Idealizada pela vereadora Lúcia Antony, foi realizada, hoje, mais uma Audiência Pública para tratar de sustentabilidade e produção de alimentos na cidade de Manaus. No mesmo momento, em plenário, acontecia mais um debate da CPI que trata da questão milionária que envolve nossa água. Desnecessário dizer que o setor primário teve a reunião transferida para um outro ambiente e, logicamente, sem a presença dos vereadores, com exceção da autora da proposta, Lúcia Antony. O evento foi bem prestigiado, tínhamos o INPA, EMBRAPA, UG/COPA, ADS, CONAB, SFA, SEPROR, FAEA, STR, SPU, UFAM, IFAM, entre outros. Notei a ausência do MDA e IDAM. A questão do tempo concedido para os participantes deve ser reavaliada, pois, cinco minutos, além de ser um tempo inadequado, não é respeitado por alguns representantes. A coordenação tem de agir com rigor nesses casos. Destaco alguns temas levantados: O secretário Eron Bezerra afirmou que o agricultor não planta arroz e feijão em razão do cultivo de outros produtos (citou exemplo da fibra) ter maior remuneração. Também afirmou que a classe política do Amazonas (todos os níveis) só tem olhos para o Distrito Industrial abandonando as potencialidades do setor primário local. O presidente da FAEA, Muni Lourenço, cobrou da prefeitura de Manaus a continuidde das compras para a merenda escolar da agricultura familiar do Amazonas. O Luiz Otávio, da ADS, trouxe a público um assunto extremamente sério. Enquanto as compras por meio do PREME e do PAA obrigatoriamente devem seguir os padrões exigidos pelos órgãos de controle de qualidade, o queijo, carne, polpa de fruta etc são vendidos ABERTAMENTE nas feiras de Manaus sem o cumprimento de tais exigências e, portanto, sem a devida e necessária fiscalização. É uma concorrência desleal com os produtores que passaram a cumprir todas as exigências sanitárias para produzir alimentos. Com relação a minha participação, representando a Conab, além de cumprir os CINCO minutos, o assunto que escolhi para comentar dentro do tempo determinado penso que não interessou aos assessores da vereadora Lúcia Antony, o que lamento, pois as imagens que levei a público mostram o descaso das autoridades municipais com a descarga de produtos da agricultura familiar no Porto da Ceasa. O DVD que disponibilizei com todas as imagens foi deixado em cima da mesa. Trouxe de volta, quem sabe um dia possa ser útil. Enquanto isso, veja no meu blog, em matéria publicada anteriormente, como o produtor dos municípios do Iranduba e Careiro da Várzea são recebidos no Porto da Ceasa para descarregar a produção. Imoral e desumano! Pergunto: Como vamos avançar em sustentabilidade e produção permancendo as atuais condições de descarga na capital do Estado, Manaus???
Thomaz, isso demonstra uma grande fragilidade na fiscalização desses produtos. Esclareço que a competência para fiscalização de protudos de origem animal no varejo, nos supermercados, feiras, etc, é da vigilância Sanitária.
ResponderExcluirAcredito que esse tema tenha que ser ampliado e discutido por todos os atores.
Parabéns pelo Blog!
Abraços,
Guilherme de Melo Pessoa