Milhares de pessoas sofrem com a enchente do Rio Madeira, mas em Humaitá a situação está mais grave e o município já decretou situação de calamidade. Por isso, no último sábado (29), o Governo do Amazonas, por meio do Subcomando de Ações de Defesa Civil (Subcomadec), começou a entregar 3.955 cheques do programa Amazonas Solidário para as famílias de Humaitá, no sul do Amazonas. Centenas de famílias da zona rural e da zona urbana já receberam o beneficio no valor de R$ 300, para ajudar amenizar os prejuízos causados pela enchente.
Para evitar qualquer tipo de fraude no uso da ajuda, os cheques são nominais e somente o titular do pode recebê-lo. Além disso, só recebem o benefício as famílias que realmente sofreram danos significativos por conta da enchente em 2014. As famílias foram cadastradas pela Defesa Civil do Estado e prefeitura de Humaitá.
O Governo do Amazonas continua enviando kits de ajuda humanitária e serviço aeromédico, que utiliza uma aeronave para transporte de pessoas em locais isolados. Além disso, continua enviando os kits de cestas básicas, de higiene, de limpeza, medicamentos, gás de cozinha, colchões e barracas de campanha.
Situação atual – Tapauá é o décimo quarto município a decretar emergência. Até o momento, Humaitá é o único município em estado de calamidade. Outros 12 continuam em situação de emergência: Guajará, Ipixuna, Envira, Boca do Acre, Pauini, Canutama, Lábrea, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte. Três municípios estão em alerta: Eirunepé, Parintins e Tabatinga. O número de pessoas afetadas chega a 56.737, sendo 11.345 famílias afetadas.
Perdas no campo
E entre tantos prejuízos sofridos com a cheia do rio, os produtores rurais amargam ainda perdas na produção. Segundo a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), os prejuízos nos 15 municípios alagados são os maiores já registrados no Amazonas, e estão estimados em 128 milhões de reais, até o momento. “É uma situação grave, uma tragédia para centenas de produtores, mas por outro lado, é reflexo da expansão da produção,” ressaltou Eron.
De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM), os cultivos mais afetados são os, tradicionalmente, de áreas de várzea: banana, mandioca e algumas frutas. Sendo que a maior perda foi nas plantações de banana, que representam 20% de toda a produção do Estado.
A Sepror já está está buscando apoio do Governo Federal para os produtores atingidos pela cheia. O secretário informou que já requereu uma linha de crédito especial, e que ela deve estar disponível aos produtores em aproximadamente uma semana. Eron explicou que muitos agricultores estão pagando o empréstimo realizado em 2012 (depois da última grade enchente) e que, por isso, solicitou também que eles sejam anistiados da dívida.
AGECOM e ASSCOM Sepror
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