municípios atingidos pela seca. Ano passado foi à primeira vez que os recursos foram destinados aos estados do Norte. Este ano estamos trabalhando para obtermos os mesmos recursos e aguardamos a liberação para atender as famílias de produtores rurais atingidos pela cheia no Estado”, ressalta.
Prejuízos - De acordo com dados do MIN e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), 15 municípios já decretaram situação de emergência no Amazonas por conta da cheia. São eles: Amaturá, Anori, Benjamin Constant, Canutama, Carauari, Caapiranga, Eirunepé, Fonte Boa, Ipixuna, Itamarati, Juruá, Jutaí, Santo Antônio do Içá, São Paulo de OIivença e Tonantins, sendo que Caapiranga está reconhecido como situação de enxurradas e não de inundações como os demais.
Mais de 648 famílias de agricultores rurais no Amazonas tiveram perdas em suas produções. Os prejuízos somam mais de R$ 1 milhão 930 mil reais. Segundo dados dos escritórios do IDAM no Estado, sete municípios já registram perdas em suas produções, sendo eles: Atalaia do Norte, Bejamin Constant, Envira, Ipixuna, Itamarati, Juruá e Carauari.
Alguns municípios como Atalaia do Norte - que não aparece no relatório do MIN - já está tendo perda em sua produção. Outros que constam no relatório do Ministério em situação de emergência não registraram perda nesse setor, como Jutaí e Santo Antônio do Içá.
De acordo com levantamento da Sepror, 34 atividades estão entre as mais afetadas, destacando-se a pecuária, o cultivo de hortaliças, frutas e grãos. Os produtos perdidos vão desde macaxeira, mandioca, mamão, melancia, milho, banana, hortaliças, pepino, cheiro verde, feijão, batata, maxixe, abóbora, suínos, ovinos, bovinos, aves e outros.
Números - O número de agricultores rurais no Amazonas chega a 276 mil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os recursos do crédito especial destinados para os municípios atingidos pela cheia, em 2012, beneficiaram mais de 23 mil famílias de 53 municípios no Estado, alcançando mais de 115 mil pessoas.
Famílias de produtores rurais atingidas pela cheia - Envira: 217 famílias; Juruá: 138 famílias; Benjamin Constant: 130 famílias; Atalaia do Norte: 85 famílias; Ipixuna: 53 famílias; Itamarati: 23 famílias; Carauari: 2 famílias.
Fonte: Sepror

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