terça-feira, 11 de julho de 2017

"Isso é querer crucificar o IDAM", afirma Carlos Alberto

Tenho grande respeito pelo profissional Carlos Alberto, do IDAM, e sei o quanto é conhecedor de tudo que envolve o crédito rural no Amazonas, portanto, seria impossível não publicar sua recente manifestação na mídia sobre o primeiro encontro da Comissão Especial de Acompanhamento de Aplicação do Crédito Rural no Amazonas (CEACRAM). Aliás, uma boa iniciativa, principalmente se os dados contidos no site do Banco Central do Brasil forem o ponto de partida, pois só conhecendo o passado para planejar o futuro. Sem um IDAM forte não avançaremos na velocidade que queremos e necessitamos. 

Vejam, a seguir, a manifestação do Carlinhos...

"Discordo que a inadimplência foi pela falta de acompanhamento técnico,  isso é querer crucificar o IDAM,  se realmente essas foram as palavras do Secretário da SEPROR, ele foi infeliz nessa afirmação. Uma vez que são vários fatores que levaram o crédito rural ao colapso no estado do Amazonas, e não  apenas a falta de acompanhamento  técnico do IDAM, e que não considero que seja falta, mas um acompanhamento precário, devido a falta de recursos humanos, onde tem município atualmente com apenas 01 técnico que as vezes tem que assistir até mais de 100 projetos, e fazer milagre para fazer ATER  para atender o produtor rural.  O IDAM teve falhas no acompanhamento? em parte sim, mas é preciso reconhecer que é o IDAM  que faz o crédito rural acontecer no Estado do Amazonas. A  AFEAM,  Banco da Amazônia, Banco do Brasil,  tem suas parcelas de culpa e estes também são protagonistas do processo de inadimplência, seja pela falta de agencias no interior, seja pela falta de uma carteira de crédito no banco, (Banco do Brasil), e também produtores rurais com má fé,  interferências políticas, problemas climáticos (cheia e seca) também contribuíram para a inadimplência. É preciso fortalecer o IDAM, e se o secretário da SEPROR quer retomar o crédito rural no estado, mas sem contratar técnico, ele também será protagonista da inadimplência que futuramente poderá ter com a aplicação do credito rural hoje, sem o IDAM ter técnicos para fazer um acompanhamento de forma correta."

Foi sobre esse encontro que o Carlos Alberto se manifestou. Bem, posso estar equivocado, mas não consigo visualizar nessa imagem algum representante do governador do estado. Sei que teve a presença do Dedei e do Lucio (legítimos representantes do governador), mas a experiência nos diz que isso não é suficiente para mudar o triste quadro do crédito rural no Amazonas. Infelizmente, os últimos gestores da SEPROR não conseguiram a devida atenção dos governadores, não tiveram prestígio para pagar a subvenção ao juticultor e seringueiro nem realizar a EXPOAGRO. Torço para que Dedei e Lucio consigam, mas não é tarefa das mais fáceis fazer com que o governador ouça e adote providências para o que ficou acertado nesse primeiro encontro da CEACRAM. 

Um comentário:

  1. Concordo em gênero e grau com as verdades do companheiro Carlos Alberto quando em sua manifestação diz :"ISSO É QUERER CRUCIFICAR O IDAM ", dizendo da realidade do Acompanhamento da Aplicação do Crédito Rural no Amazonas enfatizando a questão da inadimplência que estamos sendo acusados por falta de acompanhamento técnico;se temos falhas,ou houve negligencia em alguns projetos , até aceito alguns erros , entretanto, no que fomos tachados de "responsáveis " pela inadimplência não foi por falha de gestão das nossas Diretorias,mas, muito mais por falta de apoio dos nossos Governos,eu particularmente como extensionista de campo muitas vezes fui obrigado a fazer "supervisão creditícia uma vez " quando o projeto necessitava de pelo menos três visitas e por ai vão as falhas e necessidades...enquanto outros órgãos de parcerias com IDAM só queriam saber de números,e o extensionista que se virasse no campo. Parabéns Carlinhos, você também como grande extensionista,e de visão muito clara sobre o Crédito Rural, continue lutando pelo nosso produtor rural.

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