segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Balsa disponibilizada pelo Governo do Estado começa a operar como ponto de desembarque de pescado no Porto de São Raimundo

 


O Governo do Amazonas através da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), que desde 2007 combate o desperdício de peixe no Estado por intermédio do projeto Peixe Popular, colocou em operação a balsa que vai ajudar a Prefeitura de Manaus na luta contra o extravio de alimento na capital. A Balsa Circ aportou no Porto de São Raimundo na quinta-feira, dia 23, por volta das 17h30, e está localizada no mesmo local onde ficavam as balsas de travessia para o Cacau Pireira. O horário de funcionamento será principalmente durante a noite (das 19h às 06h), ao contrário da balsa de desembarque da feira da Panair que funciona das 03h às 07h.

A balsa de desembarque de pescado do Governo do Amazonas tem capacidade para receber 30 barcos de pesca ao mesmo tempo, sendo 15 barcos de cada lado. A Sepror está providenciando um ponto de venda de peixe nas proximidades do porto de São Raimundo.
Um barco de pesca já atracou na manhã de hoje (24) com 25 mil sardinhas. O pescador está vendendo o cento do peixe a R$ 50,00. A previsão é de que a grande procura dos barcos seja no fim da semana que vem, quando deverá haver nova super produção de pescado.
A ponto de desembarque de peixes no Porto do São Raimundo faz parte de um pacote de cinco medidas anunciadas pelo secretário de produção rural do Amazonas, Eron Bezerra, no último dia 16 de agosto, para ajudar a prefeitura de Manaus que é a responsável pelo desembarque do pescado na capital.
Além da balsa, as outras ações de combate ao desperdício de pescado incluem o aumento de quatro para seis no número de caminhões frigoríficos do Programa Peixe Popular; quatro pontos fixos de venda de peixes em Manaus para facilitar o acesso dos consumidores e agilizar a venda do pescado; aluguel do frigorífico Arfrio (Distrito Industrial) com capacidade para 900 toneladas para armazenar o excedente do pescado; e o recolhimento do peixe sem condições de comercialização (por estar abaixo do tamanho permitido para pesca) e inadequado para o consumo. A meta é transformar esse alimento em ração animal ou em adubo orgânico, através de parceria com o Instituto Federal do Amazonas (IFAM).

Desperdício de Peixe
O principal agravante para o desperdício do pescado em Manaus está na existência de um único posto de desembarque, agravado pela inexistência de um terminal pesqueiro. Atualmente por decreto municipal número 7925, de 7 de junho de 2005, apenas o posto do Porto da Panair, está autorizado em Manaus para desembarque, comercialização e distribuição de pescado. “Nós não temos um terminal pesqueiro em Manaus, nós temos um terminal de carga e descarga, feito pelo Ministério dos Transportes há 30 anos. O projeto foi elaborado quando Manaus tinha apenas 300 mil habitantes”, explicou Eron Bezerra.
A meta da Sepror é colocar, ainda, outra balsa para desembarque de peixe na Zona Leste de Manaus, provavelmente no Puraquequara. “O que o Governo quer é juntar-se a prefeitura e aos demais atores para resolver o problema, como já estamos fazendo há cinco anos com o Peixe Popular. Se for necessário a Sepror vai comprar peixe porque nossa meta é acabar com o desperdício, reduzir a fome e evitar prejuízos financeiros ao pescador”, acrescentou o secretário de produção rural do Amazonas.
As ações contra o desperdício de peixe em Manaus devem custar ao Governo do Estado quase R$ 1 milhão de reais. Para ser beneficiado com essas ações, o pescador deve entrar em contato com a Sepror através dos telefones (092) 3613-2830 ou 9162-8487 (falar com o coordenador do Projeto Ribamar Matos).

Projeto Peixe Popular
Somente em 2012, até o mês de julho, já foram comercializados aproximadamente 250 toneladas de pescado entre congelado e fresco, por intermédio da Projeto Peixe Popular da Sepror. A ação, que já chegou a mais de 80 bairros da capital, além de Manaus está também em Iranduba, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira.

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