quarta-feira, 24 de abril de 2013

Novo Plano Safra terá projeto de estímulo à armazenagem, anuncia Banco do Brasil

Esalq/Divulgação

Foto: Esalq/Divulgação
Programa de incentivo à armazenagem deve ser anunciado em maio
O vice-presidente de Agronegócio e de Governo do Banco Brasil (BB), Osmar Dias, afirmou nesta quarta, dia 24, na Câmara, que o novo Plano Safra, que será anunciado até o fim de maio pela presidente Dilma Rousseff, contará com um programa de incentivo à armazenagem, "com taxa de juros e prazos adequados". Dias participou de reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Casa.

Dias lembrou que a capacidade de armazenamento no Brasil, de 140 milhões de toneladas, está muito abaixo das necessidades, pois, pelos indicadores internacionais, deveria haver espaço suficiente nos silos para estocar 220 milhões de toneladas de grãos, volume 20% superior à produção estimada para esta safra.

O vice-presidente de Agronegócio e de Governo do BB, que participa do grupo de trabalho criado pela Presidência da República para discutir propostas do novo plano, afirmou que a administração federal está preocupada com a política de armazenagem para regular os estoques públicos e garantir a segurança alimentar. De acordo com Dias, para o Poder Executivo, o armazenamento em propriedade rural e também por parte das cooperativas e empresas privadas é estratégico. Ele disse que uma das ideias em estudo é a construção de armazéns privados que possam ser alugados pelo Executivo.

Dias afirmou que o BB terá maior participação na questão da infraestrutura e logística, em parceria com os diversos órgãos da gestão federal, como no programa de construção e reforma de 270 aeroportos, que demandará financiamentos da ordem de R$ 7,5 bilhões. Segundo ele, o BB também financiará obras de rodovias e ferrovias.

– O banco vai entrar com força e intensidade na questão da infraestrutura e logística – declarou.

Crédito rural

O BB já atingiu as metas previstas para o crédito rural na safra 2012/2013, que começou em julho e vai até junho. Conforme Dias, a instituição financeira atingiu 104% das metas até junho nos empréstimos para a agricultura familiar e 99% para o setor empresarial.

– Vamos superar o total de R$ 55 bilhões previstos – garantiu.

No início do atual ano-safra, a instituição anunciou que o alvo era aumentar os recursos para o cultivo familiar em 14% (para R$ 10,549 bilhões) e para a agricultura empresarial também em 14% (para R$ 44,5 bilhões). Os dados divulgados nesta quarta mostram que houve crescimento de 22% no montante de financiamento de custeio e de 32% para investimento da agricultura familiar. No caso da empresarial, o crédito de custeio cresceu 29% e para investimento, 21%. O total de liberações aumentou 28%.

Dias explicou que a carteira de crédito rural do BB é de R$ 108 bilhões, dos quais R$ 12 bilhões vão para o médio produtor, R$ 24 bilhões para a agricultura familiar e R$ 72 bilhões para a empresarial. O banco responde por 62,5% de todo crédito rural acessado pelo produtor rural brasileiro.

Durante a audiência, o vice-presidente acentuou que "aquela história antiga de que agricultor dava calote não é verdade".

– Os números mostram o contrário, o agricultor paga a conta – acrescentou.

De acordo com Dias, enquanto a média de inadimplência no BB em dezembro era de 2,5%, no caso da carteira de crédito rural estava em 0,6%.

– A agricultura puxa para baixo a inadimplência no banco – alega.

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