segunda-feira, 8 de maio de 2017

FIBRAS, SERINGUEIRA e GRÃOS não entraram em pauta no encontro entre SEPROR e EMBRAPA

Há décadas, a Embrapa tem tecnologia e se coloca a disposição do estado, mas já aprendi com vários pesquisadores da Embrapa que sem um IDAM forte no interior a tecnologia ficará restrita a poucos e aos arquivos da AM-010 (sede da Embrapa).  Em síntese, sem um IDAM estruturado nas pontas certamente foi mais uma reunião que não terá avanços expressivos. Outra coisa, deixar de fora as cadeias da BORRACHA (cultivo, com todo o conhecimento do Everton Rabelo Cordeiro) e as FIBRAS (Edson Barcelos comprou recentemente essa briga, mas sem apoio não evolui...) é um erro grave de estratégia para um estado que precisa se livrar da dependência econômica do PIM. Também não vi qualquer citação ao aproveitamento do conhecimento da Embrapa na produção de grãos, principalmente o MILHO, outro grande equívoco, pois sem milho o custo da ração não baixa e a piscicultura para os pequenos e médios fica inviável (aprendi com o Geraldo). 
Não sou contra as cadeias contempladas nesse encontro, mas temos estratégias mais simples e eficazes, pois o Sistema SEPROR não tem estrutura para "atirar pra todos os lados", tem que focar. Hoje, infelizmente, não temos uma cadeia produtiva que podemos considerar de total sucesso no AM, de exemplo ao Brasil.
Com relação ao mamão e macaxeira informo que os produtores do interior de Manacapuru estão sem mercado no atual momento, e os que conseguem vender estão recebendo tão somente R$ 0,30 kg no mamão, e R$ 10 na saca de 60 kg de macaxeira. Idem com o preço da banana...só pra lembrar que isso está acontecendo hoje....

Também não vi qualquer citação ao ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático)

Em junho de 2015, também aconteceu encontro semelhante. O secretário era o deputado Sidney Leite. No mesmo auditório.  E aí? Já estamos livres do Polo Industrial?
Não sou contra esses encontros, mas o que evoluiu? A Mirza, e outros pesquisadores, já disseram e mostraram o caminho para que as tecnologias da Embrapa cheguem na ponta com maior facilidade e agilidade, mas a "Compensa" não ouve, não liga, só lança PLANOS e NOVA MATRIZ, deixando o IDAM com as pernas curtas e atendendo TUDO e TODOS.
Pelo visto, o encontro com o Casara foi no mesmo local do Sidney. Sugestão: Levem essas fotos ao governador pra mostrar que sem apoio vamos ficar tão somente nas reuniões, reuniões, reuniões etc....Foi assim com o Eron, Bolacha, Sidney, Casara e com quem vier a ocupar a SEPROR. Sem estrutura, os avanços serão pontuais e inexpressivos principalmente quando os comandantes da SEPROR insistem em abranger dezenas de cadeias deixando as mais simples e com enorme potencial de fora.

Ações para trabalho conjunto entre a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror-AM) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) visando  fortalecer as atividades agropecuárias no estado do Amazonas foram estabelecidas em reunião, realizada nesta semana, na Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus. Foram definidas algumas cadeias produtivas como prioritárias, além de ações em conjunto que serão articuladas por meio de projetos envolvendo a Embrapa e órgãos do sistema Sepror.
Com base nas sugestões discutidas pelos gestores da Sepror e da Embrapa Amazônia Ocidental, serão articuladas ações em projetos prioritariamente para as cadeias produtivas de citros, açaí, abacaxi,  mamão, banana, castanha-do-Brasil, mandioca e piscicultura e também uma rede de viveiros municipais. Também serão encaminhadas ações conjuntas em projetos voltados para reposição florestal.


