 |
|
|
Depois de 51 anos, os
movimentos sociais do campo voltaram a se unir na luta pela reforma agrária e
realizaram a maior mobilização da história. Os 10 mil trabalhadores(as) e povos
do campo, das águas e das florestas presentes em Brasília marcharam, na manhã
desta quarta-feira (22 de agosto), do Parque da Cidade à Esplanada dos
Ministérios e realizaram atos na Praça dos Três Poderes e em frente ao Congresso
Nacional. Um grupo de mulheres entregou ainda ao ministro da Secretaria-Geral da
Presidência da República, Gilberto Carvalho, a Declaração Final do Encontro
Unitário. Para o presidente da CONTAG, Alberto Broch, a ação terminou
com o sentimento de dever cumprido. “Atingimos 100% dos objetivos depois de um
ano de preparação. A CONTAG, as Federações, os Sindicatos, os trabalhadores(as)
e os outros movimentos sociais estão de parabéns. Esperamos que esse evento
possa trazer bons frutos para o desenvolvimento rural, para as famílias e possa
trazer justiça para todo o país”, avalia. Já Willian Clementino,
secretário de Política Agrária da CONTAG, destacou a importância do
amadurecimento das organizações sociais do campo em torno da mesma pauta e do
fortalecimento da luta dos trabalhadores(as). “Toda a classe trabalhadora rural
precisa ter a compreensão dessa unidade, mas a urbana também precisa abraçar
essa luta porque o projeto de desenvolvimento que estamos pautando e construindo
com o governo não olha só para o campo. Pensamos também na cidade”,
reforça. A Declaração final do Encontro Unitário dos Trabalhadores,
Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas destaca a luta por
Terra, Território e Dignidade: “Torna-se indispensável um projeto de vida e
trabalho para a produção de alimentos saudáveis em escala suficiente para
atender as necessidades da sociedade, que respeite a natureza e gere dignidade
no campo. Ao mesmo tempo, o resgate e fortalecimento dos campesinatos, a defesa
e recuperação das suas culturas e saberes se faz necessário para projetos
alternativos de desenvolvimento e sociedade.” (trecho do
documento)
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário