quarta-feira, 9 de abril de 2014

Banco da Amazônia anuncia R$ 1,2 bilhão no Amazonas. Cadê as agências no interior?

Reconheço a importância e o serviço prestado pelo Banco da Amazônia, entretanto, não dar ênfase na dificuldade de operar seus instrumentos de crédito em nosso estado dificulta, sobremaneira, a solução desse entrave de décadas e, consequentemente, de melhorar a vida do trabalhador rural. Dizer no folder (abaixo) que atende 100% do estado é brincar com a realidade e com as distâncias continentais do Amazonas. Com 11 agências e poucos funcionários dizer que atende 100% do estado não é verdade. Temos 62 municípios. E tem mais: o próprio folder do BASA diz que "Aguardamos você na agência". Será que é tarefa fácil para o produtor rural chegar nessas 11 AGÊNCIAS. Volto a afirmar, que os atendimentos ITINERANTES não resolvem o problema. É só analisar os números do PRONAF e da "AGRICULTORA EMPRESARIAL" no Amazonas. 


Vazio bancário no Amazonas


O Banco da Amazônia disponibilizou R$ 1,2 bilhão para investir no Amazonas ao longo de 2014. Desse montante, já foram aplicados R$ 250 milhões no primeiro trimestre e R$ 680 milhões já estão “em carteira”, ou seja, na forma de projetos encaminhados. A garantia é do superintendente regional do banco, Donizete Borges, que ganhou espaço e tempo para falar aos deputados na manhã desta terça-feira (8), por indicação do deputado Adjuto Afonso (PP).
Donizete Borges agradeceu o espaço concedido pela Assembleia e apresentou o balanço das ações realizadas em 2013, quando o banco aplicou R$ 1,048 bilhão. Segundo o superintendente, os números de financiamentos cresceram no Estado, nos últimos cinco anos, alcançando os 62 municípios. Em 2009, foram aplicados R$ 353 milhões; em 2010, cerca de R$ 536 milhões; 2011, R$ 481 milhões; em 2012, R$ 670 milhões, no ano passado ultrapassou R$ 1 bilhão.
Para Borges, o importante não é a quantia financiada, mas a distribuição feita nos mais variados segmentos da economia local, atendendo desde o comércio, turismo, cultura, empreendedor individual, a indústria, a biodiversidade, atividade agropecuária, piscicultura, além de outras áreas exploradas no Estado. Os atendimentos são feitos por meios das agências de Manaus (3), Boca do Acre (1), Coari (1), Carauari (1), Humaitá (1), Itacoatiara (1), Manacapuru (1), Maués (1) e Parintins (1).


Na opinião do superintendente, os investimentos poderiam ser maiores, mas há desafios a vencer, entre os quais, questões ambientais, regularização fundiária, assistência e capacitação técnica, mudas certificadas, escoamento da produção, organização dos produtores, entre outros.
Adjuto Afonso (PP) destacou as ações implementadas pelo Basa no Amazonas com relação à aplicação de recursos tanto na capital, como no interior do Estado. “Já sabemos quanto o banco aplicou em 2013 e em quais segmentos, mas precisamos saber o que tem priorizado para 2014”, disse o deputado, ressaltando a importância de que seja dada uma atenção especial ao pequeno empreendedor, visando criar oportunidades na geração de emprego e renda.
Os deputados Luiz Castro (PPS) e Sidney Leite (Pros) aproveitaram para fazer alguns questionamentos, inclusive no que diz respeito às dificuldades que os pequenos empreendedores enfrentam para adquirir linhas de crédito. Ambos reconheceram que o atendimento feito pelo Banco da Amazônia ao setor primário melhorou nos últimos anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário