terça-feira, 15 de maio de 2012

Armando Jorge, autor do artigo publicado no Jornal Eletrônico do IDAM

A transformação no modo de pensar e agir de uma sociedade exige, desta mesma sociedade, uma participação atuante, organizada ou não, seja nas relações sociais, seja nas relações humanas. Mudanças no trato da Coisa Pública exigiram e colocaram na pauta das discussões a transparência, o planejamento participativo, a gestão compartilhada, competente e responsável, na busca de oferecer a sociedade melhores produtos e serviços gerados pelo Estado. Importantes mudanças ocorreram também no Setor Agropecuário Brasileiro, não somente no que diz respeito a enorme contribuição aos saldos positivos da Balança Comercial e na formação de superávit primário, mas, sobretudo, o reconhecimento de um importante segmento que é o da agricultura familiar, resultando na criação do Pronaf, da Política Nacional de Ater – Pnater e da Lei de Ater, além de inúmeros programas voltados para alavancar e garantir a sustentabilidade das atividades desenvolvidas por esta categoria de agricultores. Tais conquistas foram resultados de grandes embates travados pelos movimentos sociais e pelas entidades oficiais de Ater, no país. O planejamento centrado num modelo participativo enseja a necessidade de mudança de comportamento frente aos desafios para desenvolver, de forma sustentável, entre outros, os setores agropecuário e florestal amazonense, e necessário se faz conhecer e esclarecer todos os atores envolvidos no processo, sobre as políticas públicas existentes, seus programas e a forma delas se beneficiarem. É cada vez mais premente a necessidade de inserção dessas políticas nos nossos debates e no desenvolvi- mento de nossas atividades, ou seja, fazendo parte do nosso dia a dia. Combate à pobreza rural, segurança alimentar e nutricional, produção de alimentos “limpos”, geração de renda e agregação de valor, diversificação de atividades, inclusão produtiva de mulheres e jovens, meios e formas de escoamento, beneficiamento e comercialização da produção, dentre outros serviços e políticas públicas, que devem nortear e constitui-se como preocupação permanente em todos os programas e projetos por nós implementados. Isto significa dizer, que quanto mais conhecimento e esclarecimento os gestores, os extensionistas e o público beneficiário tiverem sobre tais políticas, mais fácil será o entendimento sobre a relação de interdependência que existe destas com as nossas atividades realizadas na zona rural e, certamente, de verificar com mais clareza até que ponto nossas instituições públicas estão executando-as na perspectiva de alcançar os objetivos e resultados que a sociedade espera, com a implementação das mesmas. O momento requer e exige dos gestores/executores das políticas públicas não só boa vontade, para o enfrentamento de situações/problemas ainda recorrentes, mas uma mudança de atitude focada num planejamento estratégico. Este planejamento deve servir como indutor desse processo de mudança nas relações beneficiário vs. instituições públicas e, sobretudo, no gerenciamento dos programas e projetos executados pelos governos. Portanto, o envolvimento e o comprometimento nosso como funcionários públicos é extremamente importante para o êxito na implementação dessas políticas e nos remete a uma profunda mudança de comportamento e de postura gerencial, na condução deste processo. Acima de tudo, temos que ser profissionais, a despeito de qualquer dificuldade e/ou entrave na realização de nossas atividades. É isso que todos esperam.

Parabenizo pela lucidez do comentário. Aproveito para ratificar o respeito que tenho pela sua conduta pessoal e profissional. Vamos em frente, Thomaz.

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