sábado, 29 de abril de 2017

Roraima supera o Amazonas no combate à AFTOSA

Tem coisas que não consigo entender no AM, mas sei de quem é a culpa, dos nossos governadores, ou seja, da "Compensa". E também nossa, atores do setor primário, que não sabemos impor a força que temos coletivamente, atuamos apenas no varejo, no individual. Isso enfraquece nossas demandas. Essa notícia divulgada pelo ministro Blairo Maggi confirmando que RORAIMA já é LIVRE DE AFTOSA com vacinação é a comprovação claríssima do DESCASO das nossas autoridades com o setor primário do Amazonas. Em passado recente,  nosso estado estava à frente de Roraima, isto é, Roraima era ALTO RISCO, e o Amazonas MÉDIO RISCO. Os animais de Roraima tinham que passar por quarentena para entrar no Amazonas. Agora, com a decisão anunciada na FOTO ACIMA a situação foi INVERTIDA, ou seja, Roraima saiu de ALTO RISCO para LIVRE DE AFTOSA, enquanto nosso AMAZONAS continua em MÉDIO RISCO. Sabem o que isso significa? Agora é o gado do Amazonas que não pode entrar em Roraima sem a quarentena, procedimento esse que vai prejudicar os pecuaristas que fazem a engorda em Roraima em decorrência da enchente e a consequente falta de pasto. Acredito também que, muito breve, Pará e Rondônia já estarão livre da aftosa SEM VACINAÇÃO, o que trará novas restrições de trânsito ao nosso gado. Em síntese, ESTAMOS SEMPRE CORRENDO ATRÁS DO PREJUÍZO. A "Compensa" não tem sensibilidade com temas relacionados ao SETOR PRIMÁRIO, e os secretários não conseguem reverter essa situação. Com essa falta de sensibilidade e de força dos secretários junto a "Compensa" e "SEPLAN" deixamos de fazer investimentos em comunicação, transporte e equipamentos, itens fundamentais para tornar o Amazonas LIVRE COM VACINAÇÃO, e até mesmo SEM VACINAÇÃO. O que me deixa mais triste e preocupado é que, dois anos atrás, assessores diretos do governador Melo sugeriram a extinção da ADAF. Que falta de visão para um setor que vem dando certo no Brasil, mas que caminha a passos extremamente lentos no Amazonas. Até entendo a opção do Sidney e Casara de juntar todo o Sistema SEPROR no mesmo prédio, mas eu não teria seguido essa opção em razão dos custos dessa mudança, por ocorrer em momentos de claras restrições orçamentárias, do IDAM ter sede própria, e de ainda não ter recursos para pagar o juticultor (R$ 0,40 kg) e seringueiro (R$ 1,00 kg). Resumindo, RORAIMA nos deixou pra trás porque houve UNIÃO, VISÃO estratégica e INVESTIMENTOS. Fato que, lamentavelmente, aqui ainda não ocorre. Até quando? 


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