sexta-feira, 15 de abril de 2016

Nenhuma novidade identificada na "Jornada de Desenvolvimento"

Será que realmente seria necessário promover uma "Jornada de Desenvolvimento" para identificar que a "falta de crédito", "assistência técnica" e a "regularização fundiária" surgiriam nos debates como os grandes gargalos enfrentados pela fruticultura no Amazonas? Claro que não! Bastaria a Seplan-CTI sentar com os técnicos da SEPROR/IDAM que seria muito mais fácil, rápido e sem custo. O Sistema SEPROR/IDAM participa de todos os fóruns que discutem o setor primário, portanto, já conhece os problemas e as soluções, mas sem contar com o aval e prioridade da "Compensa" pode ir agendando a "II Jornada". Com relação ao crédito rural, recorro, mais uma vez, ao mapa do Amazonas que identifica o número de agências que operam o Pronaf e, também, a matéria do Jornal ÀCrítica que mostra o vazio bancário existente em nosso estado. A notícia da À Crítica é de 2011, e nada mudou. Enquanto o crédito não chega ao interior do Amazonas com a qualidade e quantidade que queremos por falta de agência, a CAIXA (outra operadora do Pronaf) tá fechando patrocínio com o Corinthians no valor de R$ 30 milhões (esse recurso poderia ser destinado a construção de agências no interior do estado com maior índice de extrema pobreza). Com relação à ATER, não precisa de novo "evento" para saber que a solução é caseira e passa pela estruturação do IDAM, mas com concurso público/metas fixadas e remuneração justa principalmente para os que vão desenvolver suas atividades nos lugares mais distantes do nosso estado. 
O vazio bancário é o maior entrave para o produtor acessar o crédito rural no Amazonas. Ontem, em conversa com o gerente do IDAM de Santa Isabel do Rio  Negro (Antonio), fiquei sabendo que, até hoje, os produtores do município aguardam orientação do BASA para pagar o financiamento. Isso mesmo, para pagar. Algum tempo atrás, esse mesmo relato foi feito pelo ANTONIO em evento do IDAM que aconteceu no Centro Cultural Povos da Amazônia. Será que é isso mesmo?

Sei que o BB, BASA e CAIXA executam um bom trabalho onde possuem agências, mas temos poucas, e as ações itinerantes não resolvem, só endividam o agricultor. Também não tenho notado sensibilidade para ampliar, apenas para inaceitavelmente patrocinar o esporte brasileiro (voleibol, futebol etc). Aprendi com o presidente da OCB/AM, meu amigo Petrúcio Magalhães Junior, e já estou convencido, que a única saída para nosso produtor rural acessar os bilhões do Plano Safra passa, obrigatoriamente, pelo "cooperativismo de crédito". Ao finalizar este breve comentário desejo, sinceramente, que a SEPLAN-CTI tenha mais sorte do que o Sistema SEPROR na sensibilização da "Compensa" com relação ao setor primário do Amazonas. E que não esqueça de colocar em pauta duas cadeias produtivas que fazem parte da nossa história e do Plano Safra Amazonas (fibras e borracha). No âmbito do Sistema SEPROR tem um corpo técnico com experiência e conhecimento suficientes para mudar o modelo econômico do nosso estado, mas precisa que a "Compensa" acredite. Esse é meu desejo, é meu sonho. 


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