sexta-feira, 24 de outubro de 2014

FAEA solicita ao Ministério da Agricultura ações emergenciais contra a entrada da praga da ‘Mosca da Carambola’ no Amazonas



 
 
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA), Muni Lourenço, esteve, nesta quarta-feira (22), em audiência com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Gerardo Fontelles, em Brasília. A preocupação da FAEA, exposta ao Ministério, é que a praga da Mosca da Carambola (Bactrocera carambolae), que teve foco constatado no final do mês de setembro no município roraimense de Rorainópolis (localizado no extremo Sul de Roraima), chegue em território amazonense, por meio de carregamentos de frutos já contaminados.

A reunião contou ainda com a presença do coordenador geral do Sistema de Vigilância Agropecuária do MAPA, Marcos Valadão; o Superintendente do MAPA no Amazonas, João Ferdinando Barreto e o Secretário Executivo de Planejamento da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (SEPROR), Luis Herval.

“Nós comunicamos a situação à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e buscamos o Ministério, pois estamos preocupados em resguardar o patrimônio vegetal dos produtores rurais amazonenses, que podem em caso de foco da mosca da carambola, sofrer graves prejuízos econômicos", alertou Muni.

O presidente da FAEA solicitou, entre as medidas, intensificação das ações em curso pelo Ministério, como uma maior fiscalização sanitária na origem do foco, para que frutos hospedeiros da praga não adentrem no Amazonas, bem como, de que haja o fortalecimento do controle e monitoramento na barreira existente na rodovia BR-174, por onde normalmente são transportados produtos vindos de Roraima.

“Esperamos também que haja uma mobilização do exército brasileiro, a articulação de uma força-tarefa com fiscais e técnicos da área de defesa agropecuária e maior rigor na fiscalização nos aeroportos de Boa Vista e Manaus e divulgação de cartilhas nesses locais”, afirmou o presidente. 

O Secretário-Executivo do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles, mostrou-se sensível às demandas apresentadas pela FAEA e determinou a elaboração imediata, por meio da esfera técnica do Ministério, de um Plano de Ações com medidas eficazes de combate à praga, assegurando que não faltarão recursos financeiros e meios para essa atividade que neste momento o Ministério considera prioritária.

A PRAGA 

A mosca da carambola (Bactrocera carambolae) é originária da Indonésia, Malásia e Tailândia. Em 1996 foi registrada pela primeira vez no Brasil e entrou em Roraima no fim do ano de 2010, gerando grandes prejuízos a produtores de frutas que eram comercializadas para fora do Estado, como é o caso da manga.

O inseto contamina frutos e plantas como carambola, manga, goiaba, amendoeira, tangerina, maçaranduba, laranja, taperebá, jaca, abiu, jambo, caju, entre outros, sendo que os insetos adultos colocam os ovos nos frutos e as larvas penetram no fruto e alimentam-se do interior, podendo destruí-lo completamente.

Essa é considerada uma das piores pragas que podem existir dentro da fruticultura. Uma mosca, depois de fertilizada, coloca em média de 1.200 a 1.500 ovos durante a sua vida, que dura cerca de 126 dias. 

A praga se alastrando para determinadas regiões, poderá inviabilizar a exportação de frutas do Brasil. 

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