terça-feira, 11 de setembro de 2018

Carlos André apresenta o perfil socioeconômico da piscicultura no Amazonas. Excelente trabalho!

Durante o encontro da Comissão de Aquicultura da FAEA, o Carlos André Silva Lima apresentou dados de sua dissertação de mestrado com o tema a "Caracterização e diagnóstico do perfil socioeconômico da piscicultura no estado do Amazonas". Veja, abaixo,  o resumo dessa dissertação que teve como primeiro  orientador o Jackson Pantoja Lima.
Rico em informações o trabalho do Carlos André. Quando digo que não precisamos de novos Seminários, Congressos, Simpósios é porque sei que já temos dados suficientes para direcionar ações e resolver gargalos da piscicultura no Amazonas.


Por exemplo: O quadro abaixo, item 4.2.8 da dissertação mostra, claramente, que o custo com ração e o acesso ao crédito são os dois maiores gargalos dessa atividade. Portanto, como já disse, não precisamos de NOVOS EVENTOS para discutir o QUE JÁ SABEMOS.
Tá faltando é atitude e ação da "Compensa" em prol do setor primário.

 Quem tiver interesse no material é só acessar o link a seguir
https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/6231



Resumo da Dissertação do Caros André
"O estudo buscou identificar o perfil socioeconômico dos empreendimentos piscícolas do estado do Amazonas através da coleta de dados dos fatores que influenciam a condução da atividade e as perspectivas de desenvolvimento futuro relacionado à escolha de estratégias de produção e uso de tecnologia, levantados nas diferentes mesorregiões do estado onde é praticada. As investigações foram realizadas inicialmente através da coleta de dados secundárias fornecidos pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), que possui registrado e armazenado 1.382 pisciculturas em seu banco de dados. Posteriormente para se traçar o perfil dos piscicultores, foi realizada a seleção de 240 empreendimentos por meio de técnicas de amostragem probabilística estratificada para aplicação de um formulário de entrevista estruturado destinado à obtenção de dados primários. O formulário foi confeccionado com perguntas que abordam entre os temas de interesse para o estudo: a condição sobre a capacidade gerencial, administrativa, habilidade técnica e aptidão profissional dos produtores; a importância e dependência da atividade; o grau de conhecimento técnico na área e os problemas e dificuldades relacionados ao setor piscícola em geral. Na fase final do estudo, foram implementados métodos de análise de investimentos com uso de ensaios probabilísticos (Monte Carlo) para se avaliar o desempenho e performance de viabilidade econômico-financeira, potencial de atratividade e riscos de investimento da atividade piscícola, considerando as características dos empreendimentos, bem como as condições dos fatores de impacto direto mais influentes na sua lucratividade (preços de ração e preço do pescado), levantados de forma independente nas mesorregiões. Os resultados obtidos mostram que a piscicultura é praticada majoritariamente para engorda de tambaqui com finalidade de comercialização, realizada em estruturas de terra firme (viveiros escavados e barragens) em pequenas áreas alagadas e com aplicação de sistema semiintensivo de produção. Observou-se também que a piscicultura vem sendo desenvolvida de forma empírica no estado do Amazonas, com pouco ou nenhum uso de tecnologia e orientação técnica, em um modelo de dedicação secundária com adoção de mão-de-obra familiar para complementação de renda, sem pretensões de investimentos adequados para maximização de seu retorno financeiro. Tais condições, combinadas à situação pessimistas de preços praticados, se refletem no pouco potencial de rendimento econômico da atividade atualmente, tornando outras fontes de investimento mais atrativas. Sugere-se como medidas no sentido de contribuir para solução das dificuldades que podem levar à inviabilidade da atividade: a melhoria da infraestrutura de apoio técnico e capacitação aos produtores; o incentivo à propagação de tecnologias para otimização da eficiência produtiva e agregação de valor ao produto; o fortalecimento de entidades representantes; o apoio à criação de mecanismos de controle, registro e avaliação de preços, além de estratégias para redução do custo de insumos, principalmente a ração, que possuí maior impacto nos custos de produção."

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