“O alto preço da farinha ocorre por conta da sazonalidade. Periodicamente, a produção cai em função da cheia dos rios”. Foi com essa afirmação que o titular da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Eron Bezerra, avaliou a questão durante a abertura da primeira reunião do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rurall Sustentável do Amazonas (Cedrs-AM), que ocorreu hoje (9), no auditório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O titular da Sepror apresentou dados avaliativos sobre o custo da cesta básica em Manaus. “A capital do Amazonas é o terceiro PIB per capita do Brasil. Diante dessa situação, o mercado em todos os segmentos se ajusta a isso e taxa seus produtos com preços maiores do que em outras cidades”, disse Eron.
As providências tomadas pelo órgão diante dos efeitos causados pela subida do nível da água dos rios na produção de todo estado também foram avaliadas pelo secretário. “Ano passado, conseguimos junto ao Governo Federal, de forma inédita, o crédito especial para recuperar a produção de todo trabalhador que perdeu sua colheita ou seu rebanho com a cheia. Foram R$ 200 milhões investidos, superando a média dos últimos anos de R$ 33 milhões de financiamento na produção rural”, destacou.
Reunião debate projetos que ampliarão a quantidade de técnicos no campo
A pauta de reunião do Cedrs faz o diagnóstico do aumento de investimentos que o Governo do Amazonas por meio da Sepror realiza no setor primário. O primeiro projeto discutido foi o “Residência Agrária”, lançado pela secretaria dia 26 de fevereiro. As 36 organizações que participam do Conselho discutiram como será realizada a iniciativa que democratizará o acesso às tecnologias para o aumento da produção rural utilizando apenas as áreas já disponíveis para a atividade econômica no campo.
O “Residência Agrária” destinará R$ 22 milhões para que pequenos e médios produtores tenham acesso à tecnologias que até então somente empresários do agronegócio utilizam. Além disso, o projeto também disponibilizará mais 180 técnicos na zona rural, o que corresponde a aproximadamente 60% a mais do que historicamente o estado teve.
Assuntos como a Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, o IV Encontro dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Etaf), o balanço do crédito especial e a reestruturação do Cedrs também estiveram em discussão.
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