Dentre as ações a serem encaminhadas, está a implantação de viveiros para produção de mudas de frutíferas e espécies florestais em 10 municípios do interior do Estado. Segundo o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Idam, Luiz do Herval Filho, está sendo encaminhado processo licitatório com essa finalidade. Serão 10 viveiros pequenos com capacidade para até 50 mil mudas. O Estado entra com apoio na infraestrutura e a Embrapa participa disponibilizando materiais genéticos desenvolvidos pela pesquisa para serem multiplicados, além de oferecer capacitações sobre essas tecnologias. Esses materiais genéticos apresentam boa produtividade e resistência a doenças.  Serão selecionados produtores com interesse em conduzir os viveiros nos municípios. “Temos que nos unir ao conhecimento científico da Embrapa, com o esforço do governo do Estado e a  participação do produtor e fazer com que essas tecnologias cheguem ao produtor rural do interior do estado”, destacou Herval. Inicialmente os viveiros serão voltados para produção de mudas de açaí, mas também se pretende envolver várias culturas de interesse e que contam com tecnologias disponíveis, como banana, cupuaçu, entre outros.
Também serão encaminhadas providências para elaboração de projetos para ampliar a capacitação dos técnicos de extensão rural e produtores em vários temas. Dentre outras ações encaminhadas, a Embrapa vai entregar para a Sepror distribuir aos 66 escritórios do Amazonas, 70 kits cada um com 64 publicações técnicas elaboradas por pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental. Outro encaminhamento dado, entre os gestores, será a elaboração de proposta e busca de recursos para reconstrução e ativação do centro de treinamento conhecido como Centrer,  para que sirva como infraestrutura de apoio para capacitações de técnicos e produtores em interação com Embrapa e órgãos do Sistema Sepror. O espaço do antigo Centrer pertence ao Governo do Estado e fica localizado  na rodovia AM-010 em frente à sede da Embrapa Amazônia Ocidental.
Na reunião, o secretário da Sepror, Hamilton Casara, apresentou a nova composição das diretorias e dos órgãos vinculados à Secretaria e alguns direcionamentos que pretende dar à gestão do sistema. Um desses direcionamentos, segundo Casara, é definir com clareza os papéis dos órgãos que formam o sistema Sepror, reforçando o papel da Secretaria como formuladora de políticas, no planejamento dos processos e, por outro lado, ampliando a atuação dos órgãos executivos como o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Idam), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS), e Secretaria Executiva de Pesca e Aquicultura (Sepa). Um dos direcionamentos da atual gestão, segundo Casara, será estreitar a parceria com as instituições de pesquisa, ciência e tecnologia. “Precisamos do apoio da Embrapa para implementar tecnologias sustentáveis no interior do Amazonas”, disse Casara.
Para o chefe-geral da Embrapa Amazônia Ocidental, Luiz Marcelo Brum Rossi, a reunião foi bastante positiva com a sinalização de trabalhos em conjunto e encaminhamentos práticos para elaboração de projetos. “Definimos prioridades que convergem com o que pensamos para atender demandas do Estado para o setor primário. É uma nova expectativa de trabalho unificado entre Sepror e Embrapa”, disse Rossi.
A reunião entre gestores da Embrapa e gestores da Sepror ocorreu na quarta-feira, 3 de maio e foi a primeira com esse formato na atual gestão da Sepror iniciada há cinco meses. Segundo proposta do secretário da Sepror, Hamilton Casara, serão mantidas reuniões mensais entre os gestores das duas instituições para fortalecimento dessa parceria.
O secretário apresentou demandas da Sepror junto à Embrapa, para questões a serem contempladas em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) ou de transferência de tecnologia e foram dados encaminhamentos para elaboração conjunta dos projetos e para buscar recursos para implementação. De acordo com Casara, a Sepror estará empenhada em buscar fontes para captação de recursos, seja por meio de emendas parlamentares, por recursos governamentais e também junto aos fundos estaduais e nacionais. Algumas demandas estão voltadas para viabilizar que as tecnologias, resultantes das pesquisas da Embrapa, possam ser adotadas no interior do Estado, enquanto outras demandas estão relacionadas ao fortalecimento de pesquisas para resolver questões específicas das cadeias produtivas. “A ideia é que se consiga numa conversa institucional estabelecer uma linha de trabalho conjunto que possa atender nossas limitações orçamentárias e também dentro das nossas possibilidades de captação de recursos nos fundos estaduais e nacionais”, explicou Casara.
Participaram da reunião, pelo sistema Sepror: Além do secretário Hamilton Casara, também o diretor-presidente do Idam, Malvino Salvador; o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Idam, Luiz do Herval Filho; a diretora de Assistência Técnica e Extensão Florestal do Idam, Nadiele Pacheco; Geraldo Bernardino, diretor do Centro de Tecnologia, Produção e Conservação de Recursos Pesqueiros;  Tomás Higo, secretário-executivo adjunto de Pesca e Aquicultura (Sepa); e  o secretário executivo adjunto de Políticas Agrícolas e Florestais, Marco Petillo; o diretor da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), José Ramonilson; e Raimundo Gerson, da equipe da Sepror. Pela Embrapa Amazônia Ocidental, além do chefe-geral Luiz Marcelo, participou o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Celso Azevedo, e o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Ricardo Lopes, além dos pesquisadores Edson Barcelos e Luiz Antonio Cruz.

Síglia Souza (Mtb-AM 66) 

Embrapa Amazônia Ocidental 

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)

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