quinta-feira, 22 de março de 2012

Juticultor no prejuízo

Segundo informações recebidas de Manacapuru, o juticultor está recebendo R$ 1,70 kg (na propriedade) e R$ 1,90 kg (sede do município) pelo quilo da fibra produzida nesta safra. Na safra passada, os valores eram: R$ 2,00 kg (na propriedade) e R$ 2,20 (sede do município). Nessa conta, e nas duas safras, não está contabilizada a subvenção estadual de R$ 0,20 kg. Confirmados esses números, é fácil constatar que o juticultor sairá no prejuízo e desestimulado, o que não é bom pra toda a cadeia produtiva, pois todos perdem. Ainda analisando os atuais números, creio que não será necessário a Conab atuar comprando por meio da AGF (Aquisição do Governo Federal), uma vez que o preço pago na SEDE já está superior ao mínimo, que é de R$ 1,77 kg. É sabido, também, que a queda na produção atingirá níveis históricos em decorrência da enchente. Nesse aspecto, vem outra preocupação: Como os juticultores vão pagar o crédito recebido do Pronaf e  da Afeam? Entendo que o Banco do Brasil e técnicos da Afeam devam visitar as áreas atingidas pelas enchentes e constatar, in loco, os estragos causados na atual safra, a fim de encontrar uma solução para que os juticultores não fiquem inadimplentes. É do meu conhecimento que o Sistema Sepror vem unindo esforços junto ao Governo Federal para amenizar este quadro. Certamente contará com a sensibilidade do MAPA e do MDA, contudo, precisamos avançar no Seguro Rural, na inclusão ao Garantia Safra e, quem sabe, no Seguro Várzea. Outros aspectos da cadeia merecem atenção, são eles: utilização de satélite para levantamento de safra; utilização de sacaria biodegradável no estoque público de alimento e inclusão da juta no instrumento de formação de estoque da agricultura familiar/PAA

Nenhum comentário:

Postar um comentário