sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"Rede de agências" (E no Amazonas????)

"O Banco do Brasil planeja abrir 75 agências no Rio este ano. Na capital fluminense, ficarão 45. Hoje o BB tem dois milhões de clientes e 300 agências no estado." Notícia publicada na coluna NEGÓCIOS & CIA, de Flávia Oliveira, jornal O GLOBO/Economia/24.02.12.

Opinião do BLOG: Ninguém discorda que o meu Amazonas é o estado com a maior dimensão geográfica do Brasil. Pergunto: Quantas agências do Banco do Brasil temos em Manaus? E no interior? Penso que menos de 10% do existente no Rio de Janeiro.  Não discuto a necessidade de tais agências, certamente o RIO tem suas potencialidades e o BB é um grande parceiro. Ótimo!!

Agora, no meu Amazonas, falando especificamente no interior, lutamos no setor primário para que o crédito rural, o PRONAF, chegue ao bolso do agricultor familiar, extrativista e pescador artesanal para que possamos aumentar nossa produção agropecuária e melhorar a vida, principalmente, do caboclo do interior. Entretanto, o crédito do PRONAF só é possível ser viabilizado através de bancos oficiais (BB e BASA), mas, pergunto: O nosso interior tem agências suficientes dessas instituições? É fácil o caboclo se deslocar até o município mais próximo para obter o crédito? E quando consegue chegar ao banco "mais próximo", será que leva toda a documentação necessária?

Não adianta realizar seminário, congresso, encontro, reuniões, reuniões, reuniões, ENQUANTO o crédito do Pronaf não chegar em QUANTIDADE e QUALIDADE no bolso do produtor rural familiar continuaremos amargando a dependência da importação de alimentos básicos e um dos últimos lugares em produção agropecuária em nível nacional.

Procurem conhecer quantas agências existem no Pará, depois compare com o Amazonas. Procurem conhecer também os números do Pará no Pronaf, depois compare com o Amazonas.

Em síntese, sem BANCOS OFICIAIS no interior e com a ausência do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (vou comentar novamente em outro momento), as instituições públicas ligadas ao setor rural do Amazonas (dos tres níveis de governo + sociedade) continuarão "apagando incêndio".

É o que penso!

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