sábado, 1 de junho de 2013

Produtores do Oeste da Bahia doam 400 toneladas de grãos para pequenos criadores prejudicados pela seca

Sirli Freitas
Em estado que existe produção de milho essa ação generosa pode ocorrer. E no
Amazonas, que não tem produção, e nem é prioridade, os criadores pagam
altos preços no milho importado ou ficam na dependência de programas públicos
que nem sempre podem ser operacionalizados por falta de estoque em nível
nacional. Doação, no AM, nem se fala. A EMBRAPA já tem estudo publicado
mostrando a viabilidade da produção de feijão, milho e arroz na várzea, mas
sequer o assunto é discutido. A prioridade é outra, infelizmente. Soube que
FAEA encaminhou pleito ao estado solicitando prioridade na produção de milho
no AMAZONAS 
Foto: Sirli Freitas / Agencia RBS
Milho foi doado para criadores do Semiárido da Bahia
Cerca de 400 toneladas de milho, feno e caroço de algodão foram enviadas nesta semana a 15 municípios do semiárido baiano, região castigada pela pior seca da história. Outros carregamentos serão enviados na próxima semana. O vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Celestino Zanela, disse que, mesmo com a seca e o ataque da lagarta Helicoverpa armigera, que causou a perda, em média, de 20% da produção de milho, soja e algodão, os produtores do oeste entenderam que ainda têm o que doar.
 
– Exercitando a solidariedade, os produtores estenderam, mais uma vez, as mãos para os pequenos criadores do semiárido, abraçando pelo segundo ano a campanha SOS Seca – afirmou Zanela. A campanha é promovida pela Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), Aiba e Associação de Produtores de Algodão da Bahia (Apaba).
Para o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, uma ação como esta não tem preço.
– Esta doação vai atender a milhares de pequenos criadores, os mais carentes, que não têm condições nem mesmo para comprar o milho subsidiado da Conab.
De acordo com ele, os 15 municípios que vão receber a doação foram selecionados por meio de critérios que consideraram a gravidade dos efeitos da seca e a bacia leiteira, e também alguns que se destacam pelo rebanho de caprinos e ovinos, como Uauá e Jussara.
Salles declarou ainda que a participação dos produtores do oeste mostra a solidariedade do agricultor empresarial para com o agricultor familiar, mesmo num ano difícil por causa da seca e da praga que atacou as lavouras de milho, soja e algodão.
– É a prova de que a agropecuária baiana é uma só.
No ano passado, os produtores do oeste se mobilizaram para participar da campanha SOS Seca, arrecadando mil toneladas de milho, farelo de soja e caroço de algodão. Por essa participação, a Secretaria da Agricultura entregou a cada um deles um prato que representa a responsabilidade social.
– A campanha do ano passado foi excelente, mas pensamos em ultrapassar este ano a marca de mil toneladas – destacou Zanela.
As 400 toneladas que estão sendo doadas serão levadas aos municípios de Uauá, Conceição do Coité, Baixa Grande, Iaçu, Jeremoabo, Jussara, Maracás, Miguel Calmon, Senhor do Bonfim, Tapiramutá, Uibaí, Capela de Alto Alegre, Ipirá, Riachão do Jacuípe e Ruy Barbosa.
As doações de grãos e subprodutos vão ajudar a evitar a morte de animais dos pequenos criadores que estão sofrendo com a seca no semiárido baiano.

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