sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Governo define preço mínimo para a laranja


 
Divulgação/Canal Rural
Foto: Divulgação/Canal Rural
Em breve, Ministério da Agricultura deverá iniciar leilões de apoio à comercialização
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na quinta, dia 31, o preço mínimo de R$ 10,10 por caixa com 40,8 quilos de laranja para a safra 2013/2014. A decisão era muito esperada por toda a cadeia produtiva, que passa por uma crise desde o ano passado. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deverá iniciar em breve leilões de apoio à comercialização da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), visando a contribuir para o crescimento do mercado interno de laranja e suco de laranja. Além disso, haverá a possibilidade de contratar operações de Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP).

O preço mínimo da laranja foi estabelecido pela primeira vez em 2012 e vigorou até o dia 28 de março de 2013, como parte de um conjunto de medidas adotadas pelo governo federal para dar suporte ao setor citrícola, que envolveram renegociação de dívidas, financiamento para estocagem de suco de laranja, além dos leilões de PEP e Pepro.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, diante da conjuntura atual de mercado, com baixos preços pagos ao produtor e estoques elevados de suco de laranja, adotar o preço mínimo também para esta safra é uma medida para garantir renda ao citricultor.

– A expectativa é de que haverá mercado para toda esta safra de laranja, chegando ao final do ano com estoques mais baixos, o que deverá ajustar os preços para cima na safra seguinte – ressaltou Neri Geller.

A fixação do preço mínimo de referência é uma reivindicação dos citricultores, levada aos ministérios da Fazenda e da Agricultura e Pecuária pelo deputado federal do PMDB de São Paulo Edinho Araújo.

O valor fixado está acima do praticado no mercado. Hoje, os produtores que estão conseguindo vender a safra não conseguem mais que R$ 7,00 pela caixa de 40,8 Kg. Segundo a Associtrus, a fruta precoce da variedade hamlin corre o risco de se perder nos pomares.

Ao ser informado da decisão, Edinho Araújo pediu aos representantes dos ministérios que analisem um outro pedido dos produtores, a retomada com urgência dos leilões de fruta in natura realizados pela Conab.

Araújo defende a redução de impostos sobre o setor de suco e considera que os problemas recorrentes na venda interna da laranja desestimulam os produtores.

– Não é possível viver nessa incerteza. Muitos produtores estão desistindo da atividade diante do atual quadro. É preciso que o governo tome medidas que tragam tranquilidade a esse importante setor da economia de São Paulo e do Brasil – disse o deputado.

Por meio de ofício, o deputado cobrou ainda a securitização das dívidas acumuladas pelo setor de produção nas últimas safras, e o anúncio de medidas de médio e longo prazos, que garantam a sobrevivência da citricultura, que é base da economia de vários municípios do interior de São Paulo.

Estoques

Segundo a CitrusBr, os estoques globais de suco de laranja concentrado e congelado brasileiro, em 30 de junho de 2013, eram de 766 mil toneladas, equivalente a 35 semanas de consumo; para 30 de junho de 2014 espera-se um volume de 476,6 mil toneladas, equivalente a 22 semanas de consumo no mercado mundial

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