terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ensino à distância dispara no campo

Jovens das comunidades rurais utilizam a internet para buscar novos conhecimentos que podem ser aplicados para administrar as propriedades no campo. Com acesso aos cursos à distância, os alunos garantem qualificação e têm acesso às provas e exercícios.
O acesso à internet em comunidades rurais de Santa Catarina tem transformado a realidade de jovens que trabalham no campo. Com uma grade de 17 cursos gratuitos à distância, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) comemora um aumento de 3.610% no número de matrículas de 2010 para 2011. A maior procura é de jovens entre 18 e 30 anos (47,4%). Destes, 55,30% são mulheres.
Os cursos oferecidos são voltados para pessoas que moram ou trabalham na zona rural e se dividem em quatro programas: qualidade de vida, inclusão digital, escola do pensamento agropecuário, empreendedorismo e gestão de negócios.
O assessor técnico do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social do Senar, Solon de Lucena Neto, explica que, dependendo do curso, o conteúdo fica disponível ao aluno 24 horas por dia durante dois meses. A carga horária vai de 4 horas a 40 horas /aula e o aluno escolhe como e quando irá estudar.
– Nos casos em que o sinal da internet não é eficaz, os alunos podem acessar de outro local. Os sindicatos rurais ou lan houses da zona urbana são os meios escolhidos – diz.
Na educação à distância, não há limite de matrículas. O interessado pode fazer quantos cursos quiser, sem custo, desde que seja um por vez.
– Ele tem 60 dias para cumprir cada um, mas se não conseguir pode se matricular novamente – enfatiza o assessor técnico do Senar.
Da mesma forma que um curso presencial, o aluno realiza provas, testes e exercícios. A diferença é que nos 17 cursos para as pessoas que moram no campo não há reprovação.
– Há esclarecimentos com o monitor até serem eliminadas todas as dúvidas – explica.
Os cursos à distância são aqueles que não há a necessidade de prática no campo, como inseminação artificial e manutenção de tratores. Segundo dados do Instituto de Estudos Avançados (IEA), responsável pela elaboração dos cursos, o perfil do aluno na zona rural é de jovens, filhos de agricultores, que já concluíram o ensino médio ou o ensino superior.
– Estas oportunidades têm mexido com o meio rural e trazem bons resultados para quem está abrindo negócios no campo – diz Neto.
A diretora do IEA, Rita Guarezi, explica que para disciplinar os alunos, eles seguem um plano de estudo. Se houver problemas com a conexão da internet, é possível optar por CD’s ou vídeo aulas.

Fonte: CNA/Diário Catarinense/Aline Rebequi

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