sábado, 29 de abril de 2017

Chega do faz de conta !!!


Dizer que a NOVA MATRIZ ECONÔMICA AMBIENTAL vai descentralizar a economia saindo do PIM para o interior do Amazonas é faltar com a verdade com os mais de 275 mil produtores rurais do nosso estado. O Zona Franca Verde (ZFV) prometeu, o Amazonas Rural (AR) prometeu, o Plano Safra (PS) prometeu e, agora, vem o governador José Melo, na segunda tentativa, prometer o que sabidamente NÃO será cumprido com a Nova Matriz Econômica Ambiental (NMEA). Não estou criticando esses QUATRO PLANOS, embora discorde em vários pontos, estratégias e prioridades, mas está na atual estrutura do Sistema SEPROR para operar tudo que foi colocado no papel a certeza de que não vai conseguir os objetivos tão amplamente divulgados na imprensa.  Alguns poucos produtores serão beneficiados, os mais próximos do poder e localizados na Região Metropolitana, e mais nada. Isso tá na cara, tá escancarado, só não enxerga quem não quer ver ou não quer perder o emprego. Repito, não estou dizendo que o ZFV, AR, PS e a NMEA não prestam, mas sem crédito rural, assistência técnica e extensão rural é continuar assistindo o esvaziamento e o empobrecimento do interior. Esses  novos PLANOS servem para ganhar tempo, ganhar eleição, realizar jornadas/seminários/congressos/comissões/grupos de trabalho e jogar o problema nas mãos do novo ocupante da "Compensa" em janeiro de 2019. Recomendo pegarem o folheto distribuído no Centro de Convenções Vasco Vasquez em 2015, no lançamento do Plano Safra, para checar O QUE FOI REALIZADO.  Muito pouco, nada que faça nossa independência do PIM. Só os mais próximos do poder e produtores articulados se beneficiaram.
Em 2015, no lançamento do Plano Safra (um bom plano) se falava em FIBRAS, BORRACHA, SUBSÍDIO, SEMENTES. Pergunto: O que andou? Nada, a produção de fibras e borracha em queda livre, Brasjuta fechada, usina de borracha fechada em Iranduba, sementes não distribuídas, expoagro não realizada e subsídios não pagos.
Com todo esse descaso, como acreditar em NOVA MATRIZ ECONÔMICA AMBIENTAL, ainda mais focando em PISCICULTURA sem resolver o alto preço da RAÇÃO, responsável por 70% do custo da atividade. Ter alevino barato, mas sem ração, é chover no molhado para o pequeno piscicultor. Aprendi isso com meu amigo Geraldo Bernardino.
Trabalho no setor primário, gosto do setor primário, não torço para dar errado, mas é impossível com o conhecimento que tenho acreditar em FICAR INDEPENDENTE DO PIM com a atual estrutura do SISTEMA SEPROR.
Estarei sempre junto e querendo contribuir, não posso nem devo agir diferente, pois quero meu Amazonas forte e seu povo com soberania e segurança alimentar e nutricional.
Em outra postagem, como forma de divulgar números para fortalecer o que acabei de dizer, vou publicar o percentual de alimentos que vem de Santarém e que abastecem Parintins. Um absurdo!!


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