Quem acompanha este blog sabe que, insistentemente, tenho cobrado maior aproximação da bancada federal em defesa dos pleitos do nosso setor primário junto ao estado e governo federal. Também quem me acompanha nessa caminhada rural sabe que iniciei a defesa pela inclusão do pirarucu de manejo na PGPMBio. Pra quem ainda não sabe, PGPMBio é a Política de Garantia de Preços Mínimos da Sociobiodiversidade, instrumento federal de apoio à comercialização que já contempla a nossa borracha, castanha, açaí, piaçava, andiroba, cacau (nossa luta também, mas já vitoriosa). Por meio de uma subvenção federal, a Conab remunera o extrativista e/ou grupo formal quando a negociação acontece a preços inferiores ao mínimo fixado pelo governo federal. Quem acompanha o setor pesqueiro do AM sabe que o manejador do pirarucu não recebe remuneração justa pela produção. Recebe aproximadamente R$ 3,00 kg quando o custo de produção já levantado por técnicos da Conab ultrapassa R$ 7,00 kg (parece que agora tá em R$ 7,33 kg). Contudo, a Conab não pode pagar a subvenção federal ao manejador do pirarucu (que é extrativismo animal) porque ainda não faz parte da PGPMBio. Depois de pareceres conflitantes no âmbito federal, alguns favoráveis, outros não, ficou definido que existe a necessidade de mudar a legislação para que o nosso pirarucu de manejo (atividade autorizada pelo IBAMA) faça parte da PGPMBio. Então, nesta postagem, venho agradecer a todos os amigos e parceiros que estão nessa foto, em especial à deputada federal Conceição Sampaio, que já neste mês de fevereiro vai apresentar proposta no Congresso alterando a legislação que vai beneficiar o pescador/manejador de pirarucu. Sem dúvida, será uma grande e sustentável conquista ao pescador artesanal envolvido na atividade do pirarucu. Espero que o Congresso não negue, e que os demais parlamentares da nossa bancada federal engrossem a defesa dessa justa mudança na legislação. No âmbito estadual, esse pleito tem contado com o apoio dos deputados estaduais Luiz Castro, Adjuto Afonso (desde a legislatura passada) e do Dermilson Chagas. Entidades como a FAEA, OCB, CNS, SEPROR e FETAGRI também, há anos, defendem essa inclusão. Minha esperança é que na safra de pescado do pirarucu deste ano (2017) a PGPMBio já esteja disponível aos manejadores do pirarucu. |
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