segunda-feira, 25 de junho de 2012

Linhão de Tucuruí, um sonho que está sendo realizado




De: Kennedy Lyra
Uma das maiores obras do PAC está literalmente rasgando a floresta Amazônica. Trata-se do Linhão de Tucuruí, uma obra que levará energia da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, para Manaus. Está obra permitirá que o consumo de combustível fóssil, para geração de energia, caro e poluente, seja totalmente eliminado nas capitais de Manaus, Macapá e Boa vista, além das sedes municipais contemplados pelo Linhão, evitando a emissão de 3 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, reduzindo o consumo anual de 1,2 bilhões de litro de óleo combustível e diesel. Além disso, após a conclusão do Linhão, o país economizará cerca de R$ 2 bilhões por ano o que significa que a linha de transmissão, cujos investimentos previstos são da ordem de R$ 3 bilhões, estará paga em 18 meses fornecendo energia limpa e renovável. A construção da linha de transmissão Tucuruí, Macapá, Manaus, de aproximadamente 1.800 Quilômetros de extensão, vai integrar os estados do Amazonas, Amapá e Oeste do Pará ao Sistema Interligado Nacional. Numa primeira fase, o Linhão reduzirá a dependência local das plantas de energia térmicas em 27 municípios ao longo da margem esquerda do Rio Amazonas.


No trecho entra os municípios de Silves, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, as torres já foram erguidas e os cabos começam a ser colocados. A complexidade da obra, cruzando rios e terrenos de várzea em plena floresta Amazônica, exigiu que sua execução estivesse de acordo com as orientações do Ibama e Funai. Foram analisadas diversas alternativas para o traçado da linha até se encontrar as que ofereciam menor impacto ambiental e interferência em áreas legalmente protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, chegando-se, finalmente, a seis propostas. Cada uma delas foi, então, analisada detalhadamente quanto ao tipo de vegetação, tipo de solo e viabilidade técnica, principalmente no que se refere à travessias do curso d’água, que, no caso do Rio Amazonas, tinha, em algumas das alternativas propostas, até dez quilômetros de largura a serem transpostos. O sistema levou em conta também que, futuramente, haja á necessidade de se acrescentar um terceiro circuito à linha, usando o mesmo corredor além de contemplar um plano de resgate de fauna e flora em perigo de extinção.

A obra foi divida em 3 lotes, o primeiro  é de Tucuruí a Jurupari, um trecho de 264 quilômetros, o segundo Jurupari Oriximiná, com 370 quilômetros em tensão de 500 Kv, e Itacoatiara – Cariri, em Manaus , com 211 quilômetros mais as subestações associadas Itacoatiara e Cariri.

Em abril de 2011, foi concluída a montagem da primeira torre do Linhão em Manaus, com 62 metros de altura, pesado 24 toneladas. Este lote não pode deixar de se considerar, no futuro, o fornecimento de energia para o Município de Parintins, localizado a margem direita do Amazonas e uma linha de transmissão de 500 Kv para Porto Trombetas o que permitirá que ali se instale uma refinaria de alumínio para atender a produção local e das minas de Juruti.

No dia 25 de janeiro deste ano, foi assinado o contrato de concessão para a construção da Linha de Transmissão Manaus/Boa Vista, que terá 715 km de extensão, nos estados do Amazonas e Roraima, mais as subestações Equador 500 Kv e Boa Vista 500 Kv. A linha conectará a capital roraimense ao SIN, contribuindo ainda mais para a redução do consumo de Combustíveis Fosseis, além de possibilitar a exportação de energia do SIN para a Venezuela. 

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