O inaceitável continua, e nenhuma audiência pública na ALEAM está agendada para definir estratégias para resgatar o seringueiro que vive na pobreza e vem recebendo apenas R$ 2,02 kg pela borracha extraída sem uso de agrotóxicos, e que mantém a floresta em pé. Não observo nenhuma ação concreta (sem discursos e ações pontuais q não mudam essa realidade) de artistas, de ONGs, dos estados brasileiros e do mundo em defesa desse público. Abaixo, também com dados disponíveis no site da CONAB, é possível identificar que o PREÇO MINIMO da PGPMBio é de R$ 5,42 kg (equivale a custo de produção, mas não deveria, tem q ser maior, tem q ter um plus ambiental, mas cadê os ambientalistas pra defender essa ideia que já insisto há anos).
O que isso significa?
Quer dizer que o seringueiro tem direito a receber a diferença entre os R$ 2,02 kg e R$ 5,42 kg (tem direito a receber R$ 3,40 kg de subvenção federal). Incomoda saber que já existe uma política que ampara esse pagamento e tem recursos definidos em orçamento. A Conab é a empresa responsável em operar essa política, desde 2009 tem se esforçado, mas tem quadro limitado para cumprir esse objetivo.
É preciso que as PREFEITURAS, ESTADO e ONGs (principalmente as que defendem a floresta em pé) se unam à Conab para ampliar a abrangência dessa política.
Já fiz várias postagens mostrando que isso vem acontecendo não só com a BORRACHA, mas com o CACAU, PIAÇAVA, ANDIROBA, BURITI e até o AÇAÍ.
Voltando a falar da BORRACHA, lembro que tem uma indústria de pneus instalada na AM-010 que vem comprando borracha de cultivo de outros estados, mas compraria do Amazonas se tivesse.
Também lembro que temos na mesma estrada, na AM-10, na EMBRAPA, um pesquisador chamado Everton Rabelo Cordeiro com conhecimento e disposição para ajudar essa cadeia produtiva, mas pouco explorado pelo governo estadual.
Será que a ADS já pagou a subvenção ao seringueiro?
Pra onde foram os R$ 3,1 bilhões do Fundo Amazônia aplicados na região? Esse recurso poderia ajudar para reverter esse quadro.
Temos, segundo o IBGE, 49,2% na pobreza no AM.
O tema "extrativismo" precisa entrar em pauta, e não só no Amazonas, no Brasil, no mundo, afinal de contas a floresta em pé é, ou não, importante ao planeta?
Quando falo entrar em pauta refiro-me a ações concretas, nada de novas reuniões, seminários, congressos, simpósios e por aí vai. Basta resgatar o relatório final de todos esses encontros, já tá tudo registrado o que devemos fazer.
Afinal, melhorar a vida de quem tá nessa floresta é, ou não, prioridade?
Quero saber quando esse assunto vai ser pauta em audiências publicas nas assembleias legislativas dos outros estados da federação, principalmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste?
Esses homens e mulheres que mantém a floresta em pé no Amazonas (97%), cultivam e colhem sem agrotóxicos, portanto, merecem e precisam de união e apoio para sair da pobreza.
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Concordo plenamente com o Tomaz e o parabenizo por compartilhar conosco sua visão realista sobre o assunto.
ResponderExcluirÉ uma vergonha, a procrastinação desses governantes e políticos em geral. Não tem o mínimo compromisso, com o extrativista da nossa região. No entanto, é incrível como lutam para se manterem no poder. Isso, é uma vergonha promíscua.
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