sábado, 11 de agosto de 2012

Toneladas de peixe são jogadas no lixo diariamente em feira de Manaus

* "A inclusão do pescado popular no PAA/Compra Direta, que já vem sendo analisada pelo Governo Federal, vai permitir reduzir esse inaceitável desperdício e alimentar famílias em situação de insegurança alimentar em todo o Estado. Contudo, é bom ressaltar que somente o pescador artesanal detentor da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) poderá negociar a produção excedente com a Conab" Thomaz

Fonte: G1 AMAZONAS
Sem local para estocar o pescado, vendedores acabam perdendo a carga (Foto: Reprodução/TV Amazonas)

Com a época de fartura nos rios do Amazonas, um problema se repete nas feiras de Manaus: diariamente, toneladas de peixe são jogadas no lixo. Sem local para estocar o pescado, vendedores acabam perdendo a carga.
Na Feira da Panair, Zona Sul de Manaus, não há vaga para os pescadores atracarem na balsa. Um dos prejudicados é o pescador Antônio Batista: ele está com seis toneladas de peixe no barco, e caso não consiga lugar para parar e vender no prazo de cinco dias, poderá perder a todo o peixe. "Quando a gente chega, não existe um lugar em que possamos vender o peixe para o consumidor. É por isso que estraga", relatou.
Para atracar na balsa da feira, Antônio Batista esperou mais três dias. No entanto, nem todo o pescado foi vendido e o pescador calcula que teve prejuízo de aproximadamente duas toneladas.
A situação na Feira da Panair é ainda pior: sem infraestrutura, o pescado fica no chão dos barcos, balsas e em bancas ao ar livre. Para não perder toda a mercadoria, feirantes buscam vender peixes em bairros da periferia da capital. "Vou vender os peixes de maneira mais barata, mesmo porque muitas pessoas estão precisando para se alimentar", disse o feirante Sebastião dos Santos.
A Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) informou que já foram tomadas medidas para reduzir o problema de desperdício de peixe na Feira da Panair. A partir da próxima semana, uma nova balsa frigorífica e um frigorífico deverão ser disponibilizados aos pescadores.
A pasta disse ainda que pretende criar pontos fixos de vendas em quatro zonas da capital, na tentativa de equilibrar a venda e o armazenamento do pescado. A Sepror afirmou também que não é responsável pela administração do porto onde ficam instalados os pescadores. A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), mas não obteve resposta.

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