* O cacau é um produto que defendemos sua inclusão na PGPMBio por seu potencial produtivo no Amazonas e pelos baixos preços pagos aos extrativistas. Assim como vem acontecendo com a borracha, o CACAU nativo tem todas as condições de aumentar a produção e melhorar a vida do caboclo que trabalha na floresta. A CEPLAC/AM é parceira nessa provável conquista. Vamos aguardar e cobrar. Li, recentemente, no site da CEPLAC, que já existe movimento solicitando a inclusão na PGPM tradicional. Penso que também é justo, mas na PGPMBio é indispensável e urgente.
Cerca de mil pessoas, entre autoridades,
cacauicultores, pesquisadores, extensionistas e estudantes lotaram o auditório
do Centro de Convenções de Ilhéus, na noite de domingo (11), para a cerimônia de
abertura do III Congresso Brasileiro do Cacau. O evento vai até a próxima
quarta-feira (14) e vai discutir diversos problemas ligados ao tema
“Inovação Tecnológica e Sustentabilidade”, por meio de painéis,
conferências e palestras. No último dia, um documento intitulado
“Carta de Ilhéus” vai pontuar as soluções propostas
pelos congressistas.
O pesquisador Raúl René Melendez Valle,
presidente da comissão organizadora do congresso, saudou a todos e agradeceu ao
apoio dos parceiros para a realização do evento. Já o superintendente regional
da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart Cunha, também deu as boas vindas a todos e
lembrou que o congresso é uma oportunidade de se avançar em questões que hoje
travam o desenvolvimento da cacauicultura.
“O que precisamos responder à sociedade é por
que, numa região em que se tem solo fértil, chuva abundante e bem distribuída,
acesso à ciência e à tecnologia, o homem não consegue viver de sua atividade
agrícola”. Para ele, como órgão público, a Ceplac precisa dar essa e outras
respostas à sociedade brasileira.
A mesma linha foi defendida pelo representante
do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles. “A cacauicultura tem um perfil
peculiar, que devemos levar em conta, inclusive para a formulação de uma
proposta de renegociação das dívidas. Mas precisamos da unidade dos produtores,
que todos tenham o mesmo pensamento em relação ao problema. De nossa parte,
somos homens públicos, e nossa função é dar respostas ao povo brasileiro”.
Já o novo diretor-geral da Ceplac, Hélinton
Rocha, destacou o valor de cada pessoa na construção de um sistema forte, como
passo necessário para se estabelecer os três pilares da sustentabilidade.
“Precisamos valorizar o capital humano envolvido na cacaucultura. Desde os
servidores da Ceplac, passando pelos cacauicultores, que construíram essa
cultura”.
Por sua vez, o secretário estadual da
Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, que falou em nome do governador Jaques
Wagner, afirmou que a Bahia tem avançado em questões como a da cabruca, por meio
da lei que a tipifica como um dos sistemas agrossilvopastoris. “Também temos nos
empenhado na questão da dívida dos produtores, mas queremos reforçar o
pensamento do doutor Gerardo Fontelles e dizer que precisamos de união. A
cultura só vai ser forte se os produtores estiverem unidos”.
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Geraldo se compromete com solução para
dívida
O deputado Geraldo Simões destacou a
importância da Ceplac no fortalecimento da cacauicultura brasileira, e a
necessidade de financiamento da lavoura, já que os produtores estão endividados
e sem crédito, o que os impede, até, de atender às recomendações técnicas
preconizadas pela Ceplac. “Nossa luta é para valorizar o ceplaqueano, inclusive,
lutando junto ao Ministério do Planejamento, para que o novo concurso seja
realizado o quanto antes”.
Desde a noite de abertura, no domingo, vários
problemas já foram encaminhados no III Congresso Brasileiro do Cacau. Durante a
cerimônia de abertura, Simões e Fontelles tocaram no assunto “dívidas do cacau”,
provocados pelo presidente da APC, Guilherme Galvão. Eles concordaram que na
questão da dívida, é necessário que se separe a cacauicultura dos demais
devedores, sob pena de se ter uma solução generalizada para um problema com
características particulares.
“Primeiro, vamos buscar, até o fim do ano, um
novo prazo para a renegociação da dívida dos produtores, até dezembro 2013.
Depois, durante esse período, vamos lutar, junto ao governo, para que se edite
uma Medida Provisória criando o Pesa do Cacau, para que se separe a
cacauicultura dos demais devedores”, afirmou Geraldo”.
Simões lembrou de sua luta para beneficiar a
cacauicultura, inclusive com a apresentação de um projeto de lei, abraçado pela
bancada da Bahia no Congresso, mas que acabou não passando pelo veto da
presidenta Dilma Roussef. “Mas não adianta chorar agora. Vamos recomeçar,
determinando novas prioridades, para que uma coisa não atropele a outra. Por
isso nossa ação imediata será tentar estender esse prazo da dívida até
2013”.
Para mais informações, clique aqui.
Jornalista da Sueba - Superintendência da Ceplac na Bahia
Domingos Matos
Fotos: Águido Ferreira
Jornalista da Sueba - Superintendência da Ceplac na Bahia
Domingos Matos
Fotos: Águido Ferreira
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